segunda-feira, novembro 02, 2009

Náusea

Assalta-me a vida tortuosa, não conheço segredos que queira esconder…
Deita-me ao relento, ainda nem me deitei e já está a alvorecer…
Cria-me um sorriso, ainda nem o conheço e já o estou a perder…
Obriga-me a sentir, toca-me, deixa-me ver, pode não ser se não um meio de me perder e no entanto nesse perder, me deixarei encontrado, sem um ponto de memória, sem escapatória qualquer, sem mercê ao momento sem qualquer motivo e se por motivo qualquer me encontrar, negar-me-ei veemente, nada mais terei a perder…
Esconde-me pela manha, detesto acordar, de certeza que vai estar a chover e no entanto faz sol mas sei estar a chover.
Correm gotas pelo rosto das gentes, as verdades são sumidas, as somas são inconclusivas e a matemática incerta e ilógica, talvez por à odiar me pareça demagógica ou talvez perdida de valores uma ver que se torna improcedente indeterminada e a mente minada sinceramente exonerada não a conheço e nem a quero conhecer…
Concebe-me um meio, já estou a fim de tudo, nem sei a verdade de nada, sei a mentira absoluta, conheço essa expressão e às de ficar com má impressão de mim e sinceramente que te borres porque para esse ponto não estou nem presente para ti, nem nunca quererei saber de ti.
Aguardo a tua ostracização, que te perdas por ai ou que me mandes perder, que nada interesse realmente, se bem que não há pessoas de coragem és um caso jocoso e sinceramente resta-me rir assim.
Cabe-me o jugo, sinto um vómito na garganta, que peculiar reacção serás sem sombra de duvidas um desengano e por desengano me esganas de todo, sai me da frente, hei-de me colocar de bruços já me sinto a regurgitar.
Talvez seja um pouco cruel, mas de cruel se sente a revolta, não te passa ao lado a memória? Talvez seja mais mnemónica uma expressão mais eufórica, não sei que te dizer mas metes-me nojo e nem te consigo ver.
Hoje que me sinto cruel, não me falte a expressão que leias isto e te caias, que saibas bem quem és, talvez me chames covarde por não te revelar e saberás no entanto quem és e antes que me falhe a prosa, não te desejarei nenhum mal, talvez por ser ainda humano ou porque não tenhas importância para tal…?
Reescreve-te, talvez te aprove, posso eu não ser um ser humano decente mas pelo menos ao levantar-me consigo ver-me e tu, que verás nessa cara reflexa?
Deixo-te um comprimento e um eterno desejo, não que caias na realidade mas que caias por ti próprio cruel como és, humano como serás, não importa referir-te, certamente te retratarás...

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