sexta-feira, junho 05, 2009

Um canto ao teu canto (e revirar de toda a vida)

Deixa-me dormir a um canto do teu leito, colocado a um canto do teu quarto.
Pois desse canto te admirarei e te cantarei este triste canto.

Quanto mais penso, mais sério será o canto…
E quando não haja mais que este simples canto, nada mais sobrará que um pranto.

Deixa-me dormir, assim sossegado, bem perto do teu recanto, ao lado do teu olhar.
Queria ficar contigo e dizer-te o que penso e tudo para teu espanto.

Deixa-me cantar o meu triste pranto, não será nada de assombrar.
Será apenas a mesma mensagem de sente quando abro a boca e te canto.

Deixa-me assim dormir, perto de ti, nessa ilha calma, em teu canto predilecto, dele não me hei de afastar…
E se neste meu canto me engano, enganar-me-ei apenas a mim, a ti não será possível falar…

Deixa-me dormir com a tua sombra no meu olhar…
Deixa-me dormir com a tua alma e despertar com o teu sorriso, um espanto de maravilhar…

Este é o meu canto, que te canto a este canto, perdido do mundo, perto do teu canto, perto de ti, ao canto do teu canto, ao canto do teu olhar.

Deixa-me dormir…
Prometo não te vagar…

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