Sinto...
Como se fez o silêncio. Trazido pelas tuas mãos… Como se cobriu tudo de trevas e me trouxeste a solidão… Porque matas-te a esperança… E todo esse ouro, não passava de magia e ilusão, fogo de vista que inconscientemente me aquecia… Porque te vais, se tudo aspira a isto? Porque dúvidas e aspiras a solidão? Porque te odeias e não deixas que te amo? Porque choras? Porque sofres? Porque? Porque? Porque? Clamas tudo isto e não deixas que te dê a mão? A ferro e fogo, cru e morto, arrancas este pedaço de mim, que te ama… Incendeias essa parte de mim… Nem reconheces que me estas ardida, queimada viva na alma… Porque entraste? Porque me deixaste assim a vida? Ao menos deita-me ao chão, retira-me toda esta ilusão, deita-me abaixo, semimorto mas ainda vivo, pronto para abate… Agora deixa-me dormir… Permite-me tentar esquecer-te… Mas esquece que te disse isto… Nem um rio de lágrimas me lavam a memória…