segunda-feira, outubro 23, 2006

Tenho passado estes últimos tempos a procura de uma resposta simples, contudo cada vez que parece que me aproximo dela, mais me afasto realmente dela.

Não sei, realmente como atingir esse ponto onde possa afirmar que todas as opções são correctas, se por um momento tudo parece tão seguro, porque é que por outro é tudo levado como se apenas fosse um castelo de areia sujeito as mares?

Ultimamente espero então essa resposta, já se faz tarde na vida, já se faz tarde no tempo…

Como assegurar esse sentimento sem que se perca tempo ou se perca este animo ou desanimo? Já nem o sei dizer com certeza de felicidade ou desespero de solidão…

Como sentir?... Se o desejo, impele a razão… Como desejar algo que queremos com tanto desejo?

Se esperamos, se desesperamos por algo que não seja mais que um sinal de vida exposto a um nível que nem a alma possa percepcionar e se o entenda o tenha como sendo algo tão superior a si que só possa ser nobre…

Então, a procura por essa resposta é senão um engenho da mente que ao procurar, ao recorrer ao seu mais nobre e profundo sentimento sente em si uma nova morte em vida, pois varia de incerteza em certeza de correcto a errado, de vivo a morto…

Outros diriam que se escrevem, escrevem a maior pena, ou de ânimo pesado…

Que direi eu?

Sou, neste ponto sincero, recorrendo ao engenho da loucura ou a demência da lucidez, exponho nestes pontos o que ninguém se atreveria talvez a expor na vida…

Assim, recorrendo esse longo dilema, irado, incompleto, incerto do que vira, ou talvez certo e incapaz de aceitar a realidade pelo que ela é, preferindo o que muitas vezes parece sonho ou fantasia, enfrenta-se mais uma vez uma sombria caminhada pelo mundo soturno que rodeia este incompleto da vida…

Ainda assim, a procura continua…

terça-feira, outubro 17, 2006

Mergulhei no teu olhar

Ousei sonhar, como só se ousa sonhar por quem se ama

Exprimi o meu sonho, olhei para ti, uma lágrima correu o teu rosto

A alegria exprimiu-se suavemente no teu sorriso

Como tentaria eu de outro modo querer-te?

Como seria não pensar em ti…

Como é assim amar-te, como é assim viver sem ti aqui…

Hoje, acordei e tentei ver-te, apertou-se a alma…

Hoje, esperei por ti num sonho e só me veio a tormenta…

Como queria eu abraçar-te neste momento

Como queria eu ter-te sempre perto…

Assim imerso neste sonho, neste manto de solidão

Espero por ti…

Sinto a tua falta…