segunda-feira, junho 18, 2012

Inverno de pesar, negação de ser.

Se não fosse Verão, dormiria ao relento
Se não fosse pelo sol, pernoitaria por ai à chuva e ao vento
Mas como há sol, que me-hei-de retirar ao refúgio do forno
E hei-de assar no meu tempero, lume brando, chama viva

Se por passar o meu tempo, rebolando sobre mim mesmo
Não fosse a chuva começar
Não conhecendo o destino do tempo
Só me resta então renegar.

Por motivo então de loucura alheia, dormirei ao relento
E se o vento a minha face decidir afagar
Ora então que se vá e se parta!
Não quero esse sofrimento!

Raios e coriscos mil, coisas que repudio ao passar!
Se por hora me deixas caminhar, que não caias!
Já não é o meu lugar.

E se existe um motivo oculto.
Oculta tudo então.
Se existe uma razão que me valha, ou por loucura de perdão?

Por ser Verão, Primavera que fugiu.
Ficarei então ao relento.
Pernoitarei ao luar.

Sem comentários: