Confusão
Escavo-me pelo meio das minhas velhas folhas, lançadas ao vento poisadas pelo chão, sobre a secretária cheias de palavras e letras de ideias e contradições de coisas que vou lendo, revendo, relembrando, repensando e reconsiderando. Sinto-me escravo disso que não conheço, pergunto-me, se existe um fado, se existe uma total impossibilidade de controlarmos o que fazemos e o que acontece. Desconheço e tento não crer, surge me como uma ideia absurda que tudo o que se faça esteja já a partida decidido ou que seja simplesmente cosido por figuras fantásticas escondidas por detrás do véu. Rodopio na cadeira, sinto-me sinceramente sonolento, não sei explicar isto, não sei, não mo peçam. Conforto-me no véu nocturno celeste, nesse pontilhado mil, na eterna amante e musa dos poetas, na sonolência de tudo o que existe numa memória mais calma onde faltou um caderno, uma folha e uma caneta para escrever o que se ia passando. Tempus Fugit. Segue-se esse abandonar dos sentidos, o abraçar do sono, a bene...