Passo, fuga e volta
Senta em silêncio, pela verdadeira palavra que há-de sair. Sentada, de braços cruzada, altiva, assim se pode considerar. Espera por um movimento, uma coligação sem nexo que possa seguir, no seu rastro, como um rastilho ardido, jazem aqueles que se atreveram e só se queimaram. Então arde, como deve arder, como sempre ardeu, sempre de seu fogo dona, sem se espalhar por mais que um momento, dentro de si traz esse sentimento, de se por em altura de torre altiva. Recolhe a luz e olha para o seu passado, contempla a decisão tomada, sem calcular mais que necessário, um certo e tomado passado, sempre em frente, essa é a ordem de progresso. Descruza as pernas, brinca um pouco, aproxima-se, com movimentos suaves em nada forçados, sempre com um ar sereno na face, com cada movimento feito, assim seduz. Solta o cabelo, corre os dedos e solta-se toda ela, nem o faz por mal, não existe qualquer sensação disso, simplesmente é aquele olhar e aquele movimento, aquela expressão de se querer soltar toda ...