quinta-feira, agosto 07, 2008

Ecos, Silêncio, Paciencia e Graça

Deixa-me perguntar-te coisas que não me querias dizer, ainda que sempre o tenha feito, sempre esperei uma resposta que me quiseste iludir em meias verdade que não vais querendo contar…
Deixa-me, não sei nada desta realidade, as asas já a muito foram cortadas, tentei, sempre tentei, fiz desse fogo um farol, fiz desse farol uma casa, fiz dessa casa a minha ruína e determinado, tentei erguer-me e perguntar o motivo de todas essas perguntas inúteis…
Sobrevivi, não sei como puxei todas as forças que tinha, tentei puxar por ti, tentei sempre dar-te tudo o que se pode dar a alguém que se ama, tentei dar-te o impossível e tudo o possível neste existência.
Não sei, já desenhei inúmeras questões, pintei inúmeras equações, livrei-me de mim mesmo, libertei-me em grande parte daquilo que sou tentei libertar-te daquilo que és, daquilo que com tanta angústia tentas esconder de ti mesma.
Pedir-te-ia apenas uma coisa, essa coisa que irias negar, que negarias e que negas todos os dias, procuraria uma forma, um meio algo que me fizesse aproximar-me de ti…
Creio, não o sei com uma certeza visceral e contudo nada parece ser tão certo, creio que acima de tudo escrevo o que não compreendo debato comigo mesmo aquilo que gostaria de não compreender, nego-me a mim mesmo em contradição de ti, arrasto-me na minha mentira, arrasto-te na minha negação…
Liberto desta mesma negação vivo ainda com um pouco de ilusão dela, sobre a sua imperfeita perfeição, sobre a sua incompreensão sobre o seu medo…
Gostaria de poder olhar-te nos olhos, gostaria de agarrar o teu imaginário, gostaria de ter-te aqui, onde creio que poderias respirar longe do que te sufoca e do que negas meter-te medo…
Soube, ponderei, sonhei que poderia trazer-te aqui, pensei nisso, pensei que poderias gostar…
Propus, sugeri, creio até que insisto nisso, creio até criar um pouco de receio em ti…
Arrependo-me.
Não sei se te causo mágoa bem tento ir compreendendo…
Sei que te faço por vezes sorrir mas gostaria de ter ver sorrir aqui…
Marta, não te posso explicar nem contar nada que não te tenha dito noutras ocasiões…
Sinto a tua falta acima de tudo…
Não posso dizer muito mais…

1 comentário:

Anónimo disse...

desculpa e acima de tudo Obrigada por tudo.