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A mostrar mensagens de novembro, 2009

Palavras Perdidas

Aguardo uma mensagem, de algo que não vem e ao qual não conheço o momento… Enquanto sou, fujo de mim, nem sei como me explicar, se me deixo quieto ou se me repudio, não conheço o sentimento, falha-me a emoção, melindra-me tal coisa, nem se por onde lhe pegar, não existe uma ideia concreta que me deixe constante e assim como anteriormente me largo a vagar, velho tunante… Falta-me o álcool, nele me hei-de deixar, nem sei se o reconheço, parece um velho amigo de velhos tempos passados, envelhecido pelas passagens mas nobre jovem e jovial companheiro… Falta-me a emoção, não sei esse motivo, não conheço tal orientação, que me falte o desejo, desconheço o fomento da emoção, cativo de um movimento, cruel condenado, hei-de reconhecer um momento e nesse momento hei-de o revelar, nada é pois um momento que me possa condenar… Então aguardo… Quem saberá dizer pelo que aguardo? Não saberei um motivo concreto… Talvez por me deixar sempre a vagar. Em questão de momentos me perco e por desinteresse de...

Antologia de nada e mais nenhures

Simples razões de iludidas verdades, conforme o soar de uma dissonante alusão, dorme o mundo e nem um momento se para se não para respirar o seguinte. A vida passa. Não existe, talvez por não ter sido imaginada, tal verdade, não existe tal concepção de irreal e nada é senão isso mesmo, um momento descabido e uma inconstante mudança de realidades, dorme o mundo, consulta-se a noite, não passa um momento mais que valha um sorriso, nada senão o que esta proposto passa para além de essa verdade, dorme o mundo e a vida, dorme todo o momento, existe uma inverosímil mudança, cai-se em monotonia de momentos, não se sobrevive por nada e não se luta, que o saiba, por nada. Desliga-se a gente, não há nada mais que possa eventualmente compreender, nada mais que possa fazer, sente-se a realidade difusa, nem a noite é já confortável e simplesmente os dias arrastam-se conforme desígnios que me vão ultrapassando, nem sei por onde, nem o seu motivo, mas sei-me ocultamente estranhado e estranhamente ilu...

Náusea

Assalta-me a vida tortuosa, não conheço segredos que queira esconder… Deita-me ao relento, ainda nem me deitei e já está a alvorecer… Cria-me um sorriso, ainda nem o conheço e já o estou a perder… Obriga-me a sentir, toca-me, deixa-me ver, pode não ser se não um meio de me perder e no entanto nesse perder, me deixarei encontrado, sem um ponto de memória, sem escapatória qualquer, sem mercê ao momento sem qualquer motivo e se por motivo qualquer me encontrar, negar-me-ei veemente, nada mais terei a perder… Esconde-me pela manha, detesto acordar, de certeza que vai estar a chover e no entanto faz sol mas sei estar a chover. Correm gotas pelo rosto das gentes, as verdades são sumidas, as somas são inconclusivas e a matemática incerta e ilógica, talvez por à odiar me pareça demagógica ou talvez perdida de valores uma ver que se torna improcedente indeterminada e a mente minada sinceramente exonerada não a conheço e nem a quero conhecer… Concebe-me um meio, já estou a fim de tudo, nem sei a...

Assaltos

Pobres e cansados olhos… Cansados jazem sem vida. Não dormem nem conhecem descanso. E rouba-se deles a luz perdida… Pobre desterrada alma, Como ninguém te entende… Ninguém te estranha… E solta te entendes desmoronada e sombria… Pobre incompreendida solidão. Entendo-te bem demais. Conheço-te por amargura… E ninguém te tem como familiar… Pobre cansado coração… Velho e abandonado… Deixado pelas ruas da penumbra… E idealmente fustigado… Pobres e cansadas mãos… Sois a vaga fuga desta alma… Tristes e descartadas, cortadas de toda a existência… E pareceis no entanto vivas… Pobre e cansado ser. Triste, amargamente armazenado… Não sabes se não sofrer… E por ti, estranhamente amargurado…