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A mostrar mensagens de junho, 2012

Pensamentos em Espiral

Palavras fora de controlo. Medidas assimétricas, concentricamente descoladas em adjacente medida de desespero. Ébrio, é o pensamento, obtuso de insanidade. Despegado, desassossegado, desligado e despojado de sentido ou valor. Desenha a traço solto o invisível canto do movimento de passar do tempo e em espirar tudo cai e colapsa. Tudo cai por subsequente movimento de inspiração que expira e abandonado o movimento, fecha-se o livro. Termina-se outra aventura “O Fim” segundo se espera… E por desfeito feitio, sem que nenhum feito se assinale, ruma já por discreta via, perdido o rumo, para a frente é o caminho! Sem expressão que se assemelhe, brilho visível, valor negado. Sem esperar uma primeira vez, anseia pela próxima, ao sentido de repetição, ao sentimento de perda, a primeira, perdida, já nem volta. Não existe retorno. Falha então a luz. A razão foi a muito esquecida e por declínio do momento curva-se o ser. A alma dorme escondida e ferida. A alma dorme segura e confiante. E tudo por ...

Inverno de pesar, negação de ser.

Se não fosse Verão, dormiria ao relento Se não fosse pelo sol, pernoitaria por ai à chuva e ao vento Mas como há sol, que me-hei-de retirar ao refúgio do forno E hei-de assar no meu tempero, lume brando, chama viva Se por passar o meu tempo, rebolando sobre mim mesmo Não fosse a chuva começar Não conhecendo o destino do tempo Só me resta então renegar. Por motivo então de loucura alheia, dormirei ao relento E se o vento a minha face decidir afagar Ora então que se vá e se parta! Não quero esse sofrimento! Raios e coriscos mil, coisas que repudio ao passar! Se por hora me deixas caminhar, que não caias! Já não é o meu lugar. E se existe um motivo oculto. Oculta tudo então. Se existe uma razão que me valha, ou por loucura de perdão? Por ser Verão, Primavera que fugiu. Ficarei então ao relento. Pernoitarei ao luar.