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A mostrar mensagens de julho, 2007

Ermo de Solidão

Desenhas-te em ti, ermo de solidão. Cruel, qual morte à traição. Doloroso como um pranto profundo, vil como uma enfermidade… Neste ermo cinzento como a vida, repouso em soturno silêncio. A minha vista um mar de lágrimas, derramado sobre uma alma partida e manchada… Mas nada muda com o tempo…? Apenas a dor, tão conhecida e familiar, parece diferente a cada momento, apenas maior e mais profunda… Razões que me condenem, não as conheço. Tudo tão simples, tão mortal… Absolutamente tudo irrealmente real… E apenas quem conhece uma dor tão profunda consegue alcançar este sítio perdido… Este ermo de solidão… Onde mortalmente habito e onde jaz meu coração…