Entre mentiras e confidencialidades
Quem me deixou, andar por ai distraído? Quem me deixou, por via de jocosa atitude, deixar estas canetas espalhadas por ai? Quem me deixou, se o engenho não me confunde, deixar por mãos alheias o que vai sendo feito? Quem me deixou, se a virtude é fugaz, deixar esquecida toda a memória e oculto todo o mundo? Quem me deixou, quem me permitiu essa perda? Quem me deixou? Quem me deixou assim perdido? Quem me deixou, pintar essa tela, desenhar o rasgo do horizonte, pintar o mundo, colorir a vida para simplesmente me deixar perder essas canetas? Quem me deixou ficar naquele lugar, sendo que fui o primeiro a chegar, hei-de ser também o ultimo a sair? Quem me deixou consumir a lua e roubar toda a luz do mundo? Quem me deixou fazer coisas inumanas? Quem me deixou violar mil e uma coisas das quais jamais ouvi falar? Quem me deixou então ser julgado? Quem me deixou arrebatado? Quem me deixou então…? Quem me deixou? Deixou-me a dúvida que se sublimou a estupidez… Deixou-me a incapacidade de respon...