domingo, junho 14, 2009

Esta gente…

Mudo para ser inconstantemente constante, rapidamente imutável pela própria definição que me descreve, estranho e indiferente, por toda as coisas que me descrevem segundo um documento que nunca ninguém viu e que jamais alguém se atreveu a ler.
Luto contra essa sensação de vazio.
Procuro esse bem que me poderia encher, essa recôndita ordem, esse vácuo descontínuo repleto de todas as perguntas que em somas inconstantes vou rementendo para um infinito de existências que em nada se assemelha a esta vida que vou vivendo.
Escrevo segundo o que descrevo e reescrevo o que não poderia ser escrito sendo que poderia causar alguma confusão sobre toda a ordem, revolto-me a volta do inventado e deito por terra toda essa ordem, nada disto é mais se não um texto maçudo, nada mais nem menos que um delírio uma probabilidade de fuga um subterfúgio de inglória…
Calo-me, prostro-me sereno e ardiloso, escolho faze-lo assim, ninguém entenderá que o faça, mas por necessidade e por carecer de paciência assim o escolho fazer, escondendo essa realidade que tão habilmente deixaria ver e que a muitos seria um incomodo obrigando uma ou outra lágrima a verter.
Batalho face a ignorância um mal ainda maior, um escondido e recluso miasma que tão fortemente se abate sobre a alma das pessoas que a lama deitaria até a mais elevada e rica graça que alguma vez se pudesse aparecer.
Vejo esse ridículo, apercebo-me desse terrível defeito, olho e contemplo os bobos dessas cortes organizadas por reis tolos que se juntam entre oito muros, divididos por oito paredes, separados por oito quartos e reunidos em oito celas.
Rio-me.
Nada mais fará sentido e ainda assim, assim me deito livre de qualquer paradigmática duvida ainda que em constante reflexão.
Que se cale o corpo, que se deite em repouso, que nada me atormente este momento, desejo este bailado de palavras, essa inconstância de constantes movimentos e esse infinito retorno de coisas estranhas e ainda se for permitido a simplicidade do dia-a-dia e todo o desconcertas das horas escassas.
Rio-me por fim em desconcerto.
Atingiu-me finalmente todo o ridículo deste dia a dia…
Atingiu-me por fim a jocosidade e o ridículo desta gente…

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