Enfermidade da Solidão
Existe um cumular de ódio em todas as sensações vividas, tudo ligado a tua integra figura, um ódio dividido em si mesmo por um amor que não consigo apagar. Escrever-te-ia mil e uma prosas, mil e um versos, mil e uma histórias, mas nada apaga este sentimento de dor que cravaste tão fundo cá dentro. Então, que somos nos, senão figuras inacabadas dessa solidão? Assim, que sou eu se não a figura solitária e todo este ódio inalcançável que cravas-te em mim? Penso, assim que ando pela rua, um céu azul que mais parece um manto de morte, uma lua soturna que se contempla a si mesma tentando aperfeiçoar-se a si mesma, mas que tão só alcança o que deseja por uma noite e nessa mesma noite se começa a destruir a si mesma?! E tu? O meu mais perfeito amor, este punhal perfeitamente cravado no meu coração morto, que tão só procurou por um momento amar-te e se o conseguiu, deixou-se consumir nesse mesmo amor e neste momento bate apenas para suster esta vida ingrata e triste… Tu… Que tanta v...