segunda-feira, janeiro 09, 2017

Cordéis

É estranho como sou desastrado, como tenho uma orientação para fazer no momento certo, tudo o que poderia fazer de errado.
É estranho, ter tamanha pontaria, de fazer por meia medida, um copo cheio de porcaria.
Venho ler as marcas, que me contradizem com pontaria, na verdade, não é bem um nexo, não saber o que dizer é uma harmonia.
Faço jus ao desenho, não demonstro sabedoria, saber falar, escrever ou cantar, passa assim por estranho efeito, sombra, movimento e coreografia.
Sempre sobre esse conceito, de movimento pendular, como nos arrastamos do regaço a nascente, sem saber bem para onde voltar.
Volta e meia, regresso ao meu presente, sem esquecer o meu passado, gostaria de viver no meu futuro, certamente, desastrado.
Com pontaria o diria, com certa mestria tiraria um sorriso.
E de tirana vontade, por volta e meia em meia volta, concentrar-me ia.
É estranho, não obstante o conceito, dizer por meia mentira, uma verdade completa e completamente não conseguir dizer o que deveria ser dito.
É um sentimento de claustrofobia.
Observo esse andamento, olho para uma mão vazia.
Estranho como os fantoches se mexem, cai por meia mão, passa a bonifrate, conhece já os movimentos de quem o guia, sem ser guiado, replica o movimento.
Tomo por meia medida o conceito, títere ganhou vida? Não creio plausível explicação mas a realidade assim é tida.
E com certeza, se afina o movimento, não necessita de comando, segue por si como considera, desrespeito para quem o vê?
Atado em cordéis uma vida inteira, não há borde, palavra meia, não por desrespeito mas alento à liberdade, levar em si vida inteira, sabedoria é majestade.

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