segunda-feira, dezembro 11, 2006

Hoje quem sabe a arte volta.

Retomo esta velha ideia, esta velha consciência em que simplesmente por mais que façamos ou que tentemos ser algo para alguém simplesmente não vale a pena ser mais do que alguma vez seríamos para nos próprios.

E sinceramente, isto dói.

Não perguntem porque, explicar demoraria uma eternidade, ou se perguntarem, eu tentarei responder mas provavelmente apenas metade dos que se dignarem a ler alguma vez compreenderam isto e os que julgarem compreender estarão enganados.

Creio, contudo que quem não entender isto esta perto realmente de atingir algo.

É Assim a vida, lutamos simplesmente por um ideal por vezes estranho incoerente ou simplesmente inexplicável, acreditem no que quiserem, cada verdade tanto por ser um empirismo como um niilismo uma, falácia ou uma coincidência simplesmente.

Quanto a mim, todo o conjunto de normas por que me rijo, valores que aplico a cada coisa ou a cada caso concreto, são quase constantemente vexados.

Simplesmente, cada caso é uma luta, cada luta uma derrota, pequenas guerras escassas vitórias.

Simplesmente, este é o cerne da questão, creio que todos sofrem, ao fim e ao cabo somos se não uma cambada de simulados muitas vezes frustrados e simplesmente tristes.

Cada pensamento, é um extremo de si mesmo, A realidade, é apenas erecta em sonhos e cada ideia é senão um acto de sonhar a realidade…

Se nos roubam uma ideia, se nos roubam um sonho, se nos roubam um sentimento…

E que somos nos?

Covardes que se atrevem à sonhar?

Não. Covardes são aqueles que escondem os seus sonhos e perseguem a luz do dia…

Pobres coitados…

Confundam-me agitem-me estes sentimentos, dêem-me asso a ira, a raiva, a revolta, deixem-me erguer a revolta, acabem com esses sentimentos que destoam a estranha sensação de solidão.

Se por um segundo nos damos a alguém, esse alguém noutro segundo procura outro alguém que o tome sem por vezes saber que alguém esteve ali para si, caso este quisesse.

Foi erro, é errado assumir que se tem alguém, é errado sonhar, é errado amar, é errado querer alguém.

Sabes? Houve coisas que só te disseram a ti. Houve coisas que só te contigo aconteceram.

Sabes… Cada momento sem ti é uma vulgar dor, uma febre, um sentimento decrépito.

Não sei se sabes, mas ainda me tens ai preso, cativo ai a um canto do teu coração, ou pelo menos creio que seja o teu coração...

Tenho a certeza que sabes que tudo o que t possa dizer aqui tem um significado concreto para ti.

Vê se entendes.

Assim fica uma mensagem para ti.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Tenho passado estes últimos tempos a procura de uma resposta simples, contudo cada vez que parece que me aproximo dela, mais me afasto realmente dela.

Não sei, realmente como atingir esse ponto onde possa afirmar que todas as opções são correctas, se por um momento tudo parece tão seguro, porque é que por outro é tudo levado como se apenas fosse um castelo de areia sujeito as mares?

Ultimamente espero então essa resposta, já se faz tarde na vida, já se faz tarde no tempo…

Como assegurar esse sentimento sem que se perca tempo ou se perca este animo ou desanimo? Já nem o sei dizer com certeza de felicidade ou desespero de solidão…

Como sentir?... Se o desejo, impele a razão… Como desejar algo que queremos com tanto desejo?

Se esperamos, se desesperamos por algo que não seja mais que um sinal de vida exposto a um nível que nem a alma possa percepcionar e se o entenda o tenha como sendo algo tão superior a si que só possa ser nobre…

Então, a procura por essa resposta é senão um engenho da mente que ao procurar, ao recorrer ao seu mais nobre e profundo sentimento sente em si uma nova morte em vida, pois varia de incerteza em certeza de correcto a errado, de vivo a morto…

Outros diriam que se escrevem, escrevem a maior pena, ou de ânimo pesado…

Que direi eu?

Sou, neste ponto sincero, recorrendo ao engenho da loucura ou a demência da lucidez, exponho nestes pontos o que ninguém se atreveria talvez a expor na vida…

Assim, recorrendo esse longo dilema, irado, incompleto, incerto do que vira, ou talvez certo e incapaz de aceitar a realidade pelo que ela é, preferindo o que muitas vezes parece sonho ou fantasia, enfrenta-se mais uma vez uma sombria caminhada pelo mundo soturno que rodeia este incompleto da vida…

Ainda assim, a procura continua…

terça-feira, outubro 17, 2006

Mergulhei no teu olhar

Ousei sonhar, como só se ousa sonhar por quem se ama

Exprimi o meu sonho, olhei para ti, uma lágrima correu o teu rosto

A alegria exprimiu-se suavemente no teu sorriso

Como tentaria eu de outro modo querer-te?

Como seria não pensar em ti…

Como é assim amar-te, como é assim viver sem ti aqui…

Hoje, acordei e tentei ver-te, apertou-se a alma…

Hoje, esperei por ti num sonho e só me veio a tormenta…

Como queria eu abraçar-te neste momento

Como queria eu ter-te sempre perto…

Assim imerso neste sonho, neste manto de solidão

Espero por ti…

Sinto a tua falta…

segunda-feira, setembro 11, 2006

De novo para ti

Não consigo…

Não consigo não pensar em ti.

Não consigo simplesmente eliminar-te da minha memória, retirar cada traço teu do meu pensamento, extinguir-te, esquecer que alguma vez te conheci…

Criar uma ideia de que nunca foste mais que uma ilusão, antes queria gritar eliminar toda esta raiva do meu peito, deixar em pratos limpos tudo que queria dizer, não deixar num pensamento tudo o que significas para mim…

A ideia senta-se ao lado da loucura e a loucura clama violentamente por ti…

A minha vontade é atirar-me ao chão e tentar nunca mais me voltar a levantar…

O meu desejo era simplesmente ter-te.

Não fazer acreditar em nada e simplesmente demonstrar-te as coisas.

Simplesmente perceber porque motivo acontece isto, porque motivo partes sem me dar um porque, porque te fechas e desapareces do meu mundo, quando no fundo ele agora é teu e só teu, sendo eu apenas um inquilino extra nele…

Sim, sinto saudades tuas, dizer-to de outra maneira é impossível, saber se esta mensagem alguma vez chegara a ti, é cravar um punhal nas costas do pensamento e da ansiedade…

Desejava ser estúpido como o resto desta imbecil humanidade, porque assim ao menos nunca te teria conhecido ou nunca teria esta noção de ti…

Digo isto e minto, digo isto com asco na mente, no coração e na alma…

A mentira tenta apenas justificar o que o humano não pode compreender totalmente…

A mentira não me satisfaz…

A verdade é esta.

Estou aqui sem ti, o meu corpo anda doente, o meu coração carente de ti, a mente demente e a alma em pranto…

De que me vale, esta escrita finita?

De que me vale exprimir estas letras inúteis se nem creio que as vás ler?!

Choro…

Não me vejas chorar, não quero a tua a pena, queria e quero te a ti pela pessoa que és e que nem conheces como sendo tu e não pela pessoa que tentas moldar a uma sociedade podre corrupta sacralizada numa crença demente em que todos se ajoelham para satisfazer oralmente o homem rico…

Não sou rico, não sou nada, mas pelo menos, posso dizer algo que para muitas pessoas é uma noite ou uns segundos.

Amo-te. Sinto a tua falta e todos estes textos agora soam vazios, só me resta de novo a dor e a solidão.

Amo-te.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Mensagem

Toca-me hoje a alma, desfeita a sombra do teu ser…

Beija-me este rosto, cansado da vida mal vivida

Deixa-me existir, a vida não foi feita para pensar, deixa-me na estupidez do meu ser, se assim ao menos não pensar em ti…

Tira-me esta agonia, esta dor, esta tristeza, esta solidão sofrida do peito…

Deita-me por terra, tira-me o orgulho, o engenho, o pensamento, tudo o que possa fazer de mim quem eu sou…

Atira-me a um canto e deixa-me assim inconsciente do meu ser…

Mata-me, retira-me esta vida inútil, fecha-me os olhos a esta dor terrível que me aflige o peito, deixa-me morto, pois só assim posso pensar em descansar…

Que queres que te diga?

Queres que te minta em palavras que me dilaceram e me corroem?!

Queres que me prostre a teus pés e chore?

Queres que te diga que isto foi só um engano e que tudo o que digo não passa de uma ilusão que quero fazer passar a teus olhos, alma e mente?!

Queres que me doa?

Queres que me arda?!

Que queres?

Uma simples frase, uma estalada neste ego desfeito, nesta vida dorida, neste paciente doente, neste crédulo lunático.

Atira-me a cara a mentira, se cruel, bate-me, mata-me, deixa-me inconsciente desta vida que a insanidade não apaga…

Se quiseres apaga-me o pensamento…

Tira-me dele a tua imagem, o que penso de ti, se isso te satisfaz, da o que tiveres de pior e de melhor…

Mas por favor, mata-me a alma, queima-me o coração…

Não os deixes em existência.

Pois esta dor de pensar em ti…

Esta dor de sentir a tua falta…

Como já te disse, amor, não corrói apenas a mente…

Morto, nada é nada

Mata-me esta dor de viver, atado a esta vida iludida, enterrado nesta história interminável, arrastada em campos de memoria que se envolvem na corrente do tempo perdidos na infindável história que nos empata a dois...

Compreendo-me como uma pessoa funesta, não existe sentimento que se não o da afectiva fraternidade...

Odeio essa história, odeio o seu escritor, todas as suas memórias são falácias mudas escritas em linhas invisíveis tratadas por crianças mudas...

Odeio todo este mundo, as suas mentiras de felicidades, as formas em como põe mascaras na cara de todos e apenas demonstra essa falsa felicidade tão facilmente lavada pela chuva.

De novo a queda.

Quem pede para não se levantar?!

Quem deseja a queda?!

Quem me dera a mim não sentir...

Que o sentimento fosse nada mais nada menos que uma memória de um segundo perdido.

Nada, não sentir, não pensar, não ser...

Pura e simplesmente não ter nada, desaparecer, o desejo é apenas esse...

Deixei a literatura ao vento, atirei a escrita ao abismo...

Esqueci-me disto, deixei de incluir este ponto na minha vida...

Pedi-lhe para desaparecer, mas no entanto, ficou, não partiu esta única parte de mim que me é própria, que não vai embora...

Como odeio esta parte...

Sinto falta dessa ilusão...

Porque é que ma roubas-te?

Caio, triste, entorpecido.

Cala-se esta voz, fica-se surdo para sempre, sabes...

O único desejo era amar-te...

segunda-feira, julho 31, 2006

Para ti, gatinha

Sob teu rosto compus este texto…

Por ter visto as tuas lágrimas, quis que flui-se como um rio…

Por ti humildemente criei este caminho, este rumo de palavras, com a esperança que, de algum modo, ele te trouxesse até mim…

Por ti, gatinha, escrevi algo que me parece um tanto ou quanto vazio, porque este todo, neste total excerto de pura saudade o que necessitava dizer é que sinto a tua falta…

Não mencionei, nem mencionarei jamais o teu nome.

Apenas tu o sabes, apenas tu deverias entender a razão de tudo, o impossível, o real, o irreal…

Todos esses textos românticos, ultra românticos, patéticos, simpáticos, alusivos, como queiras, encaixa-os todos neste só momento e de seguida destrói-os.

Apenas e só então deixarei para ti esta mensagem visível aos olhos de todos mas apenas dirigida a ti…

Sinto a tua falta…

sexta-feira, junho 30, 2006

Sinto...

Como se fez o silêncio.
Trazido pelas tuas mãos…
Como se cobriu tudo de trevas e me trouxeste a solidão…
Porque matas-te a esperança…
E todo esse ouro, não passava de magia e ilusão, fogo de vista que inconscientemente me aquecia…
Porque te vais, se tudo aspira a isto?
Porque dúvidas e aspiras a solidão?
Porque te odeias e não deixas que te amo?
Porque choras?
Porque sofres?
Porque? Porque? Porque?
Clamas tudo isto e não deixas que te dê a mão?
A ferro e fogo, cru e morto, arrancas este pedaço de mim, que te ama…
Incendeias essa parte de mim…
Nem reconheces que me estas ardida, queimada viva na alma…
Porque entraste?
Porque me deixaste assim a vida?
Ao menos deita-me ao chão, retira-me toda esta ilusão, deita-me abaixo, semimorto mas ainda vivo, pronto para abate…
Agora deixa-me dormir…
Permite-me tentar esquecer-te…
Mas esquece que te disse isto…
Nem um rio de lágrimas me lavam a memória…

A ti....

Caio em pedaços, consciente desta dor, mil facadas espetadas neste peito, revoltado em dor de pranto cruel, composto numa pira funerária...

Descuido esta dor, revolta do ser existente...

Não conheço nada mais do que me das em letras mais cinzentas que a vida...

Sinto esta solidão latente do teu desejo de amar, mas em conflito com o teu desejo de solidão...

Afundo-me, caio neste mundo sem paralelo onde me deixas em pranto morto e onde toda a vida jaz como uma sepultura aberta onde alguma forma superior de existência decidiu por cinismo cuspir a vida e trazer um vazio a vida...

Caio afundado neste desespero, nesta dor, nesta solidão em que me enterras-te e a qual me condenas-te...

Erro por essas ruas, cadáver deambulante morto, queimado pelo teu fogo por dentro, por fora apenas uma casca vazia que me transporta.

A ironia de todo o momento, o desejo de sentir esta vida como um bem primário, o desejo de elevar esta alma a um ponto em que tu a pudesses ver brilhar, todo o desejo de ser um máximo de existência se vai espalhando pelo ar como pó dessas cinzas tidas por descuido num vaso aberto que simplesmente não t preocupa tapar.

Como decidiste tu, não cruel, não má, não feia, fazer isto?

A decisão nunca foi tua, simplesmente largaste isto ao vento sem saber o que ele te poderia levar, nunca foste assim, má, cruel, ímpia, feia...

Entras-te assim de rompante, levaste este mundo ao seu auge, exigiste o seu sacrifício, dirigiu-se cegamente ao altar...

Que querias tu que te pudesse justificar essa fuga?

Pediste que te culpasse que te alivia-se essa dor que sentes, pediste que te deixa-se livre dessa dor...

Mas essa dor que sentes, se a sentes realmente acredita amor, que é apenas um reflexo.

Essa dor, nunca chegara a ser tão aguda como a que eu sinto...

Deito-me nesta sarjeta imunda, neste mundo cinzento de cinismo e hipocrisia...

Não posso jamais acusar-te destes pontos...

Mas deixas-te-me ao descuido das mares...

Amo-te e essa dor dói mais que tudo.