Coisas terríveis
Pedaços de mim, que vou escorrendo pela parede, parece ser o desafio mais recorrente, conforme me dá por ser, por me fazer ou existir, como se assim me aparece a vontade, assim me projecto de novo a parede. Expressões de exaustão, ao sentido, a verdade, a voz que incessantemente grita, a vontade de carregar, para fora de mim o que trago, não é subjacente a minha tendência de crescer, não é adjacente a minha expressão, não sei bem. Conforme vou falando, vou-me perdendo, de pertença de realidade, como se faz assim a minha expressão, nem sei, nem recordo, mas como vou eu fazer, para poder falar, sem que possa contar, sem que possa libertar as coisas que trago em mim. E é assim que se consome o que devo dizer, mais um pedaço cancerígeno, mais uma purga dentro de mim, mais uma pequena dormência que se me assola na alma. Vou pedindo, de dentro de mim, a minha voz que ignoro, por preferência de existência, por proximidade que desejo manter, sem que saiba realmente como me interpretar a mim m...