Um dia, talvez
Um dia vou deixar de te amar, tenho a certeza. Mas enquanto esse dia não chega, por vil tristeza, em solidão recorro a incerteza. Um dia vou deixar de te querer. Talvez por capricho cruel e não sendo por dever. Tão só assim, não lhe acho uma certeza. Em reconhecimento de essa insensatez e por desígnio que não me ordene, se me ordenares subtil alteza, por capricho de teu gesto deixarei de te amar. Um dia vou escrever à solta, nem sei se o faria por discernimento, sinto que não cresci aqui, nem devo talvez um momento que passe a vontade nem um sentido de distância que me acompanhe e se me deixar à vontade, cairei por esse campo e imagino um sítio idílico, preciso dormir, tirei de mim a incerteza… Recuei um paço para caminhar um quilómetro, em sentido inverso do que deva fazer, se caio ao redondo, levanto-me e respondo “Caio por dever”. Um dia deixei de te amar, nem me recordo em que dia isso aconteceu, não queres talvez voltar atrás, o sentimento só em si se perdeu…? Voltas a dar ar do t...