terça-feira, maio 18, 2010

Ao refugio da Noite

No outro lado da lua, gentil canção de aquário.
Não escolho as palavras em dualidade de trejeitos em desrespeito de conhecimentos e afinidades múltiplas, simplesmente vou remexendo a noite e recorrendo ao invulgar.
Recolho aos velhos espíritos, julgo o jugo da serenidade, não sei porque motivo, não tenho para onde ir e tão só me apetece o valor esguio de fugir por ai.
Se por meio de mim próprio me deixe entregue a solidão, não desisto de tentar ao incerto e refaço o reclame que foi inúmeras vezes feito.
Só por si, instigado ao momento de incerteza, abano o mundo, alguma coisa há-de cair.
Começa a sentir-se o sangue quente e o Verão corre já na aragem e deixa essa gente demente e eu tão só aspiro sair por ai, perder-me nessa noite, sozinho, acompanhado, indiferente.
Tão só me saiba de simplicidade, perdido por ai aspiro a lua prateada e a noite calma, brisa suave que corra pelo prado, esquivo vou pela noite, perdido e só talvez em recanto de inglória.
Esta noite, como remexo a noite, lento, talvez sóbrio, talvez bêbado.
Não direi em ponto mais certo, nem serei de todo altamente irónico ou erudito.
Apetecia-me apenas uma noite daquelas em que a lua e o sol se beijam.
Apetecia-me uma garrafa de vida.
Já bebia um copo de sangria.
Se olho para onde estou, sinto-me lavado em passado e oculto do que poderia perceber.
Aguardaria o refúgio da noite, sair e perder-me por ai.
Talvez só, talvez contigo.
Aguardaria um partido de nada.
Aguardaria um solitário desejo.
Deixo escondido um desejo.
A noite vai se indo e eu enclausurado em mim mesmo.

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