terça-feira, dezembro 28, 2010

A!
Como odeio as minhas dúvidas, funestas e cruéis, reclamadas do seu momento e enfim, perdidas no meu ser e por estranho fenómeno e mais íntimo, profundo pensamento, se pensar eu pudesse, pensaria em ti todo o dia…
E revolto-me então neste pensamento eterno, ingrato e difuso, por estúpido que pareça, tão só queria segurar a tua mão.
Cómico, irónico, fraco e débil…
De todos os momentos, se me permitem um pouco de tristeza, sinto a tristeza mais que tudo de isso, de não poder segurar a tua mão, de não poder caminhar a teu lado…
A!
Débil, pois sim débil…
Dizem e aparentam que um homem deveria ser cruel para com uma mulher e trata-la mal como a peste, dizer que esta se trata senão de uma escória cruel e imunda, um ser inerte e sem sentido, enfim, inútil em todos os sentidos.
Então…
Raios, tremenda tempestade…
Quero apenas segurar a tua mão, seguir a teu lado, olhar para ti e beijar-te…
Porra!
Continuo então embriagado e apenas a pensar em ti…
Porra…
Desligo-me do mundo e apenas penso em ti.
Raios!
Dá-me a tua mão, deixa-me ser como sou sem que tenha que dizer ao mundo, sem que tenha que parecer um animal.
Por momento algum, não te trataria mal…
Raios…
Desliguem-me…
Só de pensar…
Deixem-me…
A!
E só penso…
E penso, só…

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Geração nem nem?!


Sei que isto é um pouco fora do âmbito das coisas que eu costumo escrever, mas, se vocês viram hoje o telejornal e caso não tenham visto, poderão usar esta ligação ou link para ver a que me refiro.
Somos então, nos que estamos desempregados, entre as idades de 15 e 30 anos e não estudantes, considerados como a geração, Nem Nem.
Muito sinceramente e com todo o respeito a quem se dignar a ler este meu pequeno desabafo mas Não Me Fodam!
Falando por mim, sendo que e indico que isto se trata única e exclusivamente de uma atitude e opinião individual e por tanto pessoal, considero que realmente estes números podem até demonstrar algo mas creio que a análise não foi bem efectuada.
Consideremos então, basicamente, o que se lê nesta reportagem ou estudo, é que os jovens dentro da minha faixa etária ou dentro do grupo considerado, são simplesmente uma cambada de lambões. Embora não possa por motivos de força maior descartar esta opinião, devo ainda considerar que de facto não podemos claramente atribuir a todo o grupo considerado tal falta de qualidade.
Assim, do meu ponto de vista, creio que este estudo não foi bem efectuado, pois, não foi tida em consideração a massa que se encontra dentro dos critérios considerados e que se encontra actualmente em procura activa de emprego e que vê que as possibilidades são menores.
No meu caso, refiro estes dois pontos:
Em entrevista de emprego recente, seriamos cerca de 30 candidatos para 3 postos, 2 como técnicos de informática e 1 como técnico de electrónica… Ao avaliarmos as possibilidades de cada um dos 30 ficar com um emprego… Bem, temos logo um problema bastante obvio que poderá até nem ter sido considerado para o senso do estudo realizado.
Em segundo lugar, não havendo solvência monetária… Como raios esperam que as pessoas sejam capazes de continuar com os estudos? Sim, tendo em conta que o valor mínimo de propinas ronda os 700 € ou mais…
Dentro do link acima, encontramos:
A antiga ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, diz que o problema é motivado por falhas na capacidade de atracção do sistema de ensino e falta de capacidade do mercado de trabalho para receber estes jovens. Para a ex-governante, em declarações à TSF, a formação é essencial para que a geração mais nova saia da crise.
Factor primeiro para a falta de atracão para a continuação dos estudos: Dinheiro.
Se não temos trabalhos, como podemos pagar pelos estudos? Fácil certo?
Em segundo lugar, devemos ainda considerar, que o próprio sistema de ensino se encontra obsoleto e em certas instancias completamente desadequado as necessidades da população interessada sendo até que por vezes são os próprios encarregados de nos interessar em estudar que acabam por falhar. Esta acusação poderá ser até desmotivada, poderão vocês julgar, mas analisando brevemente, quantos de vocês que se encontram neste momento no superior não tiveram já que bajular algum professor? Pois!
Em segundo, a parte da formação parece-me algo tirado de uma piada de muito má qualidade. Entendo isto nesta medida, uma vez que possuindo eu o CAP, poderia dar formação correcto?
Errado! Tanto quanto apurei e me informaram, neste momento para se poder dar formação devemos ser licenciados… Consideremos então mais uma vez o grande problema apontado mais à cima… E sinceramente dá-me um pouco vontade de me rir e vomitar ao mesmo tempo, não fosse realmente a ironia da situação.
Por suma, devo considerar, que ser designado como sendo parte da designada geração Nem Nem, é sinceramente um insulto e poderei até dizer que deveria designar mais a minha geração como sendo a geração Não Me Fodam!