Já me vou deixando andar em horrores de quem não fala, pois a verdade é que nem sei andar se não andar assim perdido. Refiro-me assim, a tudo o que possa julgar, pois nada é tão visível que a própria verdade dos tempos não vá por força de mudança descobrindo… Reparo por essa janela, a noite vai alta e a noite vai se velando, as nuvens vão correndo e o céu reclama o seu descanso, a noite é o seu eterno paraíso e o tempo passa um pouco sádico pois é momentâneo e nesse momento nada se apresenta tão calmo como o que dorme. Hoje as coisas estão estranhamente compostas, está tudo estranhamente exposto e deitado ao acaso muito sinceramente correctamente disposto. Obrigaram-me por força de extremismos externos a pensar, tive que decidir a melhor forma de actuar, sinceramente nem me deitei a lutar, parece ser mais uma dessas mil e quinhentas batalhas que simplesmente não tenho a mais remota hipótese de ganhar… Surgiu-me então esta ideia de me ir deitando ao acaso, sou neste momento brutalmente ...
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A mostrar mensagens de setembro, 2009
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Entre sonhos repetidos, lamurias de seres estranhos e todo aquele temor de uma noite mal passada, se ergue dormente o inglório solitário. Em noites de sono, em que nada se assemelha senão a uma incógnita inconclusiva, há uma verdade de meias mentiras e em que cada sopro dado faz bater as asas de uma borboleta abandonada ao sopro da tempestade, penso em ti e as coisas melindram. A noite cai assim, dormente perante as ruas, as ruas tornam-se populadas, as pessoas encontram-se nelas, ébrias, drogadas, dormentes e desligadas, as ruas tornam-se passeios de decadência, vivos olhares de ignorância atravessam quem os olha, a vida é selvagem e passeamos um jardim de inconstância. Dormente me encontro e dormente me deixarei pernoitar, nada nisto se assemelha a algo que possa compreender como sendo constante, nada senão um temor de um horror que me passe no olhar e mesmo esse sei ser completamente distante, mesmo esse sei ser completamente irreal... Aguardo por uma por um momento de sobriedade, n...
Entre a consciencia, existo para um vazio
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Oculto-me em palavras, de mil e uma conversas afins... Descrevo argumentos e sinto-me incrivelmente longe de onde estou, presentemente ausente. Digo tudo, falo, prefiro não me calar. Exponho, converso, argumento, preferiria nem me calar. E é difícil, é um desafio contemplar algo assim, mantendo-me dificilmente presente e obtusamente ausente... Assim, dizer algo liberta-me pois não posso de modo algum estar calado. Assim, não dizer o que pretendia deixa-me na incógnita do momento... Mas esquivar-me de algo parece impossível e mesmo assim contorço-me ao inacabável. Esforço-me por medo e vergonha. Nego-me... Não posso nem tenho como me justificar, o pensamento é todo em si um pouco obsoleto... Tratam-se de ideias que deveria já a todo momento livrar e encontram-se no entanto fortemente cimentadas no meu ser... Falo, recorro ao retórico. Nem sei se com convicção ou existo. Tento e levanto-me para onde posso. Paro ou param-me? Por vezes é difícil discernir. Assim, fica a verdade velada. Exp...