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A mostrar mensagens de outubro, 2007

A Noite...

A Noite, bateu-te a porta e tu sonolenta, deixaste-a entrar… A Noite repousou nos teus braços… Em teus serenos braços, como uma suave brisa de Verão… A Noite adormeceu no teu colo… Esse monte sereno, onde gostaria de repousar… A Noite bateu-te a porta… A Noite convidou-te para voar… Tu voas-te para longe, para fora do meu olhar… E sem ti, cá fico eu, perdido neste lugar… A Noite…

Dorme

Dorme. A noite lá fora é serena, o luar azul e o mundo sonha um profundo sonho… Dorme… Não deixes que o dormente mundo te desperte, não permitas que nada, sem ser a luz do sol, te retire do teu solene repouso. Dorme. A solidão da noite embala-te, no seu calor adormece e sonha… E em sonhos reúne-te com o imaginário, procura o impossível… Dorme… Dorme… Dorme… Sonha, viaja, recorda, constrói, destrói, edifica, arrasa… Acorda. Abre os olhos as primeiras luzes da manhã, ainda embrulhada no teu lençol, na roupa da tua cama… E dá-me o teu sorriso, dá-me um pouco de ti… Esta noite, enquanto dormia, pensei e sonhei contigo… Com as primeiras luzes da manhã, não te tive comigo… E o acordar, o mais simples acordar, não é o mesmo sem ti…
Por onde andamos, as ruas são tortas e o engenho escapa a razão É uma subida demente, em que a compaixão e o ódio dançam de mãos dadas É um verso semi feito um conto inacabado e uma ideia abandonada É um momento de descontentamento seguido de euforia, consumido em fantasia Por onde andamos, essas travessas repletas, esses olhos profundos esse amor tão fértil É um querer de fogo, um jogo louco e uma ambição desmedida É a simplicidade em ti, o imaginário de uma criança, a vida completa e morta É esse querer descontente levado nos lábios da gente essa solidão sóbria Por onde andamos, essa gente caminha e a morte bate a porta É a luta sofrida, a vitória perdida em que a derrota é o ganho É o que desejas, é o que escondes, é o que fabricas arduamente É o contentamento de quem não sofre, a alegria de quem não luta, a morte tida em vida Por onde andamos… É tudo uma memória… É a catastrófica gloria… É apenas um demente consciente…