Eu não sei nada…
Sou um completo ignorante de todos os teus costumes, dos teus gestos, de cada paço que das, de cada volta que tomas, de cada sorriso que mostras ou escondes, de cada cara que me deixas ver e de cada cara que me ocultas…
Eu…
Inútil de palavras, escondido sobre o escudo delas…
Recôndito, cada vez mais apagado, como este coração que carrego, partido e fragmentado, espalhado pelo chão como laminas cortantes que não ouso tocar…
Eu, que vejo na tua lição, à tua cara que me ignora…
Eu, que me oculto desta verdade evidente que não posso tocar e mesmo assim carrego sempre comigo…
Eu, confuso em mim mesmo, perdido por algo que nunca soube explicar, condenado por algo que nunca teve origem e do que desconheço o paradeiro…
Eu… Sozinho, atirado a sarjeta, deixado com o lixo do mundo, ignorado do teu olhar, escondido de toda a verdade, tentei encontrar algo em ti que me fizesse mudar…
Mudei, cai ainda mais fundo do que já estava, enterrei-me ainda mais, fiquei sozinho neste naufrágio, condenado à ondulação das marés, condenado a sede eterna, condenado a morrer e reviver tudo, a sofrer a carregar todas estas cicatrizes que me deixas-te, condenado a estar sem ti…
E eu, não sei absolutamente nada…
Toda a verdade que me possas indicar, cai por chão, não é jamais interpretada, não existe, a minha cabeça nega-a e o meu coração já não tem meio e tem medo de a interpretar…
Arranco todo o saber do meu corpo, apraz-me a ignorância, a sorte de nada saber, o esquecimento, o libertar de toda esta dor, a sensata perda de todos os sentidos de realidade, a sensata libertação de tudo o que faça sofrer, mas essa dor retorna todas as noites…
Condeno-me, condenado caminhante da minha própria desilusão, iluso terminal da minha ilusão, condenado, desterrado de sentimentos, deixado a dor, a tristeza e a solidão…
E eu, não sei simplesmente nem conheço absolutamente nada…
Sem ser o teu rosto…
Dorme
Dorme. A noite lá fora é serena, o luar azul e o mundo sonha um profundo sonho… Dorme… Não deixes que o dormente mundo te desperte, não permitas que nada, sem ser a luz do sol, te retire do teu solene repouso. Dorme. A solidão da noite embala-te, no seu calor adormece e sonha… E em sonhos reúne-te com o imaginário, procura o impossível… Dorme… Dorme… Dorme… Sonha, viaja, recorda, constrói, destrói, edifica, arrasa… Acorda. Abre os olhos as primeiras luzes da manhã, ainda embrulhada no teu lençol, na roupa da tua cama… E dá-me o teu sorriso, dá-me um pouco de ti… Esta noite, enquanto dormia, pensei e sonhei contigo… Com as primeiras luzes da manhã, não te tive comigo… E o acordar, o mais simples acordar, não é o mesmo sem ti…
Comentários
No entanto preferia que fossem alegrias, mas parece que é na dor que se acha a inspiração.
Arranca de ti essa tristeza, avança na vida e tenta esquecer. Nem tudo tem de ser negro é a forma como nós pintamos ou interpretamos as coisas que nos fazem mover! Move-te na direcção da alegria, pensa positivo e vais atrair positividade para ti!
Acredita e conseguiras!
Boa Sorte dude, HF o/
Nd,nem ninguem justifica a tristeza,anima esse teu espirito e segue em frente com 1 sorriso!
Por vezes pensamos q a luz ao fundo do tunel ta longe,mas qd menos esperamos, a luz aproxima-se cada x mais e tudo fica mais claro...
Vive,pq ontem ja passou,hoje ta a passar e o amanha n se sabe se chega!...
joquinhas