Canto, recanto e perda de sentidos
A noite passa suave, longe das estrelas do teu olhar… Turbulento é o momento, em que por cruel ventura me apercebo da tua ausência e caio em mim… Longe do meu olhar, encontras-te tu… E eu tremulo na noite… Por ventura de um bom sonho, seguro a tua mão e tenho-te nos meus braços. O mundo para e tudo é perfeito por um momento… Nada mais preciso desse sonho, nada mais inspira o meu alento. Acordo, permaneces como uma visão divina, meu anjo minha deusa. Encosto-me a parede, deixo-me dormir no teu trejeito, não espero muito, não sei se esperar, caio de novo no meu sonho e lá estas tu, senhora deste peito. Recupero então por completo de esta loucura, procuro a calma da minha alma e abraço-te novamente. Não espero mais e novamente, como num movimento de um segundo, o tempo parece voar e eu, com toda a força que possa conjurar, trato de o tentar parar, trato de o arrebatar, de o parar, de o travar, de o atrasar… A noite passa, olho-te nos olhos, vejo os teus lábios de rubi, pondero ou não um f...