segunda-feira, março 29, 2010

Um halo na lua

Havia um halo na lua, a noite estava ainda calma e bonita.
Havia uma verdade que bailava no ar.
Sem que recorde alguma coisa que possa realmente ser contada.
A noite passava e a voz de uma era esperada tão só se mantinha muda por medo de eventos passados e de histórias reconhecidas.
Passeei pela noite, a calma dos seres sérios.
O reconhecimento de nada e tão só o andar e o passar do tempo.
Mais uma vez mirei o vazio.
Continuei a caminhada, não sei porque meio, motivo ou recordação passada.
Nem sei como, abraçado a nada e de mão dada ao vazio.
Reconheci o desconhecido, em sentimento talvez abrangido, tão só e perto como se fortemente desterrado.
Olhei para cima, a lua bela e serena e o seu halo de esplendor, que me desengane, nem conheço tal coisa.
Perdi-me por olhar para ela e lá ficou ela, bela, serena, só.
Perguntaram-me à já algum tempo se sentia algo por alguém, fujo sempre de esta pergunta, se responder direi amo a lua…
E enquanto a verdade não chega, não divulgo sequer de quem gosto…
E amar, nem direi que amo.
Continuo a procura, sob a luz do halo da lua…

2 comentários:

Unknown disse...

Muito lindo :)

C. disse...

Ora bem, agora com a conta certa... Está muito lindo :) boa maneira de fugir a uma única pergunta!