Ego
Eu fora de mim, dentro daquilo que posso exprimir como uma consequência de existir, a veracidade que posso transmitir, o sentimento que escrito, cai que nem folhas deixadas a tempestade. Eu fora de mim, eu, exprimido em existir, em ser, em rever, eu a afastar-me cada vez mais a deriva forçada por existência, niilismo que enfrento pela consequência, sem que a escrita, sem força de ser, possa libertar a expressão. Eu, dentro da consequência que possa abraçar, sou escravo liberto de mim mesmo, na minha real ilusão de existência, um non sequitur, eu sei, mas na verdade, a mais pura elevação do ser, da real experiência, do abandono e do desapego. Eu, cada vez mais crescente, com a decisão de ser, com o passo, com a promessa de existir, com a incontornável veracidade da minha sonolência, desperto em demência, sempre visível, mas tantas vezes escondido. Eu, que repudio agora essa excelência, que afasto tanto mais de mim, toda e qualquer loucura, servo de sapiência, com expresso intento de re...