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Consciente

Sobreviver a uma fobia, é o resultado de uma análise profunda. Parece não só que nos temos que tornar adeptos, mas também mestres, seres semi absolutos de tudo e qualquer coisa. Então esquece a fobia, na realidade é perdida, não é que o medo não esteja presente, mas realmente, estamos senão a sobreviver. Quem me conhece, sei que odeia isto em mim. Na verdade é a catch phrase mais simples e é em si uma contradição, será pior que vive ou quem sobrevive? Na medida de quem vive, passa por cada coisa ou será isso quem sobrevive? É em extremos uma dualidade ou talvez seja apenas a minha perspetiva que é um tanto ao quanto dúbia. Então por gestos nos medimos, por atitudes que vamos tomando. Vamos ditando assim um caminho estranho de tomar, creio. Daqui até ao fim, quem sabe. As vezes ainda se pensa, nem sempre da melhor forma e se um pensamento passar por ter tétrico, na verdade e seriamente, quem se considera senão invencível? Creio que não. Se a confusão é um domínio, serei então um mestre...

Maus resultados e a vida matutina

Quando a seta te aponta para a saída, será talvez hora de tomar asas e voar? Quanto mais te sentes apegado, mais despegado estas, se na verdade estas a descolar e mesmo assim em sincero ornamento, te deixas levar, ri-te, esta coisa há de te mudar. Na verdade, pretendia dizer outra coisa, considerem-me pudico, pelo menos em palavras, conheçam-me, mais brejeiro que um estivador, mais agitado que um bêbado, mais maluco que… Deixo esta parte a vosso critério. Na verdade, vão bastantes anos e revendo também hoje, um pouco do que já foi e penso nisso, como uma realidade um pouco mutável, na verdade o que foi fica e o que passou, está assim registrado. Adiante, costumam dizer que a pena é curta, ou pelo menos penso que o seja, já nem a carga da caneta pode dar para tanta coisa e ainda assim, insisto. É um pouco trágico, ainda que na verdade algo cómico e até mordaz. Sabes e nem me dirijo para alguém específico, a verdade é que nada é como realmente aparece escrito, sempre que o possas...

Terminus

O término é uma partida. Do momento em que quebramos com algo, seja por que motivo for, de imediato começamos com algo novo, não se pode romper com esta regra, significa que evoluímos enquanto humanos, nem que seja na nossa própria pessoa. Nisso, somos obstinados até a medula. Pergunto, nisto como sentimos, a mudança, se confrontamos meio mundo ou se vamos avançando e esquecendo. Olho as vezes, vejo rostos que deveria apagar, vejo faces que deveria olvidar. Mas perder de memória, não é uma coisa que eu saiba fazer com facilidade, até porque algumas coisas ficam guardadas, demasiado resguardadas. Mas o término é uma partida e enquanto fechamos uma ferida, estamos logo susceptíveis a abrir uma nova, nisso somos sadistas, masoquistas e completamente suicidas. Compreendo talvez esta necessidade de nos magoarmos, significa que aspiramos a crescer, com cada experiencia, cada rasgo, cada alegria e cada traço. Se recordo directamente, sei em quem me lembro, passo por três, colocadas em décimo...

Palavras de ontem

Iludidos, brincamos com a ilusão, criamos nas suas costas, poemas, obras de solidão. Entre esgar aberto, sorriso quebrado na escuridão, vivemos assim, na profundidade de simulação. Obriga o corpo, teor de loucura, sempre rodeado por amargura, cruel em nenhum sentido, obrigado a conjectura, imoral, segue assim por perfeita, segura. Supõe, não é assim, dado a mão, que se segue em teu respeito? As coisas que vamos tremendo, não são apenas o que tememos. Ora por hora, criados em soltura, sentidos ocultos, se é que vale a pena ocultar, certo, por discernimento, criado mordomo, capitão de valsa rasa, sabe que navegar é a cruel loucura, senta-se assim, em muralhas altas, comandante derreado, ostracizado, perdido em batalha? Nunca direi que fui eu, não sei, nem nunca soube como o fazer, se me permitem o engenho, o gesto desconhece, horror de nada, não há, não existe. Para a confusão, parto, louco e assim, agradeço a escrita, oriente de mim, não por rosa volante. Senhoras curvam-se perante gen...

Senão

O critério, é um sedimento da razão, sempre desconhecemos os meios como nos movemos, de facto, somos toldados, talvez velados, sempre amarrados ao síndrome de negação. E porque fazemos o que fazemos? Acontece-me de facto, a razão falha-me, não me traz palavras absolutas ou realidade relativa, abraça-se sim, à ilusão. Acho-me apenas demasiado cansado, para se por motivo algum, apresentar qualquer tipo de motivação. Concentro-me no que sei, consulto velha amiga e vou levando as coisas, sem rumo mas com mão. Se perdoam um decapitado, porque não hão-de perdoar, cruel derrotado e déspota humilhado? Foco a razão, para que? A resposta ilude, não se tome com a certeza, mais significado que a beleza, pois que a vê muitas vezes é cego certo e que mais interessa senão? Sabe-se mais sem medir palavras, pedir um gesto, que não se espere nada, quem souber pois remexe, agita-se inconstante, raio de sentido jusante, canto oeste, direito de poente, predilecto sentimento e perdido por orientação; adian...
As estações passam, recomeças como folhas caducas, pisadas pelo vento. As pessoas, nem as passam, viradas pelo avesso, não há uma clara visão. Então vem a mudança, não por decisão mas obrigada pelo tempo. Como fazer então, tomada a decisão, que as coisas avancem e simplesmente se deixem prosseguir. Virado do avesso, sem condição de segredo, não há, senão um recomeço. Vira a folha, as arvores tem que florir. Se por estação, se sentir o recomeço, nem sabes bem, como medir, um sentido todo do avesso e o arremesso do que há para vir. Eu, por explicar as coisas, não sei como seguir, as decisões não tomadas, não se fazem reflectir, então por momentos cerrados, que decisões flectir? Aquilo que te dizem, pese ao vento, sem rebordo ou tormento, sem muito que dizer, pintas de tintas soltas, que mais nos fazem decidir? Eu, por mim, sem explicação, preferia dizer tudo e ver tudo ruir, seria mais simples, directo, não sei se me faço sentir. Olho a volta, a ignorância é um temor, não conhecemos jam...

Vaiar O Ar

Discute o plano, o que me apetece fazer. Oportunidades perdidas, sem que as pudesse ter. Como pestanejar, perde-se, ao passar e uma vez perdida, não sei como a retomar. Que fazem de magia, momentos que tem o seu tempo, se não são sucedidos, vaiam em desconcerto. A mim, agrada-me a parte em que tudo flui de nada mas daí, sempre fui dado ao irregular. Distante de sóbrio conhecimento, algumas coisas gostava de mudar, porque de futuro, dado o evento, o mais certo será escapar. E se por algo, um olhar se cruzar, vou desviar o mundo, estragado está tudo, sem nunca existir. Reviso então as opções, falta-me esta inteligência. Se é pragmático em prática, perdoem-me o silogismo insistente, o desconhecimento e desconcertante. Ou então vou falar, qual louco perdido e por falar, falhar, acabar qual tunante, vadio e ébrio. Esta razão ao desalento. E sem saber que pensar, voa ao sabre, pena pluma, escreve em fuga solida. Todos os poetas, homens de letras almejam algo assim. Tão só por musas perfeita...
Sensível é a natureza de ser, por mim, nem um sentimento mexeria e assim, fecho com um caminho outro, um livro se fecha sem que se negue um capítulo, seja ele como for, foi pausado, não por consequência, mas sim por feitio. Feito. Toca-se vivamente, não por si, sabes bem que não, nem o sei dizer. Fala. Sem que me digas nada, falas mais que um mundo e pela estupidez separados e realmente olho sem ver. Corre. Vivo, qual quiróptero, entre as sombras da noite, persigo a imensidão, temido sem ser conhecido, olhado, por desdém ostracizado? Sente. É essa a paranoia, não se pode medir o falar de outra forma e separamos assim, aquilo que somos, do que poderemos ser e partimos do que fomos, somos medidos assim, ilógicos, irracionais, sentimentais, triviais, estúpidos. Grita. Tanto em tudo, somos os arquitectos, engenheiros audazes, filósofos irracionais, demagogos psicólogos, psiquiatras opiáceos. Dança. Mede tudo como se nada fosse medido e com essa medida, volta atrás, vê a oportunidade que te...

Capítulo Quinto - Da vitória a derrota – Tudo o que me lembra de ti

Eu escrevo, não o faço por mim, este capítulo, poderá ser curto e doce ou comprido e cruelmente amargo, não sei nisso definir correctamente tudo o que possa dizer. Hoje, passa demasiado tempo, em medida ou em distância, considera como quiseres, escrevo assim, de uma forma talvez um pouco mais pessoal pois é sinceramente para ti. Ao leres, como leias, entende o que devas entender, acho que nunca o escondi ou ocultei e são estas mesmas palavras que fazem de mim, como sou, um ser estranho e singular. Se me perguntares o que sinto, o que sou, o que almejo ou tudo o que aspiro, nunca to irei dizer, são factos que aceito e são coisas que não escondo, precisas apenas de as preguntas certas, saber fazer. Então este, como digo, introduzo e descaradamente hei-de te fazer chegar, é o teu capítulo, o teu som, a tua dança ou pelo menos a minha visão de ti. E falo de ti pelas minhas palavras, trata simplesmente mais um pouco de mim por ti, nos traços que eu faço e nas coisas que eu mexo, não será e...

Scribe amoris et choris daemonia

Que podes escrever? Se nem sabes o que sentes? Se não sabes o quanto mentes? Se não sabes o que causas, se não sabes nada e mesmo assim tentas escrever? Então escreve, não esperes realidade ou gentileza, não a esperam loucos, não a esperam desiludidos, não a terás, não sabes o que te espera, não o conheces. Escreve, porque ao escrever, libertas esse demónio, libertas-te de ti mesmo e de ti mesma, escreve sem sentido, não interessa muito, as palavras são tuas os sentimentos terão que ser teus. Liberta esses demónios, deixa-os brincar, brinda-me com loucura, sei que esperas insensatez, não conheces os sentidos, não conheces o porque mas ainda assim procuras, uns demónios que possam brincar com os teus. Assim, dá-me uma razão para os demónios que conheço de mim, serem os que conheces de ti, explica essa alquimia erótica, explica esse sentimento, os demónios que dançam contigo, ficam bem a roda de mim, não existe então a razão? Se eu te explico, porque tens medos e temores? Não o destróis...