Caminho
Sai de noite, ao abrigo do vazio da hora, cabelos que esvoaçam, monta um cavalo de ferro. Adorna em si, memórias de viagens, símbolos de histórias, recordações passadas, alinhadas sem ordem consequente, sentidas todas elas, presas e gravadas a ferros. Percorre a corda solta distancia já vivida e com o percorrido, uma sensação de paz lhe cresce na alma. Canta em si, uma voz muda, fala de dor que segue perto. Uma lágrima que lhe percorre a face é rapidamente limpa, expressão nula… Segue só, quebra rumo conhecido, vira adiante, expectante. Sentido de aventura e desconhecido aquecem-lhe o sangue. Sorri, um sorriso profundo, quase apelando a loucura. A paz na sua alma explode, dá lugar a revolta. É um pedido de mais. Mais e mais! Enrola o punho as linhas tornam-se esbatidas e turvas, a realidade desvanece e tudo se transforma numa visão torcida e retorcida aos caminhos da mente. Mais, mais e mais! O mundo vivido dá lugar a fantasia, um mundo sonhado ao rondo do motor, ao contar ...