Azuis metálicos
Do acordar ao amanhecer, pés virados para o leito, horas de insensatez, vida tida com o seu proveito. O calor de um abraço, seja de Inverno ou Verão, tão forte é o seu traço, largo coração. E vamos com o tom, na verdade é nessa andança, de azul celeste à azul marinho, na linha difusa do horizonte amanhecer e perder do dia. Nobre então a vontade, o sorriso que trás por sinal, em boca rasgada ilusão terno retorno, traz ao coração. Evoluímos com o tempo, aprendemos um pouco com a solidão, sentimos a proximidade de nada mas deixamos a abertura, conforme se enche e ganha formato, sensação enorme de ternura. Olhos a lés, na verdade a horizonte, se somos puxados em frente, sentimos na pele o vento da cavalgata. Hora por hora, as paredes estreitam-se, em linhas e cadeados que ganham asas, na verdade, aprendemos a voar, escapamos da gaiola, voámos por cima do ninho, em direcção escolhida, rebelde é o espírito que nos leva mas só nosso o sentido. Ganhamos pelo azul da liberdade, um tom metálico...