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A mostrar mensagens de 2015

Rotura e sinapse

Noções abstractas, de realidade e sociedade, em que o grafismo, se gera pelo serialismo, colusivo e renhido, proximidade tida e moldada, face ao sério, devidamente trajada, em noite de gala, apresentada, ora por mim, jamais tocada. Despertar carente, de sonhos ferventes, de corridas geradas, mal apostas amealhadas, concertação e consternação, por orientação? Quem o sabe! Renhido é o orientador, que se leva para à frente, sem burro, se puxa uma carroça, enquanto quem puxa, sente a espalda dorida. Puxar ao demão, conforme é o conformista, saciado, varrido e nu, sedado pela multidão em que a ideia de ser único, se deixou por uniforme, sádico deve ser o sentimento, quando deixamos de ser nós, para passar a ser como a gente, expressar um pensamento, passou a precisar de carta-branca, branda é a mão que a guia, quando a gente em si mente, passar palavra, crime frio. Rir alto. Rir a pulmão solto, sentir-se o bobo da corte, sem ter grande rei de barriga, ser podre de carteira mas sentir na...

Som de ondas e marés

Do recado tido, o sentimento, o amor que poderia ter tido, passou a ser uma desdita ilusão, em sua suma ilusão não creio que possa realmente abarcar o sentimento. Reclamo. Considero isto, sei que é estranho, enfrento esta realidade e é outro segmento de mim, mais uma face, uma camada que demonstro, negada nessa avida realidade, em relação a tudo, ver a vida passar e sentir o organismo abrandar, recuar para um termo, um momento, uma realidade passada, volte face, o passado ficou passado e a realidade assentou-se como se poderia assentar. Releio. Oriento, conforme posso os meus passos, nisso, sou mestre experiente, na realidade de tracejar o que possa traçar, não tenho jeito para seguir passos, nem os que ficam gravados na areia, prefiro gravar os meus. Revejo. Imagino o cenário, na verdade nisto também sou experto. Sei imaginar um cenário, sei ver as diferentes probabilidades, passar os diversos campos postular os possíveis resultados, compreender cada segmento e premissa. Como posso o...

Silêncio, bossa nova e blues

Inquietude, no silêncio da noite, nem um rato se mexe mas há demasiado ruído. As paredes estão vazias, com excepção de um quadro vazio, riscado a branco e coberto de azul. Alegoria de descanso, ritmo pausado, os sons que correm, são coerções rectilíneas, elementos herdados em que o movimento temperado, representa a visita e a hora da noite, arrasta-se pela premissa, divindade maligna e recompensa benigna. A escovas arrastam-se arranham o brasão, o cobre do material refundido, escondido pela escuridão, deixado a um canto a banda toca e a vocalista consome sofregamente os elementos de aproximação. Remar noite fora, a recheio de copo vazio, leme perdido e perfeitamente dirigido, enquanto se encosta aos lábios, o terno abraço do bagaço, vinho tinto, caras transversais. O ritmo acalma, soa agora a balada, o som é singelo, a maneira como o corpo se mexe, pede sincera medida, no baile se fica, aproximação afastada, rente e lenta mexe-se com vida. A inquietude permanece nervosa, o nervosismo ...

Conforme a vontade, teatro de sombras e ambiguidade

Oração à coragem, que nunca nos faltem forças para puxar. Caminhamos em uníssono, semblante erguido, comandantes de um exército de   mortos vivos, vestidos em fatos e gravatas, seres cinzentos em que a manhã passa pela bagageira, linguagem algo brejeira para esta particularidade. Exercito de subida íngreme, face ao horizonte, enrodilhados ou de rodilhas, face ao cume, caminhando mão com mão. Que não me falte a coragem, que não me falte a vontade, pois desconheço como o fazer, sem fazer de âmago cárcere, subjugação de vontade ao ego esguio, recusa eterna, proclamação graduada denegada. Recusa por desconhecimento. Que não me falhe a coragem, a vontade seria um recurso, mas séria é a visagem, discernimento necessário. Creia-se então a necessidade e o esforço, reconforto de quem faz e convicção para quem vê, sobre tudo quem lá se sabe, império ditatorial, rege eterno. Comissão à passagem, viagem por aprendizagem, experiência expedida e recursos pedidos, não se aceita um trabalho ...

Caímos em Inverno.

Génese de dúvida e dilúvio, capicua terna, conceito concretamente desonesto. Caímos pela brisa que nos tolda, esquivos como o tempo, radiados por solidão, sentidos neutros. Caímos mas não ficámos, sempre dispostos a mais, orientados por proclamação, rendidos jamais, atirados pelo mundo, celebramos, como animais, a presença perfeita do desconhecido. Anedota. Críamos por conceitos divisos, habituação a toalha, sem conhecimento tido, celebramos a separação, lembrando que no passado, éramos amargos, fomos com o tempo passado, deixado inertes, obtusos e sem expressão. Caímos sem nos levantar? Seguimos com o nosso mundo, o desenho foi por fazer, fomos olhando em volta, volte-face tivemos que fazer, da separação ao infinito, apreciamos o ínfimo apresentável oração desconexa, a nenhuma entidade profana ou sagrada, não sentimos essa necessidade, a aceitação ficou a porta, particularmente rejeitada. Vivência de ilusão. Aparte do sarcasmo, criva-se a criatividade... E no amargo, sem sentimento, ...

Atitude e aptitude

Abre a porta, deixa entrar o ar, o ser está estilhaçado, o tempo é passado entre viagens e partidas, no doce cruzar do teu olhar. Puxa a manta, não quero acordar, nas caricias da tua mão, presença de teu rosto e madeixa na almofada, sentimento de uma hora, duas ou ponteiros caídos, não me deixes sem ti, puxa a manta, vem-te deitar. Desenha ao meu compasso, não peças que me mexa por ti, a oportunidade foi ida, agora sou eu que me movo, se queres acompanha-me a corrida terminou e ficas-te para trás. Deixa-me ver o horror no teu rostro, enquanto ficas-te admirada, deixei o meu passado no teu corpo, não se entenda profano intento mas o passado ficou enterrado em ti. Afaga-me a alma, deixa-me o ego, não por disputa, não por despotismo, têm-me por pragmatismo, ciclo vicioso e ostensivo, de como esperavas o volver e retornar, não existe mais tal sentido, por ele te deixas-te amar. Então considera a vida, real e profana, não compreendes adoração, se esperas segunda ou terceira volta, esp...

Complexo e David e Golias

Complexos caminhos, ligações desconexas. Sinceridade a molhos, reticencias tidas, livres-vontades e caminhos a sós, olhos que se escondem, encobertos pela tempestade, no vento que se arrasta, abre assas a saudade. Olha, das cartas que te escrevi, esta foi feita por metade, nem te é dirigida de facto, expressa apenas ambiguidade. Aspirar a algo, sempre foi um sentido desligado, acho que assim se foi passando na verdade, entre saudade e vazio sentido e agora por realidade, nem sentimento sei expressar. Envolto em loucura, poder-se-á afirmar, correcto? Desconheço. Na verdade, estou meio acordado, meio adormecido, completamente desprovido de melhor julgamento ou melhor realidade. Alguém poderia dizer que ando a conceber um plano para nada, nem eu me sei desviar de este sentido, não o posso ocultar. Será então o reiniciar? Não, neste momento, não a muito alvo para acertar, sem que possa eventualmente cair em desvio de atenção, creio que pode ser tomada a decisão, mar e mar, voltad...

Azuis metálicos

Do acordar ao amanhecer, pés virados para o leito, horas de insensatez, vida tida com o seu proveito. O calor de um abraço, seja de Inverno ou Verão, tão forte é o seu traço, largo coração. E vamos com o tom, na verdade é nessa andança, de azul celeste à azul marinho, na linha difusa do horizonte amanhecer e perder do dia. Nobre então a vontade, o sorriso que trás por sinal, em boca rasgada ilusão terno retorno, traz ao coração. Evoluímos com o tempo, aprendemos um pouco com a solidão, sentimos a proximidade de nada mas deixamos a abertura, conforme se enche e ganha formato, sensação enorme de ternura. Olhos a lés, na verdade a horizonte, se somos puxados em frente, sentimos na pele o vento da cavalgata. Hora por hora, as paredes estreitam-se, em linhas e cadeados que ganham asas, na verdade, aprendemos a voar, escapamos da gaiola, voámos por cima do ninho, em direcção escolhida, rebelde é o espírito que nos leva mas só nosso o sentido. Ganhamos pelo azul da liberdade, um tom metálico...

Viagens em tom de sépia

Bússola solta, sentado em pé, todas as sensações do mundo, em terreno incerto. Sente-se no ar, o quente que se aperta, o desejo de terra incerta, tirar roupa ter areia, o sal no ar, a água que beija. Viagens que tocam ao incerto, deixado ao acaso, determinada a hora de partida, receita invejável, contorno indeterminado. Não existe lágrima, na realidade é tudo calmo. Escrever torna-se um desporto, hábito inusual, deixado ao acaso, como é tudo ao acaso. Vem com o preencher dos tempos, em que é tudo contractual, viver para trabalhar e nem sempre saber como aproveitar. Ou aproveitar, tornou-se um luxo. Reverte-se aos tons de sépia, no seu formato usual, deixado do avesso, um sorriso que vamos tendo, por palavras ditas sinceras as vontades, quem tem que se abrace, que se beije ou se ame. Hoje nem sinto a vontade, o sono deixa-me escrever de olhos fechados e enquanto os olhos se fecham, o peito abra e o tempo que passe vai tudo em letras cheias. Eu não o direi, na verdade não há um tempo já...

Adoração e o ermita

Diz-me a verdade, assina ao tempo descontado, quando na verdade, se nos perdemos juntos, atestamos à saudade. Diz-me com sentido, gira a perspectiva, não escondes do objectivo a realidade sentida, não condenamos a objectiva toda a verdade ou a falácia tida. Conta-me, de verdade, não espero que haja outra investida, na cruel razão que possa ter, desdenhado é assim, na realidade, prefiro a verdade, diz-me então com que sentido, se há-de fazer tento a vida. Revela-me o que posso compreender, o que não compreendo é a vida como vai passando, na realidade, oriento-me pelo meu jusante, rostro e semblante, o meu rumo é a tunante, sem contra-balanço, nem metrónomo que me guie; faz o desenho, chavão e nota. Nota então, ar consternado que me vai no rosto, não por desconhecimento de verdade mas por falta da sua confirmação. Diz-me essa verdade, não esperes que me caia tudo em cima pois que está por baixo não tem tecto, abobada ou catedral, vive entalado e enlutado. Orienta-me, não sei se será por...

Silêncio e o segredo

Tenho esse segredo guardado, de palavras que te podem ruir, sentimentos lesados e toda a força que te faça sorrir. Tenho um segredo tramado, não sei como o sentir, na verdade é um segredo partilhado, se bem que de parte esquecido, por muito que seja tomado, pode ser sempre largado, segredo eterno em nada revelado. Tenho uma mentira comigo, que carrego em tormento, carga morta que trago ao peito, senti nessa carga um alento e nela me mantenho, esqueleto presente, peso morto que arrasto, verdade oculta, segredo maldito. Tenho uma volta, no segredo que se revolta, torno e meio do novelo, revolta e revolve, volta ao sítio e faz o meio ponto, sentir verdade em segredo, mentira em demência, consumo de alma e luz perdida. Tenho-o agarrado ao cérebro, que faz ferida na alma, trespassa e corroí, órgão malvado, cancro de ser, demência que me cria, sociedade reflectida. Tenho assim, segredo, não sei se o conto nem por nada, na verdade é assim, velado e descoberto, facilmente tido é certo, sorris...

Matéria e ansiedade; Recordação, tempo e arte

Arte em ordem de sonhar, expressão de invisibilidade e ordem absoluta de esquecimento, como o abandono de tudo, a dúvida a que nos expressamos, dúvida por aquilo que fazemos ou que damos por fazer é na dúvida de si o pensamento expresso, a visão tida e toda a saudade que possamos apresentar. Arde como um pensamento, expressa a mera formalidade, na verdade aponta a volatilidade, ao volte-face ao que aponta como se fosse um tolo, quando na verdade é incrivelmente brilhante. E como podemos olhar, sem realmente contemplar, na verdade é como olhamos, desfasados de tudo, sempre que caminhamos e caminhamos uma vida inteira, lado a lado, nunca face com face. Temos medo de cair, será que realmente confiamos em quem caminha connosco? A forma é um momento, olhar para ti, é um presente que foi passado de mão em mão e na verdade, se existes nem te recordas e se te lembras, preferiste ocultar. O dedo bate na ferida e espalha sal, a mão grita em agonia e satisfação é o prazer da dor, parece ser o qu...

Cacofonia

Vou perdendo pela calçada, em fio mão deslaçada, passo alto de pé falso, terna fé, conhecimento nenhum. Recolhendo pelo caminho, moedas deixadas ao vento, chaves que se foram partindo, opiniões deixadas em desânimo. Vou perdendo pela vida, sentimento ou filosofia, se em si me inspira a fadiga, nem ao sono me da ao pranto. Reunião então de loucura, sei assim em encanto, ter perdido amargura e ter ganho sobressalto. Hora, minuto, segundo de partida, na análise que vamos tomando, cruel é assim o tempo, sujeito ao singular pêndulo, a faca vai cada vez mais próxima de más falias, na verdade, não corta fundo, senão nos bolsos de quem a temia. Consagrado, senil e perdido, vê o copo vazio, tombo a garrafa partida, ora olha hora perdida, nem quer saber, estigma de vida. A orientação parte, nem sabe se latida, nem por meio que a possa tomar, só lhe falta de facto vida, cruel intento, nem sempre visto. Rói-se então até ao tutano, sempre de sorriso e olhar devasso, na sincera monotonia, sincerame...

Corromper o leito, palavras breves

Os fogos que acusamos, resultado eterno de exaustão. Na verdade, de mão dada com cada um de nós, visão de um certo desempenho, que por dúvida do que possamos cegar, nos eleva a extinção. Assistimos ao bailado, justo de quem sempre cantou, caminhado eterno, em trocar de olhar, troca por um beijo, não sabes nem julgas, causas assim, uma terna eliminação. Na verdade, não é um julgar, não é uma corrupção, é um assentar de cabeça, um deitar e dormir, quem sabe para nunca mais despertar. É o resultado do abandono, a verdade a que nos negamos e ilusos, preferimos seguir de mão em mão. É um facto abraçado, tivemos por nós essa ilusão. Se cedemos ao momento, conjuntura de criação, condenamo-nos a partida, para esta extinção. Aprecia, como se pode apreciar, não, sei que poderia ser para ti, mas daí, não passamos de poeira amalgamada, barro quebrado e mal assado. Com o carinho de um abraço, beijos que podem ser trocados. São negados e levados Trazem-se em peito e quem sabe se alguma vez...

Estige

Enrolou um cigarro, parecia distante, pensativa, toda ela fachada, intelectual, meio tomada ao café, debruçada sobre um jornal. Simplesmente verdadeira. Acendeu o cigarro, certa de si, altiva. Por meio de um café, acendeu um cigarro, puxou fogo, fez fumo em garganta, toda ela passava, por entre as discretas passagens, sem que nada nem ninguém se apercebe-se, tombos e voltas, nada de verdade. Figura serena, não descrita em parte alguma. Caminhou, o seu vestido esvoaçava, qual chuva miúda, enrolada ao vento, tal era assim solta mas sincera ao olho, deslumbrante num caminhar. Passava pela gente, poderia não querer, ficava marcada no olhar, toda ela, tolda atenção que despreza, na verdade, não é a sua obsessão. Sai pela rua, vai valente, nela só solta ao vento, velada do que traz na alma é única observante, de um caminhar descompassado. Não traz folha solta, olhar seguro, peito ardente, não é por verdade/amargura, objecto de mente demente. Acendeu um cigarro, avançou na sua leitura. Uma p...

Ao sinal, desafio e pena rasgada

Ao sinal que trago, carrego essa emoção, num quarto pequeno rasgado, estas paredes são de ilusão. Na verdade, é um sufoco, nem por clamor, ardor ou explicação. Hora, ora, venha a sedução, a noite que encanta, trás em si recordação… Lince, tigre pingado, figura felina que praga o coração, não o que te mexe, na verdade é um apelo à obrigação. A recordação, parte então desse desejo, a vontade é de partir, a guerra se foi tida, foi por batalha em que derrotaste tudo o que poderiam deitar, engenhos de mundos aparte, apenas por uma noite, mais ou menos ilusão. A teia de areia, passa então o mundo e as aranhas fazem gestos na areia, não sei, se me entendes nesse nexo, mas estende-me um abraço, não faz frio mas parece. Desafio é o que parece, na verdade é perdido por não ser tomado e não faz um abono, ode a nada, apela a uma noite tranquila e um sonho passageiro, crer em nada, desenhar e desdenhar o mundo, se não é credo é crença estúpida, abismal ignorância. E não eu não sei. O pensamento qu...

Habitante

A porta está aberta, mas ninguém sai ou entra. A entrada jamais foi negada, aberta tida a olhos fechados, invisível, dissociável deste lugar, jamais fechada, sempre pronta no entanto ninguém a sabe cruzar. A porta está aberta, portão seguro, visível ao fundo, não confundível com nada, certo directo e seguro, portadas maiores não poderão existir. No entanto é porta oculta, presente aos olhares do mundo, que por puro infortúnio, meio mundo não sabe transgredir. A porta está aberta, para todos os efeitos, são olhos satisfeitos, que para ela olham, se a tem como certa, a porta segue aberta, só não cruzada por pernas, que não a sabem passar. A janela ficou fechada e nessas tristes arcadas, chora a chuva dos dias, primaveras e outonos, ondas sazonais tempos que passam por elas e elas permanecem inertes, sempre assim, sempre presentes. A porta está aberta, o seu significado é correcto, ninguém olha para ela de outra forma, não por desejo ou norma na verdade é perfeita e todos tem medo dela. ...

Dicotomia de Sonho

Acordar por acordar, nem sei se hei-de estar acordado. Nem por hora de penumbra, mal tida em hora de loucura, a hora passa, o sonho volve o sono não vem, a hora morre. Acordar, nem sei se acordei, de facto não faz a falta, revolto num canto, coberto para a vida, acordar, acordado, adormecido certamente. Faço jus a hora, não é realmente um desafio, permanecer assim acordado, nem distante nem presente, nem sabendo bem enfim… Acordar, dita maleita, preferiria continuar adormecido, por desenho de fisionomia molesta e economia funesta, vem o acordar o labutar benigno. Acordar para a loucura, deixar-se desperta nela, não fazer do movimento um novelo, desenhar o acordar, presa mão em silêncio, cruel se tem assim ao clamor. Acordar em vaga hora, sentido de nada por tudo, ora olhar para o vazio, sentir as sombras do escuro. Acordar não toma a medida, nem sei se acordado é um acordo mas na certeza do incerto, sempre longe, puro estropio. Acordar de meia maleita, sem seguro de vida, acordo adorm...

Um beijo e um adeus

Às palavras marcadas em benemérita expressão de entrelaçado pensamento, se nos deixamos tocar por elas, somos como sentimos, soldados soltos deixados ao vento… Damos a escolha, foi nos dada por alguém, é um poder infinito e estranho, usado com atenção demais para um ser, é o sentido desconexo, vexada altura e estúpido saber. Desconecto. Nem sei neste momento saber ligações, não me apraz, sentido de loucura, forma ou orientação, se assim no meio de tudo, silêncio é o sentido, deixo ao som do volume, hora e juízo. Saber passar é uma vitória e em vitórias vivemos memórias, sempre ligamos ao sujeito, o tempo parte, faz parte do nosso trejeito. Obrigação, talvez não a sinta, não sei se é por isso, preso ou não pela emoção, deixa as portas abertas, que se descarregue sobre o mundo, essa sóbria sensação. Sabes, não é por um momento que vivemos senão por aquele momento exacto, em que tudo se torna claro e desse momento passado tudo rui, tudo se desmorona e por estupidez de negligência, orienta...