Pedra
Há pedras que nascem pesadas Com a vontade de rebolar Meu coração nasceu pesado E sem pedras para o pesar. Sei em meu peito alma viva Meu sonhar há-de quebrar Em vista de um sorriso vazio A estes olhos, o pranto. Não me resta um espanto de dor Não sei se um caminho me segue E enquanto espero um temor Treme o peito, parte a alma. Tu, que me fazes passar por parvo Que te consuma um raio Que te quebre um salto Que chores, não me importo. E se olhares neste peito que foi teu Lá acharas o teu pranto. Não recolhas a teu canto. Pois é um vazio de desencanto.