terça-feira, julho 24, 2007

Ermo de Solidão

Desenhas-te em ti, ermo de solidão.

Cruel, qual morte à traição.

Doloroso como um pranto profundo, vil como uma enfermidade…

Neste ermo cinzento como a vida, repouso em soturno silêncio.

A minha vista um mar de lágrimas, derramado sobre uma alma partida e manchada…

Mas nada muda com o tempo…?

Apenas a dor, tão conhecida e familiar, parece diferente a cada momento, apenas maior e mais profunda…

Razões que me condenem, não as conheço.

Tudo tão simples, tão mortal…

Absolutamente tudo irrealmente real…

E apenas quem conhece uma dor tão profunda consegue alcançar este sítio perdido…

Este ermo de solidão…

Onde mortalmente habito e onde jaz meu coração…