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A mostrar mensagens de abril, 2009

Lua vermelha, Lua negra

O sangue cobre estas ruas. Tal como cobre o teu olhar… Lua Vermelha, tenebrosa… Que ás de ser tu se não a nossa perdição? Esse momento tão distante… Que devemos olvidar… O sangue… O seu cheiro, a sua cor, o seu sabor… Tudo se confunde no ar quente desta noite… E a lua vermelha reflecte-se no teu olhar… Lágrimas vermelhas escorrem pela tua face… Qual preciosos rubis as irei guardar… Dá-me assim a eterna noite, dessa lua tenebrosa… Dá-me assim o precioso sangue, a vida maldita… A lua reflecte-se no teu olhar… És a Deusa de Sangue, Terror e Sedução… Lua Vermelha, Lua Negra… És tu a Lua desta noite… Senhora Vermelha de vestido Negro… Tentação final… E a lua vermelha, reflectida no teu olhar… Foi por ti pintada, doce meretriz de perdição…

Sem rima, medida ou ritmo.

A minha mente, esta fora daqui. A viajar por terras distantes, tão distantes como o teu mundo. Deixei este corpo. Desconheço o seu paradeiro… Que se encontre perdido, destroçado, bem guardado ou enclausurado. Nada disso é mais ou menos que um facto adormecido, tal como esse corpo perdido… Sinto-me a flutuar. Vagueio por esse mar celeste com polvilhados de branco neve, gelados como este coração dormente. E então penso, reflicto e avalio toda a situação… Questiono e indago… Renuncio ou não a esta existência?... Sinto-me doente e dormente, demente e decadente, desligado de tudo existente em absolutamente nada… Vagueio então a deriva, calmamente por essa tempestade perfeita. Confortavelmente em silencio, ociosamente em solidão… Desliguei-me do meu mundo, dediquei-me a errar pelo teu, caminhando ao ritmo das estações, observando os sons da vida. Deixei-me dormir. Enganei o caminho da vida… Deixei-me dormir sem ti… E esse, foi o sono e o sonho final.