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A mostrar mensagens de setembro, 2008

Segredos ilusões, palavras secretas e todas as coisas que te ficam ocultas…

Vou-me reconstruindo, laureado insano, de mim, rodeado de mim, triste de mim, deitado no chão abandonado… Erguendo-me, choro… Rodeio-me de mim, desconheço-me a mim, reinvento-me, desconheço o resultado desta reinvenção, pareço um trabalho em constante mudança, em constante indecisão, uma muralha que se ergue de volta desta pequena casa de dúvidas que se vão dissipando. Desligo-me de tudo, não quero reconhecer nada, escondo-me dentro de mim, pretendo que nada exista, excluo tudo, e recrio o que vier as minhas mãos vazias… Caio em mim, acordo, não que durma mas acordo, os meus olhos abrem-se para se aperceber de algo que vai despertando conforme o dia avança e conforma a vida recua… E sim, a vida recua de nós, vai-nos deixando a cada momento, vamos passando por ela como quem passa pela rua, desatento do mundo, desconectado, inerte de si mesmo, um autómato rectilíneo e insensato. E acordo, abro os olhos que sempre estiveram abertos, abro portas que quis fechar e por elas espreito com todo...

Não acredito no sonho.

Não acredito na esperança Não acredito em nada que me possa deixar mal Talvez tenha acreditado Talvez me tenha dedicado a sonhar Uma vez deitei-me a esperança Uma sonhei, permiti-te sonhar Feri-me do mundo Feri-me dos sonhos Banhei-me nas mentiras do mundo Banhei-me em repugna e enganos Deixe-me esconder da vista Deixe-me esconder da vida Amei quem amei Amei que perdi Amo quem amo Amo que talvez não devesse amar Contrapõe-se a necessidade de pensar Contrapõe-se a necessidade de amar… Desapareci… Desapareci mas permiti-te voltar… Acabei com a ilusão… Acabei com a vontade de sonhar… Morri por dentro… Morri por uma vontade de lutar… Arrasto-me agora por ruas vazias Arrasto-me estúpido, bêbado, sóbrio… Sozinho por ai… Sozinho aqui dentro, por amar…

Confortavelmente em perdição

Tudo, nada, realidades que se vão adensando, que se vão condensando, que se vão escondendo em cada rodar de cada jogada feita… Não sei… Surge-me a vontade de te ver e surge-me a vontade de fugir de ti, organizo-me desorganizadamente de forma espontaneamente errática, desfaço-me em figuras que desconheço, visto esse fato de perfeito tunante e assim dedico-me a vadiar… Quero fugir de ti, quero te perto de mim, perco-me contigo por perto, perco-te cada vez que não te tenho aqui… Solto um grito a desgarrada, surpreendo mil e uma mentes, faço algo que só a ti concerne, que só a ti faz sorrir, vou escondendo, vou contando, vou ocultando aquilo que deveria ir dizendo e ainda assim não há como dizer as coisas sem mostrar demasiado e ao mostrar demasiado tenho que voltar tudo atrás, tenho que reinventar tudo o que vou fazendo, tenho que fazer o que faço mas sem que pareça forçado, tenho que ser mais do que sou sem que seja que pareça algo demasiado irreal, demasiado metido a força, algo que pos...