quarta-feira, janeiro 20, 2016

Aparições [28/03/2007]

São cinco e meia da manhã, belas horas para não variar.
Bem acho que esta foi uma daquelas introduções que precisavam de ser trabalhadas, pouco importa.
Serei breve, creio que não preciso dizer muito até porque não sei se realmente irás ler isto ou se simplesmente decidiras apagar a mensagem, não é relevante, é apenas algo que tinha que fazer para poder libertar um pouco do que me vai cá dentro.
Acabei o meu curso, neste momento estou de férias e sinceramente, dizerem que o trabalho ou o que fazemos não faz parte da nossa componente humana é simplesmente ridículo.
Durante todo este tempo, tempo de curso e tempo em que tens estado desaparecida, simplesmente tenho tido trabalho, estudo, ocupação com as aulas, ocupação em ultimo lugar com o estágio que foi tanto cansativo como fonte de aprendizagem e todo esse fermentar de sentimentos aquando de receber a nota final e finalmente pensar que tinha acabado aquilo, coisas sem dúvida vulgares, sem importância.
Poderás perguntar até porque digo vulgares e sem importância quando de facto até foram bastante importantes porque me possibilitaram avançar de algum modo.
Contudo menosprezo de facto a importância das mesmas porque me apercebo agora passado o fim desta prova que me serviu como algo para manter a mente ocupada sinceramente e principalmente de forma discreta como modo para não pensar em ti.
Se te sou sincero digo que sou um sentimentalista, idiota, desprovido de qualquer amor-próprio, digo isto porque me apercebo que tudo o que fiz todo o esforço o fazia inconscientemente para manter a mente ocupada para não pensar nem sentir saudades…
Insulta-me se o desejares, não me insultaras ainda mais do que me insulto a mim mesmo, mas juro-te e só leras isto se realmente não te tiveres desfeito desta mensagem, que sinto saudades de ti.
Mesmo vendo-me assim numa posição que me parece algo familiar de outras conversas que tidas, arrisco-me a cair em ridículo ou talvez já tenha caído mas se cai, terá merecido a pena.
Despeço-me.
Um último beijo.

segunda-feira, janeiro 11, 2016

Fantasmas [29/08/2006]

Em ti, adormeci esta noite, num abraço teu contemplei um mundo que me deixou siderado, da tua existência quis fazer um mundo, do teu ser quis fazer parte, contigo sonho e tua falta sinto…
Por um pouco, uns meros minutos, tive-te nos meus braços, não sei se poderás compreender como isso abala um mundo triste e solitário.
Olhei-te nos olhos, olhei-te na alma de realce, vi te ali escondida de ti mesma com medo um pouco de mim ou talvez do que possa despoletar em ti, não compreendi…
Quero exprimir tudo o que queiras saber, quero exprimir tudo o que te quero explicar, quero desenhar-te um mundo que não sei desenhar, quero pintar-te uma tela que não sei preencher, quero conquistar-te mas não sei bem como o fazer…
Pediria um deserto e nele tatuaria uma floresta com o teu nome, cavalgaria na glória do tempo e espaço para te trazer algo que nunca pude encontrar…
Dir-te-ia todas as palavras que me ficaram dormentes na mente no momento em que te vi…
Acredito, não entendo, mas acredito, que nada e possa ser dado que possa demonstrar tudo isto, apenas feitos contam, as acções falam sempre mais forte que a matéria…
Mas gostaria de te envolver num manto de estrelas e deixar-te assim dormir, gostaria de poder dizer que és minha assim como eu seria teu…
Embalei-te em letras, palavras que por vezes jorro sobre este papel, adocei uma parte de ti, dei-te um pouco de ti que pensavas não existir, mas que eu sempre vi em ti.
Tu simplesmente és uma pessoa, mas essa pessoa que tu és, é especial, talvez não o vejas, talvez não o aceites, talvez não o compreendas, talvez não acredites.
Mas se to digo, digo-to assim, de ânimo leve e com total confiança, porque sei, porque confio e creio que tu sabes também que não te minto.
Todos os nomes são teus, mas para mim, apenas me basta chamar-te.
Pergunto-me se algum dia serás tu capaz de chamar por mim…