Vinho, tristeza absoluta
Tenho uma fome que nada parece saciar sentindo-me ainda com vontade de tudo vomitar… Por tudo sinto-me incompleto e vazio e se por nada me hei-de perder por todas as razões que possa apontar, não sei como existir e isto tudo existe para me magoar… Por consequente, gostaria de estar embriagado, são já três da manhã, passa-me essa garrafa… Estão oito graus lá fora e o meu corpo quer-se sentir ardente de frio, deixa-me beber e encher talvez esse vazio… Porque penso neste ponto perdido de retorno incompleto, por ordem de tudo o que possa crer… Tão só obstinado de perda e torpor no peito, deixa-me sossegado e enche esse copo a noite teima em aquecer e eu preciso de arrefecer o animo… Abraça-me, nem existes, ou existes por outra perto de nada e oculta deste peito onde tomas-te casa e ainda assim o vinho lava o teu sítio e ocupa o teu lugar. Tenho uma fome de beber, vomitar e enrolar-me na minha podridão que me sinta só, malvado, soturno e cruel, não me parece existir um meio de fuga ao meu d...