Mistério e uma Lua Azul
Esse teu nada, tão cheio de tudo, particularidade de quem move aventais, por entre os vendavais da vida. Certo sentido, em sincronismo de vida, olhar para dentro, sem realmente contar o que vai dentro, existir, por entre a negação de ser ou saber, apenas expressar, sem passar sentimento. Esse teu tudo, que é assim, vago sentimento, que mexes com as mãos, segurando no vazio, um pouco de um coração partido, enquanto apressas a coração, fazendo um repasto, em que a sobremesa é a loucura e todos os pratos, são guiados ao tento de tua mão, na verdade, deixas-te meio mundo louco, sem mexer um único menestrel. Esse movimento tão estático, essa sensação de conceber palavras por entre as pálpebras fechadas de quem tece um argumento, sinistro sem sentido, na verdade se escreve por linha vazia, em carmesim, dores de coração e palavras para amor solto. E não escrevo, a esse teu silêncio, esse teu nada, esse teu frustrante fechar de olhos e de coração, esse erguer de muralhas, que parecem paredes ...