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A mostrar mensagens de outubro, 2017

Passo, fuga e volta

Senta em silêncio, pela verdadeira palavra que há-de sair. Sentada, de braços cruzada, altiva, assim se pode considerar. Espera por um movimento, uma coligação sem nexo que possa seguir, no seu rastro, como um rastilho ardido, jazem aqueles que se atreveram e só se queimaram. Então arde, como deve arder, como sempre ardeu, sempre de seu fogo dona, sem se espalhar por mais que um momento, dentro de si traz esse sentimento, de se por em altura de torre altiva. Recolhe a luz e olha para o seu passado, contempla a decisão tomada, sem calcular mais que necessário, um certo e tomado passado, sempre em frente, essa é a ordem de progresso. Descruza as pernas, brinca um pouco, aproxima-se, com movimentos suaves em nada forçados, sempre com um ar sereno na face, com cada movimento feito, assim seduz. Solta o cabelo, corre os dedos e solta-se toda ela, nem o faz por mal, não existe qualquer sensação disso, simplesmente é aquele olhar e aquele movimento, aquela expressão de se querer soltar toda ...

Meia dúzia de palavras e uma procura

Vem pela noite dentro e procura-me pela madrugada, aconchegado ao teu corpo, perto do teu desassossego e de toda a tua máscara. Procura, pelo significado da tua máscara, de uma proximidade que possas ter, em silêncio, olha para ontem, tenta a minha explicação ou espera por ela, se me for permitido, dentro do abstracto, poder falar e entender a dois, o que nos vai na velada. Aproximo-me, da mesma maneira que me afastas, sem complexo de senhoria, apenas uma necessidade que bem compreendo de permanecer una em ti. Abro a janela e voo, não conheço então um trejeito ou uma maneira, se ficar, devo ficar, se partir, parece ser errado e como fiz, filo dentro de mim, com certa incerteza e com complexo desnorte, sem ter certa certeza, sem ter pé ante mão com absoluta perda de sentido e sem saber sequer em que pé me apoiar. Não tomo por mão, estrutura ou o conhecimento, não sei erguer, nem erigir, tomo apenas por parte, o certo desconcerto de viver, como sempre vivo, experiência nova mas não quer...