Distante, Oriental
Mantenho-me longe do esquecimento e a passo curto de me esquecer. Se por movimento inseguro ainda não esqueci, pode parecer-te mas já não há como rever. Subserviente de me ocultar, o esquecimento persegue-me, não me atormentes pela manha, tarde ou noite, se te esqueci, por problema teu se deve. Exercito então esse esquecimento, enquanto me deixo estar no meu canto. Sei me mim, irra e pranto, calor constante de irritação e frieza selada é assim o coração. Sei por mim, mero ser, que nada me custa esquecer, se uma recordação guardo, quem sabe não a nego ter. Rio e parto distante, vivo nesta ânsia de o fazer. Pois partir eleva o esquecimento e de esquecimento vive o ser. Escrevo, já não o fazia, o meu ser não conhece o meu saber, as minhas palavras anseiam a saída de partir da minha mente para outro ser, outra existência, outro lugar, qualquer coisa que as mude, uma variável que desconheço, em fim sei lá ou já se me tornou a esquecer? Olho a volta é tudo alienígena, desconhecido, alheio a...