Enquanto Chove Lá Fora
Suave e calmo, o passar das horas, em que o discernimento é tapado, em descuido a emoção, em que o sonho é um momento, em que nos perdemos, pouco a pouco, no esgar das frestas que deixam passar um pouco de luz em noite clara. Calmo, o silêncio que se faz sentir, nesse conforto de horas em claro, que passadas em emoção, reflectem mil pinturas imaginárias, levadas pela imaginação corrida, num movimento do desenho, em que o pincel nem quis saber de cor ou traço, forma directa ou expressão. Enrolar no calor do cobertor, deixar passar a noite em claro, nem saber se é verdade ou ilusão, simplesmente ter olhos semi-cerrados ver mais que uma visão. Embalado no repouso do leito, sem ter um destino mal feito, tão só repousar nesse colchão. Descrito de que forma se ponha, cria-se uma imagem de calma, horas tidas em descanso, celebrado sonho perdido, nem perdido se possa dizer, voar como se pode, sem ter fé em saber voar, acordar na sensação de cair, simplesmente, saber sonhar. Enquanto espero po...