Estranho
Pudesse eu mudar esta minha forma de ser, diferente de como sou, fora de ser, sem nem sequer pensar nesta estranha forma de conviver, sem deixar por mim, por fora de mim toda a forma como sou. Pudesse, faria eu maior e mais estranha coisa, tremenda exaltação de toda a verdade remexendo com esse sentimento que vou escondendo e sentido e escondendo e prometendo não me esconder diria tudo e sem dizer assim me fico meio escondido talvez até assustado dessa mera verdade que me cava a mente. Pudesse, sem poder, nem sei como o faria, pois ao olhar para ti todo eu me derreto, nada sem mais, nada sem menos, perco-me, só me saem baboseiras, nem uma conversa sei ter a meias, quase que salivo em desespero pois nem a mais simples palavra consigo pronunciar. Pudesse eu dizer isso, sei que te irias esconder, irias querer fugir de mim e no entanto nem estas aqui perto torna-se ao revolto tal sentimento de estranha inconstância, nada sei senão o que deitar a perder. Pudesse eu, sei que o faria, haveria...