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A mostrar mensagens de 2013

Vidraças cinzentas

O que procuramos com a mente, soa instável de conteúdo, com um sorriso estranho, palpamos terreno e caímos de novo. Erguer, não é uma batalha, é sim um passatempo e falhados não nos deixamos nunca admitir, por nos erguermos somos gigantes. Olhar, por olhar, um segundo olhar, contemplar o pensar, pesar o saber, somos anjos e demónios, vítimas e assassinos. Permitam-me a confusão e tocar com os sentidos, os sentimentos se os tenho, reconheço-os, fugidos e por mera ilusão de sentir, não clamaria qualquer sentido. Agora deixem-me ao cérebro, a sensação é de razia, não existe sentimento que mude, puro, incauto, vazio e ignorado. Deixemo-nos assim seres inteligentes e duvidosos, na certeza da nossa incerteza, venham os certos, ignóbeis asnos. Por duvidar, penso em mim e em mim duvidoso continuo sentado, não me dão uma opção, um clamor ou um legado. Não posso construir, faltam-me ferramentas, abono e empreiteiro. Ainda que me tome a mim como construtor, não tenho um baldio para o meu paredei...

IDR (Illusions, Delusions, Resolutions)

I guess that time and labor Means nothing but a fable With all the nonsense I’ve even heard Throughout the shining moments Truth comes from a lidless content And in all falls undone Isn’t it right? Judging the world from afar? Screaming for silence in solitude… Searching for time to care. Why won’t this soul come to me? Shall it always be broken and scattered? Why won’t this soul come to me? Is it all just a hope to be free? Meanings to fruitions, desires, disappointments Reality is carving an aged faced inside of me And in bleak moments… I turn to see myself breaking free A consequent illusion. Scatter… I’m just a man in a cage… And I won’t ever break free.

Falhado

Apostar no cavalo errado. Eis a sina do falhado. Correr contra a corrente e nadar num mar raso. Saber conhecimento cedido e crer em crédito parado. É a sina de um falhado. Reconhecer-se vencido e continuar a tentar. Obrar demolições condenadas. Tentar por estupidez pura. É ordem do falhado. Viver sempre tapado É sentido do falhado. Viver mal amado.

Devaneios, desabafos

A medida em como me mato, dentro da minha disfuncionalidade de ser, opõem se a minha sobrevivência e minha vivência, vivo por tanto em redondo de mim mesmo directo inimigo e vencedor derrotado. Como te olho de sentido solto, que me condenem por mil pesares, em redor de tudo o que sei, nada me parece tão certo como um sentido desconhecido e cambaleio entre o que vejo e o que encontro, dificuldades alheias e sinceramente… Nem sei a quem me dirijo. Compreende, isto é para ti, eu não o sei, não o sinto, não o dirijo correctamente, não irás compreender se não o disser e sinceramente não é difícil de explicar, apenas é complicado de se fazer compreender. E é tudo invisível, desse modo, de facto tudo se torna simples. Por vezes eu sou de todo invisível ou pelo menos aspiro a esse estado, nem me apresento, nem me faço, dou-me como sou, julguem o que quiserem, que seja a vossa vontade e sinceramente, não me interessa muito. Enquanto permaneço oculto em mim, vejo o mundo por mim, entendo cada pe...

Oculto a vista do mundo

Como me apoio, em sono perdido Em sonho tido me deito Em símbolo singular me mantenho. Celebra o símbolo de existência, sentido dentro do ser Por mais que haja a promessa, não há como esquecer Faz a proposta ao vento que segue, somos escravos do amanhecer. E enrola em finos dedos, todo o desejo de viver Celebra o contracto, encosta-te como deverá ser Ser único, não por ser. Sujeita-te a ser testado analisado e desmontado Promete não fazer sofrer, sorri e continua a correr Oxalá não exista, seja apenas por ser. Espia então incógnito a vista Só por ser visto em ser Recolhe um sorriso e parte, faz tudo parte de saber Resta-me a mim acordar e abandonar temidos sonhos Resta-me a mim esperar e não ver nunca palavra cumprida Resta-me a mim, incógnito ocultar o pensamento e continuar a perecer.

Três da Manhã

Três da manhã. O relógio, arrasta-se pelas areias, em torno de um constante movimento, confesso de sentido e em eterno seguimento. Caem as horas. A vida segue, no seu usual trajecto, no sentido em que somos desprovidos, nunca sabemos e sempre julgamos em torno de um completo seguimento, tudo por todo e todo em si. Não existe, dito em silêncio, uma ideia que valha, tão só por demover de medidas senta-se a noite, o dia raia e a tarde segue. Três da manhã, pouco tempo para dormir e mais horas para trabalhar… Mais uma engrenagem na máquina e as rodas continuam a girar, as identidades perdidas, um sorriso e serviço com excelência. Segue-se assim, o acto de julgar. Julga-se por uma acção, uma reacção se lhe suceda e em todo o acto que se possa ter, existe uma eterna mentira. Simplesmente sorri e escuta, aceita a hipocrisia. Três da manhã, mais seis horas e acorda. Que treta de ordem, ser uma engrenagem rendida, retida e ressentida. E gira sobre si, gira e gira… Tod...

Caminho

Sai de noite, ao abrigo do vazio da hora, cabelos que esvoaçam, monta um cavalo de ferro. Adorna em si, memórias de viagens, símbolos de histórias, recordações passadas, alinhadas sem ordem consequente, sentidas todas elas, presas e gravadas a ferros. Percorre a corda solta distancia já vivida e com o percorrido, uma sensação de paz lhe cresce na alma. Canta em si, uma voz muda, fala de dor que segue perto. Uma lágrima que lhe percorre a face é rapidamente limpa, expressão nula… Segue só, quebra rumo conhecido, vira adiante, expectante. Sentido de aventura e desconhecido aquecem-lhe o sangue. Sorri, um sorriso profundo, quase apelando a loucura. A paz na sua alma explode, dá lugar a revolta. É um pedido de mais. Mais e mais! Enrola o punho as linhas tornam-se esbatidas e turvas, a realidade desvanece e tudo se transforma numa visão torcida e retorcida aos caminhos da mente. Mais, mais e mais! O mundo vivido dá lugar a fantasia, um mundo sonhado ao rondo do motor, ao contar ...

Ilusão, regresso e solidão

Veio sem se fazer anunciar. Entrou disparada. O lugar não era seu a muito. Mas não se fez de rogada. Rompeu com o dogma imposto. Não fez verdade mas lei. Reclamou lugar e trono. Quis ser princesa, víbora disfarçada. Entristeceu automaticamente o lugar… Fiz-me a fuga. Sem esperar a alvorada. Tentou regressar, ao sítio onde não era esperada. Esperava carinho, braços e ósculos encontrar. E simplesmente foi negada. Coitada…

Sátira a uma “bebida”! (original de 1998/1999)

Que doce é aquele vodka!!! Que doce sabor tem, aquele delicioso, vodka de morango! Que leva, bem... As jovens meninas a amar! Moranguitos irei eu colher! Para mais um vodka beber! Que doce sabor ira ter! Mas que é isto? Não apenas de morango pede?!? Pede também de laranja vermelha, e Bacardi? O que belo panorama! Este que se me depara! Ver dois bons produtos a desaparecer! Só sobra uma devoradora, e, um moranguito! Como vou eu gostar! É tão lindo de se ver! Uma devoradora, e um moranguito a dançarem mesmo juntos qual casal de namorados! Mas quando ao fim a noite chegar! Já não vou poder ver o lindo desfecho desta história! Ó que dor! Ó que gloria!

Consciência inconsciente

A sensação de conveniência que suavemente adverte os meus ouvidos, no caminho que se mete, perde-se o conhecimento e somente se segue em surdina o mais mudo dos guias. Atenção, que não falhe por razão de rotina, qualquer indicação que possa ser causada, ou por outra vez indicada, cruel e estupidificada, dada a atenção de um desabafo, cruel é a volta, cruel é a gente. Bramem então, silenciosas vozes, não por destino, não por sentido mas por pura estupidez. Reconhece-se um revolver de tudo, não se sabe os contribuintes, não se sabe nada que se possa adicionar, as palavras dançam conforme as pessoas as dizem, um acrescentar de tudo e um revolver de nada e então… Então não há nada que me possa por ventura volver ao um sentido conexo e faço novamente uma menção ao sentido sai-me um riso, o meu cérebro expirou ontem. Reconforto-me na estupidez e tacanhice das pessoas, que tenha expirado então o meu cérebro? Não me parece. A data enganou-se e eu enganei-me a mim próprio ao acreditar, voltei ...

Para ti, morte em vida

O silêncio que me acompanha, deixa-me dormente. Esquecido e oculto o sentimento, recuo e revolto sobre mim. Não deixar pistas, não dar ar grave. E continuo a agir assim. Expressão a normalidade. O contínuo que me move queixa se no meu peito e a singular verdade que me libertaria, foge por ordem e razão. E como ambiciono a liberdade... Como quero fazer dela minha constante... E enquanto continuo oculto em plena vista do mundo, enquanto dou azo a minha mascara, mais definho por dentro. Mais me minto. Mais me oculto. Estupido, idiota e aventesma. Covarde ignóbil! Imbecil.

Serein

Esses teus olhos, hão-de me matar. Toldado por insegurança, desvio este olhar. Se o sinto perto do meu, meu sentido é de largar escudo e partir à fuga. Mas como jóia reluzente, toda tu, lá me volto para olhar e assim me perco no teu olhar… Dou ar de indiferente e não me desvio de ti. E então falas, em sentido de por me em ordem, comandas, com o teu mandar. Ordenas que abandone o manto soturno e me faça brilhar. Sem ver, olho para ti. Que não me falte a força, dou ar de duro, não me deixo derrear, não me as de derreter. Digo: “Ensina-me a brilhar”. O teu olhar torna-se quente e envolvente. Perco o sentido, perco a orientação. Derreto-me. Mesmo sem saberes, sorris. Secretamente, toda tu em vitória. Continuo a tentar-me forte e contido, mas todo eu sou água, rio, oceano… Replico novamente: “Ensina-me”. Replica de oculto desespero, secreto desejo e ambição desmedida… Olhas então novamente e o teu olhar incendeia-me, queima-me, faz de mim cinzas e ilusão… E manténs-te serena… E só esses ol...

Distante, Oriental

Mantenho-me longe do esquecimento e a passo curto de me esquecer. Se por movimento inseguro ainda não esqueci, pode parecer-te mas já não há como rever. Subserviente de me ocultar, o esquecimento persegue-me, não me atormentes pela manha, tarde ou noite, se te esqueci, por problema teu se deve. Exercito então esse esquecimento, enquanto me deixo estar no meu canto. Sei me mim, irra e pranto, calor constante de irritação e frieza selada é assim o coração. Sei por mim, mero ser, que nada me custa esquecer, se uma recordação guardo, quem sabe não a nego ter. Rio e parto distante, vivo nesta ânsia de o fazer. Pois partir eleva o esquecimento e de esquecimento vive o ser. Escrevo, já não o fazia, o meu ser não conhece o meu saber, as minhas palavras anseiam a saída de partir da minha mente para outro ser, outra existência, outro lugar, qualquer coisa que as mude, uma variável que desconheço, em fim sei lá ou já se me tornou a esquecer? Olho a volta é tudo alienígena, desconhecido, alheio a...