sexta-feira, setembro 08, 2006

Morto, nada é nada

Mata-me esta dor de viver, atado a esta vida iludida, enterrado nesta história interminável, arrastada em campos de memoria que se envolvem na corrente do tempo perdidos na infindável história que nos empata a dois...

Compreendo-me como uma pessoa funesta, não existe sentimento que se não o da afectiva fraternidade...

Odeio essa história, odeio o seu escritor, todas as suas memórias são falácias mudas escritas em linhas invisíveis tratadas por crianças mudas...

Odeio todo este mundo, as suas mentiras de felicidades, as formas em como põe mascaras na cara de todos e apenas demonstra essa falsa felicidade tão facilmente lavada pela chuva.

De novo a queda.

Quem pede para não se levantar?!

Quem deseja a queda?!

Quem me dera a mim não sentir...

Que o sentimento fosse nada mais nada menos que uma memória de um segundo perdido.

Nada, não sentir, não pensar, não ser...

Pura e simplesmente não ter nada, desaparecer, o desejo é apenas esse...

Deixei a literatura ao vento, atirei a escrita ao abismo...

Esqueci-me disto, deixei de incluir este ponto na minha vida...

Pedi-lhe para desaparecer, mas no entanto, ficou, não partiu esta única parte de mim que me é própria, que não vai embora...

Como odeio esta parte...

Sinto falta dessa ilusão...

Porque é que ma roubas-te?

Caio, triste, entorpecido.

Cala-se esta voz, fica-se surdo para sempre, sabes...

O único desejo era amar-te...

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