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A mostrar mensagens de fevereiro, 2007

Alma Vazia

Segue o seu caminho, enfim Qual cadáver animado Simples concha sem alma Cárcere rompido e corrupto Que se arrasta por entre a lama da vida E todos o olham com olhos ignorantes Pensando que não sofre mais que uma leve patologia… Assim é este ser corpóreo De tez incerta Medula corrompida E triste olhos lacrimejando os horrores desta vida E ainda assim um sorriso ao amigo quando necessário… Assume um lado sinistro Um sorriso caloroso mas triste Um olhar distante mas presente Uma presença constantemente inconstante. O seu coração não é mais que engrenagens que giram sobre um eixo calcinado e desgovernado Que anseiam por parar E deixar a sua existência ao abrigo do Inverno Pois o Verão queimou o que foi plantado no Outono e o que a Primavera tratou… Chora As lágrimas correm o seu rosto Por essa pele maltratada pelo tempo e doente pela vida… Chora por um amor ausente e inconstante Que nunca teve como seu Mas que sempre desejo...