Estige
Enrolou um cigarro, parecia distante, pensativa, toda ela fachada, intelectual, meio tomada ao café, debruçada sobre um jornal. Simplesmente verdadeira. Acendeu o cigarro, certa de si, altiva. Por meio de um café, acendeu um cigarro, puxou fogo, fez fumo em garganta, toda ela passava, por entre as discretas passagens, sem que nada nem ninguém se apercebe-se, tombos e voltas, nada de verdade. Figura serena, não descrita em parte alguma. Caminhou, o seu vestido esvoaçava, qual chuva miúda, enrolada ao vento, tal era assim solta mas sincera ao olho, deslumbrante num caminhar. Passava pela gente, poderia não querer, ficava marcada no olhar, toda ela, tolda atenção que despreza, na verdade, não é a sua obsessão. Sai pela rua, vai valente, nela só solta ao vento, velada do que traz na alma é única observante, de um caminhar descompassado. Não traz folha solta, olhar seguro, peito ardente, não é por verdade/amargura, objecto de mente demente. Acendeu um cigarro, avançou na sua leitura. Uma p...