sábado, novembro 21, 2015
Rotura e sinapse
Noções abstractas, de realidade e sociedade, em que o grafismo, se gera pelo serialismo, colusivo e renhido, proximidade tida e moldada, face ao sério, devidamente trajada, em noite de gala, apresentada, ora por mim, jamais tocada.
Despertar carente, de sonhos ferventes, de corridas geradas, mal apostas amealhadas, concertação e consternação, por orientação? Quem o sabe! Renhido é o orientador, que se leva para à frente, sem burro, se puxa uma carroça, enquanto quem puxa, sente a espalda dorida.
Puxar ao demão, conforme é o conformista, saciado, varrido e nu, sedado pela multidão em que a ideia de ser único, se deixou por uniforme, sádico deve ser o sentimento, quando deixamos de ser nós, para passar a ser como a gente, expressar um pensamento, passou a precisar de carta-branca, branda é a mão que a guia, quando a gente em si mente, passar palavra, crime frio.
Rir alto. Rir a pulmão solto, sentir-se o bobo da corte, sem ter grande rei de barriga, ser podre de carteira mas sentir na algibeira, um peso de amizade. Carinho especial, este.
Marcar quarto no hospício. Sentir paredes fechadas, sair de casa para o hospício, sentir falta de ar e janelas caiadas. Separação e divisão, o afastamento submetido, a plausibilidade de uma pausa, sem que o tempo seja submetido, nem por um expresso dito, cruel é o ponteiro, que a arrasta as arreias e o tempo que se passa, sobre o vazio, caí a ficha, continua a viagem.
A observação prossegue, certa policia se agita, ao soar do destom, surte efeito a buzina, o vaiar, segue pela rua, o tempo que voa passar por se passar, sentado e perplexo, contempla com desdém o passado, quer avançar.
A bola que caiu, teve o seu recurso. Sabemos que o pensamento a nós foi dado mas de pensar, se deu o nó, não por querer más por insónia, perdido está o dia e dormir é não mais que um desejo, apreciada realidade! Esperança mais que presente…
Recai então o desânimo pelo tempo que não corre… Recai então o desespero por um sítio marcado… Recai então o abismo existencial.
Recai um péssimo atendimento, uma cara fria, um arrepio na espinha e um sentimento e desejo de fuga constante…
Desespero de que é flagelado.
domingo, novembro 15, 2015
Som de ondas e marés
Do recado tido, o sentimento, o amor que poderia ter tido, passou a ser uma desdita ilusão, em sua suma ilusão não creio que possa realmente abarcar o sentimento.
Reclamo.
Considero isto, sei que é estranho, enfrento esta realidade e é outro segmento de mim, mais uma face, uma camada que demonstro, negada nessa avida realidade, em relação a tudo, ver a vida passar e sentir o organismo abrandar, recuar para um termo, um momento, uma realidade passada, volte face, o passado ficou passado e a realidade assentou-se como se poderia assentar.
Releio.
Oriento, conforme posso os meus passos, nisso, sou mestre experiente, na realidade de tracejar o que possa traçar, não tenho jeito para seguir passos, nem os que ficam gravados na areia, prefiro gravar os meus.
Revejo.
Imagino o cenário, na verdade nisto também sou experto. Sei imaginar um cenário, sei ver as diferentes probabilidades, passar os diversos campos postular os possíveis resultados, compreender cada segmento e premissa. Como posso orientar ou posso compreender algo, para mim, não para a outra parte, para a outra parte, fica a minha decisão, como posso interagir, como posso interpretar, como posso ver, as minhas nuances nisso são minhas, eu sou eu.
Ressinto.
O que posso. O que me é permitido. Um abraço, um sorriso, uma voz que acalma, um ar de madrugada, um destino já tomado e marcado, como se fosse ontem, caminho que fizemos pela enseada. Perdidos pela calheta e o interesse é perder e encontrar, o caminho é o meio para tudo e o destino é quase um desdém e a realidade assenta.
Remeto.
Ao vento a prudência. O significado de tudo, o amoroso? Que lastima. Não lhe sei solução, perdeu-se com a ele a abertura, o sorriso que se tenha é caloroso e sentido mas o sentimento é sem grande emoção. Reclama um certo passado, envolto já, em véu tombado, sem aparente significado, não se pode fazer da maré vida, pois a vida reclama uma dívida, constante de sí e em variável de si, como volver das ondas que revolta e revolve a areia.
Resguardo.
Cubro por fim o que possa dizer, um sentido é como para mim um caminho, reclamo uma coisa e hei-de hoje reclamar bastante, se posso hoje ter oportunidade de ser escutado, deverei dizer muito mas como sempre, só para quem realmente quiser ler, entender e escutar.
Por fim, uma nota para mim mesmo, está frio. Está mesmo, muito frio.
Reclamo.
Considero isto, sei que é estranho, enfrento esta realidade e é outro segmento de mim, mais uma face, uma camada que demonstro, negada nessa avida realidade, em relação a tudo, ver a vida passar e sentir o organismo abrandar, recuar para um termo, um momento, uma realidade passada, volte face, o passado ficou passado e a realidade assentou-se como se poderia assentar.
Releio.
Oriento, conforme posso os meus passos, nisso, sou mestre experiente, na realidade de tracejar o que possa traçar, não tenho jeito para seguir passos, nem os que ficam gravados na areia, prefiro gravar os meus.
Revejo.
Imagino o cenário, na verdade nisto também sou experto. Sei imaginar um cenário, sei ver as diferentes probabilidades, passar os diversos campos postular os possíveis resultados, compreender cada segmento e premissa. Como posso orientar ou posso compreender algo, para mim, não para a outra parte, para a outra parte, fica a minha decisão, como posso interagir, como posso interpretar, como posso ver, as minhas nuances nisso são minhas, eu sou eu.
Ressinto.
O que posso. O que me é permitido. Um abraço, um sorriso, uma voz que acalma, um ar de madrugada, um destino já tomado e marcado, como se fosse ontem, caminho que fizemos pela enseada. Perdidos pela calheta e o interesse é perder e encontrar, o caminho é o meio para tudo e o destino é quase um desdém e a realidade assenta.
Remeto.
Ao vento a prudência. O significado de tudo, o amoroso? Que lastima. Não lhe sei solução, perdeu-se com a ele a abertura, o sorriso que se tenha é caloroso e sentido mas o sentimento é sem grande emoção. Reclama um certo passado, envolto já, em véu tombado, sem aparente significado, não se pode fazer da maré vida, pois a vida reclama uma dívida, constante de sí e em variável de si, como volver das ondas que revolta e revolve a areia.
Resguardo.
Cubro por fim o que possa dizer, um sentido é como para mim um caminho, reclamo uma coisa e hei-de hoje reclamar bastante, se posso hoje ter oportunidade de ser escutado, deverei dizer muito mas como sempre, só para quem realmente quiser ler, entender e escutar.
Por fim, uma nota para mim mesmo, está frio. Está mesmo, muito frio.
sexta-feira, setembro 25, 2015
Silêncio, bossa nova e blues
Inquietude, no silêncio da noite, nem um rato se mexe mas há demasiado ruído.
As paredes estão vazias, com excepção de um quadro vazio, riscado a branco e coberto de azul.
Alegoria de descanso, ritmo pausado, os sons que correm, são coerções rectilíneas, elementos herdados em que o movimento temperado, representa a visita e a hora da noite, arrasta-se pela premissa, divindade maligna e recompensa benigna.
A escovas arrastam-se arranham o brasão, o cobre do material refundido, escondido pela escuridão, deixado a um canto a banda toca e a vocalista consome sofregamente os elementos de aproximação.
Remar noite fora, a recheio de copo vazio, leme perdido e perfeitamente dirigido, enquanto se encosta aos lábios, o terno abraço do bagaço, vinho tinto, caras transversais.
O ritmo acalma, soa agora a balada, o som é singelo, a maneira como o corpo se mexe, pede sincera medida, no baile se fica, aproximação afastada, rente e lenta mexe-se com vida.
A inquietude permanece nervosa, o nervosismo miudinho, terço é de lado, terça é o dia e em observação esguia rapidamente tapa a face, corre fugidia, fugitiva e possante, dona de frente fria, arrasta-se pela travessia, dança levemente, atracção dominante, não lhe falta com que jogar.
Comprimento, centro e medida, cumprimento, vénia e desejo, arrasta o mundo inteiro, nem por trejeito intelectual se vê vencida, dá a mão recolhe o prémio, glória é destemida, deusa grega com fases romanas, não se conquista mas deixa insana, a vontade de quem a ama ou somente de quem a vê passar.
No seu corpo trás engano, como todas loucura e paixão, raiva desmedida e contentamento, trás no olhar admoestação, ternura eterna, conforme só ela deixa passar.
A noite rema ao silêncio, a inquietude deixou-se passar, na preferência ficámos a noite e por sossego, preferimos o luar.
As paredes estão vazias, com excepção de um quadro vazio, riscado a branco e coberto de azul.
Alegoria de descanso, ritmo pausado, os sons que correm, são coerções rectilíneas, elementos herdados em que o movimento temperado, representa a visita e a hora da noite, arrasta-se pela premissa, divindade maligna e recompensa benigna.
A escovas arrastam-se arranham o brasão, o cobre do material refundido, escondido pela escuridão, deixado a um canto a banda toca e a vocalista consome sofregamente os elementos de aproximação.
Remar noite fora, a recheio de copo vazio, leme perdido e perfeitamente dirigido, enquanto se encosta aos lábios, o terno abraço do bagaço, vinho tinto, caras transversais.
O ritmo acalma, soa agora a balada, o som é singelo, a maneira como o corpo se mexe, pede sincera medida, no baile se fica, aproximação afastada, rente e lenta mexe-se com vida.
A inquietude permanece nervosa, o nervosismo miudinho, terço é de lado, terça é o dia e em observação esguia rapidamente tapa a face, corre fugidia, fugitiva e possante, dona de frente fria, arrasta-se pela travessia, dança levemente, atracção dominante, não lhe falta com que jogar.
Comprimento, centro e medida, cumprimento, vénia e desejo, arrasta o mundo inteiro, nem por trejeito intelectual se vê vencida, dá a mão recolhe o prémio, glória é destemida, deusa grega com fases romanas, não se conquista mas deixa insana, a vontade de quem a ama ou somente de quem a vê passar.
No seu corpo trás engano, como todas loucura e paixão, raiva desmedida e contentamento, trás no olhar admoestação, ternura eterna, conforme só ela deixa passar.
A noite rema ao silêncio, a inquietude deixou-se passar, na preferência ficámos a noite e por sossego, preferimos o luar.
quarta-feira, setembro 23, 2015
Conforme a vontade, teatro de sombras e ambiguidade
Oração à coragem, que nunca nos faltem forças para puxar.
Caminhamos em uníssono, semblante erguido, comandantes de um exército de mortos vivos, vestidos em fatos e gravatas, seres cinzentos em que a manhã passa pela bagageira, linguagem algo brejeira para esta particularidade.
Exercito de subida íngreme, face ao horizonte, enrodilhados ou de rodilhas, face ao cume, caminhando mão com mão.
Que não me falte a coragem, que não me falte a vontade, pois desconheço como o fazer, sem fazer de âmago cárcere, subjugação de vontade ao ego esguio, recusa eterna, proclamação graduada denegada.
Recusa por desconhecimento.
Que não me falhe a coragem, a vontade seria um recurso, mas séria é a visagem, discernimento necessário.
Creia-se então a necessidade e o esforço, reconforto de quem faz e convicção para quem vê, sobre tudo quem lá se sabe, império ditatorial, rege eterno.
Comissão à passagem, viagem por aprendizagem, experiência expedida e recursos pedidos, não se aceita um trabalho em que o trabalhador seja em demasia.
Que tenha eu coragem, seja pela espada, pluma, mão, boca, vontade ou olhos.
Que tenha eu um pouco de espaço, tomada e liberdade.
Que tenha eu sobretudo vontade, coragem à mistura com a minha insanidade, nunca fez ninguém algo grande, tão só de coragem e vontade. Aspiro pelo menos a isso.
Mas no meio da minha coragem, que me venha uma carta, que me venha uma resposta, que me chovam missivas, tudo em molho.
Que não falte o tempo no meio desta falta de tempo, deste desenfrear de gasto temporal, em que a comodidade máxima não tem sequer divisa própria mas se despende loucamente.
Que tenha coragem, sentido e alguma atenção, sem excesso de devoção.
Que tenha argumento, sanidade e loucura, que tenha coragem e pelo menos um bom amigo.
Caminhamos em uníssono, semblante erguido, comandantes de um exército de mortos vivos, vestidos em fatos e gravatas, seres cinzentos em que a manhã passa pela bagageira, linguagem algo brejeira para esta particularidade.
Exercito de subida íngreme, face ao horizonte, enrodilhados ou de rodilhas, face ao cume, caminhando mão com mão.
Que não me falte a coragem, que não me falte a vontade, pois desconheço como o fazer, sem fazer de âmago cárcere, subjugação de vontade ao ego esguio, recusa eterna, proclamação graduada denegada.
Recusa por desconhecimento.
Que não me falhe a coragem, a vontade seria um recurso, mas séria é a visagem, discernimento necessário.
Creia-se então a necessidade e o esforço, reconforto de quem faz e convicção para quem vê, sobre tudo quem lá se sabe, império ditatorial, rege eterno.
Comissão à passagem, viagem por aprendizagem, experiência expedida e recursos pedidos, não se aceita um trabalho em que o trabalhador seja em demasia.
Que tenha eu coragem, seja pela espada, pluma, mão, boca, vontade ou olhos.
Que tenha eu um pouco de espaço, tomada e liberdade.
Que tenha eu sobretudo vontade, coragem à mistura com a minha insanidade, nunca fez ninguém algo grande, tão só de coragem e vontade. Aspiro pelo menos a isso.
Mas no meio da minha coragem, que me venha uma carta, que me venha uma resposta, que me chovam missivas, tudo em molho.
Que não falte o tempo no meio desta falta de tempo, deste desenfrear de gasto temporal, em que a comodidade máxima não tem sequer divisa própria mas se despende loucamente.
Que tenha coragem, sentido e alguma atenção, sem excesso de devoção.
Que tenha argumento, sanidade e loucura, que tenha coragem e pelo menos um bom amigo.
Caímos em Inverno.
Génese de dúvida e dilúvio, capicua terna, conceito concretamente desonesto.
Caímos pela brisa que nos tolda, esquivos como o tempo, radiados por solidão, sentidos neutros.
Caímos mas não ficámos, sempre dispostos a mais, orientados por proclamação, rendidos jamais, atirados pelo mundo, celebramos, como animais, a presença perfeita do desconhecido.
Anedota.
Críamos por conceitos divisos, habituação a toalha, sem conhecimento tido, celebramos a separação, lembrando que no passado, éramos amargos, fomos com o tempo passado, deixado inertes, obtusos e sem expressão.
Caímos sem nos levantar?
Seguimos com o nosso mundo, o desenho foi por fazer, fomos olhando em volta, volte-face tivemos que fazer, da separação ao infinito, apreciamos o ínfimo apresentável oração desconexa, a nenhuma entidade profana ou sagrada, não sentimos essa necessidade, a aceitação ficou a porta, particularmente rejeitada.
Vivência de ilusão.
Aparte do sarcasmo, criva-se a criatividade... E no amargo, sem sentimento, sentimos-nos dormentes e sem ilusão.
Por esse tempo, ataca novamente a claustrofobia, sente-se a mente pende e com temor da demografia, agorafobia em conflito com energia, o mundo revolve-se e o casulo explode.
Não existe explicação o expiação.
É Inverno, entende-lhe o sentido.
Caímos pela brisa que nos tolda, esquivos como o tempo, radiados por solidão, sentidos neutros.
Caímos mas não ficámos, sempre dispostos a mais, orientados por proclamação, rendidos jamais, atirados pelo mundo, celebramos, como animais, a presença perfeita do desconhecido.
Anedota.
Críamos por conceitos divisos, habituação a toalha, sem conhecimento tido, celebramos a separação, lembrando que no passado, éramos amargos, fomos com o tempo passado, deixado inertes, obtusos e sem expressão.
Caímos sem nos levantar?
Seguimos com o nosso mundo, o desenho foi por fazer, fomos olhando em volta, volte-face tivemos que fazer, da separação ao infinito, apreciamos o ínfimo apresentável oração desconexa, a nenhuma entidade profana ou sagrada, não sentimos essa necessidade, a aceitação ficou a porta, particularmente rejeitada.
Vivência de ilusão.
Aparte do sarcasmo, criva-se a criatividade... E no amargo, sem sentimento, sentimos-nos dormentes e sem ilusão.
Por esse tempo, ataca novamente a claustrofobia, sente-se a mente pende e com temor da demografia, agorafobia em conflito com energia, o mundo revolve-se e o casulo explode.
Não existe explicação o expiação.
É Inverno, entende-lhe o sentido.
terça-feira, setembro 15, 2015
Atitude e aptitude
Abre a porta, deixa entrar o ar, o ser está estilhaçado, o tempo é passado entre viagens e partidas, no doce cruzar do teu olhar.
Puxa a manta, não quero acordar, nas caricias da tua mão, presença de teu rosto e madeixa na almofada, sentimento de uma hora, duas ou ponteiros caídos, não me deixes sem ti, puxa a manta, vem-te deitar.
Desenha ao meu compasso, não peças que me mexa por ti, a oportunidade foi ida, agora sou eu que me movo, se queres acompanha-me a corrida terminou e ficas-te para trás.
Deixa-me ver o horror no teu rostro, enquanto ficas-te admirada, deixei o meu passado no teu corpo, não se entenda profano intento mas o passado ficou enterrado em ti.
Afaga-me a alma, deixa-me o ego, não por disputa, não por despotismo, têm-me por pragmatismo, ciclo vicioso e ostensivo, de como esperavas o volver e retornar, não existe mais tal sentido, por ele te deixas-te amar.
Então considera a vida, real e profana, não compreendes adoração, se esperas segunda ou terceira volta, espera uma semana inteira, um mês ou uma vida, o retorno ficou cancelado e o futuro foi devolvido com sucesso.
Obriga-me a baloiçar? Não, perdes-te o dom de comando livre arbítrio é o domínio, leve rugido tímido, fez da promessa uma monção, ostentado ao dependente, amigos e saídas, ficas-te reclusa de ti mesmo e assim te negas-te a falar.
Obriga-te a existir, condenada e danada de quem te rodeia, sabe-se por paredes meias, intenções que possa eu negar, se decides ir atrás de baboseiras, não esperes saudades feitas, simpatia, sempre posso dispensar.
Coordenação que me falte, saio a rua, faço idade, parto por bem de parte, abro-me ao caminho, estrada fora, voa nas asas de uma águia, não se entenda desporto fétido, não há interesse em tal, na verdade erga-se o animal, enjaulado, não lhe reclames senhoria, não existe lei ou guia.
Corrente de demência?
Creio que não clareza autêntica, justiça final, talvez negada mas certo e orientado sentido, pelo menos vivo, honesto e refeito, nunca para qualquer efeito perfeito, cheio de defeitos, se quer um homem, mas verdadeiro e honrado.
Valentia tomada, não se deixa a nomes, domina o sentido, não se declamam acusações, ser-se assim, directo e contundente, não creio que haja batente nem declaração a tomar.
Toma por palavras o meu testamento, não ao meu último momento, ao meu desígnio e desenho, se sinto saudades, sinto saudades sim, sinto falta do momento, da prosa e da pena, da proximidade tida e da confiança partilhada…
Crê-me fraco e desafortunado, na verdade talvez na última mas de fraco, reconhece-me ardil, deixado ao vento, espalha-se um tormento, culmina em vendaval e tempestade, honesta e brutal.
Deixa-me ao tempo, entra e fecha a porta, tens a chave, tens o tempo, puxa a manta, fala comigo, aproxima-te e escuta a história.
Será que realmente vais entrar?
Puxa a manta, não quero acordar, nas caricias da tua mão, presença de teu rosto e madeixa na almofada, sentimento de uma hora, duas ou ponteiros caídos, não me deixes sem ti, puxa a manta, vem-te deitar.
Desenha ao meu compasso, não peças que me mexa por ti, a oportunidade foi ida, agora sou eu que me movo, se queres acompanha-me a corrida terminou e ficas-te para trás.
Deixa-me ver o horror no teu rostro, enquanto ficas-te admirada, deixei o meu passado no teu corpo, não se entenda profano intento mas o passado ficou enterrado em ti.
Afaga-me a alma, deixa-me o ego, não por disputa, não por despotismo, têm-me por pragmatismo, ciclo vicioso e ostensivo, de como esperavas o volver e retornar, não existe mais tal sentido, por ele te deixas-te amar.
Então considera a vida, real e profana, não compreendes adoração, se esperas segunda ou terceira volta, espera uma semana inteira, um mês ou uma vida, o retorno ficou cancelado e o futuro foi devolvido com sucesso.
Obriga-me a baloiçar? Não, perdes-te o dom de comando livre arbítrio é o domínio, leve rugido tímido, fez da promessa uma monção, ostentado ao dependente, amigos e saídas, ficas-te reclusa de ti mesmo e assim te negas-te a falar.
Obriga-te a existir, condenada e danada de quem te rodeia, sabe-se por paredes meias, intenções que possa eu negar, se decides ir atrás de baboseiras, não esperes saudades feitas, simpatia, sempre posso dispensar.
Coordenação que me falte, saio a rua, faço idade, parto por bem de parte, abro-me ao caminho, estrada fora, voa nas asas de uma águia, não se entenda desporto fétido, não há interesse em tal, na verdade erga-se o animal, enjaulado, não lhe reclames senhoria, não existe lei ou guia.
Corrente de demência?
Creio que não clareza autêntica, justiça final, talvez negada mas certo e orientado sentido, pelo menos vivo, honesto e refeito, nunca para qualquer efeito perfeito, cheio de defeitos, se quer um homem, mas verdadeiro e honrado.
Valentia tomada, não se deixa a nomes, domina o sentido, não se declamam acusações, ser-se assim, directo e contundente, não creio que haja batente nem declaração a tomar.
Toma por palavras o meu testamento, não ao meu último momento, ao meu desígnio e desenho, se sinto saudades, sinto saudades sim, sinto falta do momento, da prosa e da pena, da proximidade tida e da confiança partilhada…
Crê-me fraco e desafortunado, na verdade talvez na última mas de fraco, reconhece-me ardil, deixado ao vento, espalha-se um tormento, culmina em vendaval e tempestade, honesta e brutal.
Deixa-me ao tempo, entra e fecha a porta, tens a chave, tens o tempo, puxa a manta, fala comigo, aproxima-te e escuta a história.
Será que realmente vais entrar?
segunda-feira, setembro 07, 2015
Complexo e David e Golias
Complexos caminhos, ligações desconexas.
Sinceridade a molhos, reticencias tidas, livres-vontades e caminhos a sós, olhos que se escondem, encobertos pela tempestade, no vento que se arrasta, abre assas a saudade.
Olha, das cartas que te escrevi, esta foi feita por metade, nem te é dirigida de facto, expressa apenas ambiguidade.
Aspirar a algo, sempre foi um sentido desligado, acho que assim se foi passando na verdade, entre saudade e vazio sentido e agora por realidade, nem sentimento sei expressar.
Envolto em loucura, poder-se-á afirmar, correcto?
Desconheço.
Na verdade, estou meio acordado, meio adormecido, completamente desprovido de melhor julgamento ou melhor realidade.
Alguém poderia dizer que ando a conceber um plano para nada, nem eu me sei desviar de este sentido, não o posso ocultar.
Será então o reiniciar?
Não, neste momento, não a muito alvo para acertar, sem que possa eventualmente cair em desvio de atenção, creio que pode ser tomada a decisão, mar e mar, voltado ao pedido, perdido em volta.
Deveremos então conceder e conceber um novo princípio?
Entre o que pode ser escolhido, solidão e amizade, o meio em que nos envolvemos em nós próprios, é desajeitado e recusável.
Deixando de lado a tristeza, a ciência diz que devemos ser nulos e se aceitamos essa realidade, excluímos os deixados na praia…
Aceitamos então tal religião e dogma descomandado?
Não me sinto demasiado humano nem desumano, na verdade, ultrapassado qualquer estigma, estamos cada vez mais voltados para o interior de nada e ficamos esquecidos e oblívios ao que queremos escolher.
Seguidos pelo passado, certo?
Então percebam de nada, pois de nada perecemos, o passado, se o deixamos andar, torna-se um elemento de controle.
Desmotivado, comedido nesse sentido, sem vontade de mexer um pé diante ou atrás de outro.
Então na procura, as metas não são destinos e os destinos não são designados, sei que a insistência me leva um pouco a loucura, crivado pela incerteza, mas com certeza de insucesso.
Em suma, sonhos, são seguimentos do nosso inconsciente subconsciente e nós conscientes do que vivemos, vivemos de facto prostrados e preparamos para ser subjugados.
É um triste facto, mas assim rema o ingrato.
Ficar ferido é um facto, gira-se a fisga e aponta-se ao gigante.
O mundo caiu e o povo rir se.
E assim é, triste, o legado…
Sinceridade a molhos, reticencias tidas, livres-vontades e caminhos a sós, olhos que se escondem, encobertos pela tempestade, no vento que se arrasta, abre assas a saudade.
Olha, das cartas que te escrevi, esta foi feita por metade, nem te é dirigida de facto, expressa apenas ambiguidade.
Aspirar a algo, sempre foi um sentido desligado, acho que assim se foi passando na verdade, entre saudade e vazio sentido e agora por realidade, nem sentimento sei expressar.
Envolto em loucura, poder-se-á afirmar, correcto?
Desconheço.
Na verdade, estou meio acordado, meio adormecido, completamente desprovido de melhor julgamento ou melhor realidade.
Alguém poderia dizer que ando a conceber um plano para nada, nem eu me sei desviar de este sentido, não o posso ocultar.
Será então o reiniciar?
Não, neste momento, não a muito alvo para acertar, sem que possa eventualmente cair em desvio de atenção, creio que pode ser tomada a decisão, mar e mar, voltado ao pedido, perdido em volta.
Deveremos então conceder e conceber um novo princípio?
Entre o que pode ser escolhido, solidão e amizade, o meio em que nos envolvemos em nós próprios, é desajeitado e recusável.
Deixando de lado a tristeza, a ciência diz que devemos ser nulos e se aceitamos essa realidade, excluímos os deixados na praia…
Aceitamos então tal religião e dogma descomandado?
Não me sinto demasiado humano nem desumano, na verdade, ultrapassado qualquer estigma, estamos cada vez mais voltados para o interior de nada e ficamos esquecidos e oblívios ao que queremos escolher.
Seguidos pelo passado, certo?
Então percebam de nada, pois de nada perecemos, o passado, se o deixamos andar, torna-se um elemento de controle.
Desmotivado, comedido nesse sentido, sem vontade de mexer um pé diante ou atrás de outro.
Então na procura, as metas não são destinos e os destinos não são designados, sei que a insistência me leva um pouco a loucura, crivado pela incerteza, mas com certeza de insucesso.
Em suma, sonhos, são seguimentos do nosso inconsciente subconsciente e nós conscientes do que vivemos, vivemos de facto prostrados e preparamos para ser subjugados.
É um triste facto, mas assim rema o ingrato.
Ficar ferido é um facto, gira-se a fisga e aponta-se ao gigante.
O mundo caiu e o povo rir se.
E assim é, triste, o legado…
sábado, junho 27, 2015
Azuis metálicos
Do acordar ao amanhecer, pés virados para o leito, horas de insensatez, vida tida com o seu proveito.
O calor de um abraço, seja de Inverno ou Verão, tão forte é o seu traço, largo coração.
E vamos com o tom, na verdade é nessa andança, de azul celeste à azul marinho, na linha difusa do horizonte amanhecer e perder do dia.
Nobre então a vontade, o sorriso que trás por sinal, em boca rasgada ilusão terno retorno, traz ao coração.
Evoluímos com o tempo, aprendemos um pouco com a solidão, sentimos a proximidade de nada mas deixamos a abertura, conforme se enche e ganha formato, sensação enorme de ternura.
Olhos a lés, na verdade a horizonte, se somos puxados em frente, sentimos na pele o vento da cavalgata.
Hora por hora, as paredes estreitam-se, em linhas e cadeados que ganham asas, na verdade, aprendemos a voar, escapamos da gaiola, voámos por cima do ninho, em direcção escolhida, rebelde é o espírito que nos leva mas só nosso o sentido.
Ganhamos pelo azul da liberdade, um tom metálico que nos rodeia, descrever seria uma arte, neste momento, escapa-me a eloquência.
Sem razão que temer, domamos já a amargura, se havia um extra sentido, deixamos de lado o passado, se queremos saber, até o temos mas é isso, um termo acabado.
E um azul que se espalha pelo ar, desde o raiar ao crepúsculo.
Perdido por aí não é?
Quem sabe.
Simplesmente deixado ao sabor, entendido entre linhas.
É um azul, não de tristeza mas sim de liberdade divina.
O calor de um abraço, seja de Inverno ou Verão, tão forte é o seu traço, largo coração.
E vamos com o tom, na verdade é nessa andança, de azul celeste à azul marinho, na linha difusa do horizonte amanhecer e perder do dia.
Nobre então a vontade, o sorriso que trás por sinal, em boca rasgada ilusão terno retorno, traz ao coração.
Evoluímos com o tempo, aprendemos um pouco com a solidão, sentimos a proximidade de nada mas deixamos a abertura, conforme se enche e ganha formato, sensação enorme de ternura.
Olhos a lés, na verdade a horizonte, se somos puxados em frente, sentimos na pele o vento da cavalgata.
Hora por hora, as paredes estreitam-se, em linhas e cadeados que ganham asas, na verdade, aprendemos a voar, escapamos da gaiola, voámos por cima do ninho, em direcção escolhida, rebelde é o espírito que nos leva mas só nosso o sentido.
Ganhamos pelo azul da liberdade, um tom metálico que nos rodeia, descrever seria uma arte, neste momento, escapa-me a eloquência.
Sem razão que temer, domamos já a amargura, se havia um extra sentido, deixamos de lado o passado, se queremos saber, até o temos mas é isso, um termo acabado.
E um azul que se espalha pelo ar, desde o raiar ao crepúsculo.
Perdido por aí não é?
Quem sabe.
Simplesmente deixado ao sabor, entendido entre linhas.
É um azul, não de tristeza mas sim de liberdade divina.
quinta-feira, junho 25, 2015
Viagens em tom de sépia
Bússola solta, sentado em pé, todas as sensações do mundo, em terreno incerto.
Sente-se no ar, o quente que se aperta, o desejo de terra incerta, tirar roupa ter areia, o sal no ar, a água que beija.
Viagens que tocam ao incerto, deixado ao acaso, determinada a hora de partida, receita invejável, contorno indeterminado.
Não existe lágrima, na realidade é tudo calmo.
Escrever torna-se um desporto, hábito inusual, deixado ao acaso, como é tudo ao acaso.
Vem com o preencher dos tempos, em que é tudo contractual, viver para trabalhar e nem sempre saber como aproveitar.
Ou aproveitar, tornou-se um luxo.
Reverte-se aos tons de sépia, no seu formato usual, deixado do avesso, um sorriso que vamos tendo, por palavras ditas sinceras as vontades, quem tem que se abrace, que se beije ou se ame.
Hoje nem sinto a vontade, o sono deixa-me escrever de olhos fechados e enquanto os olhos se fecham, o peito abra e o tempo que passe vai tudo em letras cheias.
Eu não o direi, na verdade não há um tempo já, para dizer coisas à meias, contado ninguém acreditaria, parecem sempre, aventuras alheias.
Com um sorriso, um esgar contente assim me encontram, testei viagem, sereno e tranquilo.
Sem rodeios, sépia é meia?
Ora…
Deixo ao entendimento, escrevo a folha cheia, se por amor, nem hoje há ódio, cansaço sim, mas sobre tudo amizade.
Não é um estado, a loucura é passageira? Digo que não a vida é o seu eterno estado, nesse sentido, abraço a ideia, existe amor, apenas não nesta veia.
Sente-se no ar, o quente que se aperta, o desejo de terra incerta, tirar roupa ter areia, o sal no ar, a água que beija.
Viagens que tocam ao incerto, deixado ao acaso, determinada a hora de partida, receita invejável, contorno indeterminado.
Não existe lágrima, na realidade é tudo calmo.
Escrever torna-se um desporto, hábito inusual, deixado ao acaso, como é tudo ao acaso.
Vem com o preencher dos tempos, em que é tudo contractual, viver para trabalhar e nem sempre saber como aproveitar.
Ou aproveitar, tornou-se um luxo.
Reverte-se aos tons de sépia, no seu formato usual, deixado do avesso, um sorriso que vamos tendo, por palavras ditas sinceras as vontades, quem tem que se abrace, que se beije ou se ame.
Hoje nem sinto a vontade, o sono deixa-me escrever de olhos fechados e enquanto os olhos se fecham, o peito abra e o tempo que passe vai tudo em letras cheias.
Eu não o direi, na verdade não há um tempo já, para dizer coisas à meias, contado ninguém acreditaria, parecem sempre, aventuras alheias.
Com um sorriso, um esgar contente assim me encontram, testei viagem, sereno e tranquilo.
Sem rodeios, sépia é meia?
Ora…
Deixo ao entendimento, escrevo a folha cheia, se por amor, nem hoje há ódio, cansaço sim, mas sobre tudo amizade.
Não é um estado, a loucura é passageira? Digo que não a vida é o seu eterno estado, nesse sentido, abraço a ideia, existe amor, apenas não nesta veia.
segunda-feira, maio 11, 2015
Adoração e o ermita
Diz-me a verdade, assina ao tempo descontado, quando na verdade, se nos perdemos juntos, atestamos à saudade.
Diz-me com sentido, gira a perspectiva, não escondes do objectivo a realidade sentida, não condenamos a objectiva toda a verdade ou a falácia tida.
Conta-me, de verdade, não espero que haja outra investida, na cruel razão que possa ter, desdenhado é assim, na realidade, prefiro a verdade, diz-me então com que sentido, se há-de fazer tento a vida.
Revela-me o que posso compreender, o que não compreendo é a vida como vai passando, na realidade, oriento-me pelo meu jusante, rostro e semblante, o meu rumo é a tunante, sem contra-balanço, nem metrónomo que me guie; faz o desenho, chavão e nota.
Nota então, ar consternado que me vai no rosto, não por desconhecimento de verdade mas por falta da sua confirmação.
Diz-me essa verdade, não esperes que me caia tudo em cima pois que está por baixo não tem tecto, abobada ou catedral, vive entalado e enlutado.
Orienta-me, não sei se será por idade, os ventos volvem cinzentos, agrisalhados pelo tempo, hora que passam e volvem sempre em retorno, em cumprimento de comprimento, talhada a sua medida.
Desorienta-me, talvez me deixes encontrado, se por algum motivo me perdeste, perde-me como deve ser, sem preocupação ou peito, pois coração presente, estado ausente.
Situa-me, já não sei se estou presente, pelo feito da ignorância, me rijo, não obstante, salvo tido mito, de verdade me lavo, esquecido, ignorância, estrupício.
Não rogo ao silêncio, clamo por essa sintaxe. Confronta-me e desmorona-me, castelo frágil, construído pelo caminho.
Diz-me qual é o tema?
Diz-me se é tido.
Diz-me o fonema, o clamor e o temor tido.
Diz-me o tema, revisto em mim por ti, se em ti não existo, revolto em ti me sinto, se em ti não existe presença, que caía por fim, sentido de ti em mim, casa vazia, tectos caídos, janelas tristes e correnteza tardia.
Obstruí a realidade, dá-me ao clamor de uma hora, ronda eterna de regresso, profundo, com um último olhar, não se espera uma confissão?
Cai a ficha, caiu a cortina, se remar foi em vão, porque se lê em entre-linhas?
Diz-me a verdade, escreve-me uma linha, uma carta, um telegrama, uma mensagem, um correio, qualquer coisa, registo de vida…
E a música toca ao fundo, a hora é tida…
Diz-me se ainda existes, na realidade, nunca o saberia dizer.
Diz-me tu.
Diz-me com sentido, gira a perspectiva, não escondes do objectivo a realidade sentida, não condenamos a objectiva toda a verdade ou a falácia tida.
Conta-me, de verdade, não espero que haja outra investida, na cruel razão que possa ter, desdenhado é assim, na realidade, prefiro a verdade, diz-me então com que sentido, se há-de fazer tento a vida.
Revela-me o que posso compreender, o que não compreendo é a vida como vai passando, na realidade, oriento-me pelo meu jusante, rostro e semblante, o meu rumo é a tunante, sem contra-balanço, nem metrónomo que me guie; faz o desenho, chavão e nota.
Nota então, ar consternado que me vai no rosto, não por desconhecimento de verdade mas por falta da sua confirmação.
Diz-me essa verdade, não esperes que me caia tudo em cima pois que está por baixo não tem tecto, abobada ou catedral, vive entalado e enlutado.
Orienta-me, não sei se será por idade, os ventos volvem cinzentos, agrisalhados pelo tempo, hora que passam e volvem sempre em retorno, em cumprimento de comprimento, talhada a sua medida.
Desorienta-me, talvez me deixes encontrado, se por algum motivo me perdeste, perde-me como deve ser, sem preocupação ou peito, pois coração presente, estado ausente.
Situa-me, já não sei se estou presente, pelo feito da ignorância, me rijo, não obstante, salvo tido mito, de verdade me lavo, esquecido, ignorância, estrupício.
Não rogo ao silêncio, clamo por essa sintaxe. Confronta-me e desmorona-me, castelo frágil, construído pelo caminho.
Diz-me qual é o tema?
Diz-me se é tido.
Diz-me o fonema, o clamor e o temor tido.
Diz-me o tema, revisto em mim por ti, se em ti não existo, revolto em ti me sinto, se em ti não existe presença, que caía por fim, sentido de ti em mim, casa vazia, tectos caídos, janelas tristes e correnteza tardia.
Obstruí a realidade, dá-me ao clamor de uma hora, ronda eterna de regresso, profundo, com um último olhar, não se espera uma confissão?
Cai a ficha, caiu a cortina, se remar foi em vão, porque se lê em entre-linhas?
Diz-me a verdade, escreve-me uma linha, uma carta, um telegrama, uma mensagem, um correio, qualquer coisa, registo de vida…
E a música toca ao fundo, a hora é tida…
Diz-me se ainda existes, na realidade, nunca o saberia dizer.
Diz-me tu.
segunda-feira, maio 04, 2015
Silêncio e o segredo
Tenho esse segredo guardado, de palavras que te podem ruir, sentimentos lesados e toda a força que te faça sorrir.
Tenho um segredo tramado, não sei como o sentir, na verdade é um segredo partilhado, se bem que de parte esquecido, por muito que seja tomado, pode ser sempre largado, segredo eterno em nada revelado.
Tenho uma mentira comigo, que carrego em tormento, carga morta que trago ao peito, senti nessa carga um alento e nela me mantenho, esqueleto presente, peso morto que arrasto, verdade oculta, segredo maldito.
Tenho uma volta, no segredo que se revolta, torno e meio do novelo, revolta e revolve, volta ao sítio e faz o meio ponto, sentir verdade em segredo, mentira em demência, consumo de alma e luz perdida.
Tenho-o agarrado ao cérebro, que faz ferida na alma, trespassa e corroí, órgão malvado, cancro de ser, demência que me cria, sociedade reflectida.
Tenho assim, segredo, não sei se o conto nem por nada, na verdade é assim, velado e descoberto, facilmente tido é certo, sorriso que me larga enfim.
Tenho na verdade, essa reflexão do que posso ter, relação de nada feito por ocultar um segredo sei que nada é realmente o que deve ser feito e o feitio passa a verdade em falsa proclamação, exaltada e elevada ordem, sentido e sentimento, desenho obscuro, escapa-me a ilusão.
Tenho um sentido preso, na verdade nem é nada, não existe segredo nem existe nada…
Tenho dito, tenho feito, tenho existido, extinto e retocado…
Tenho então a pergunta, queres o meu segredo?
Tenho um segredo tramado, não sei como o sentir, na verdade é um segredo partilhado, se bem que de parte esquecido, por muito que seja tomado, pode ser sempre largado, segredo eterno em nada revelado.
Tenho uma mentira comigo, que carrego em tormento, carga morta que trago ao peito, senti nessa carga um alento e nela me mantenho, esqueleto presente, peso morto que arrasto, verdade oculta, segredo maldito.
Tenho uma volta, no segredo que se revolta, torno e meio do novelo, revolta e revolve, volta ao sítio e faz o meio ponto, sentir verdade em segredo, mentira em demência, consumo de alma e luz perdida.
Tenho-o agarrado ao cérebro, que faz ferida na alma, trespassa e corroí, órgão malvado, cancro de ser, demência que me cria, sociedade reflectida.
Tenho assim, segredo, não sei se o conto nem por nada, na verdade é assim, velado e descoberto, facilmente tido é certo, sorriso que me larga enfim.
Tenho na verdade, essa reflexão do que posso ter, relação de nada feito por ocultar um segredo sei que nada é realmente o que deve ser feito e o feitio passa a verdade em falsa proclamação, exaltada e elevada ordem, sentido e sentimento, desenho obscuro, escapa-me a ilusão.
Tenho um sentido preso, na verdade nem é nada, não existe segredo nem existe nada…
Tenho dito, tenho feito, tenho existido, extinto e retocado…
Tenho então a pergunta, queres o meu segredo?
domingo, abril 26, 2015
Matéria e ansiedade; Recordação, tempo e arte
Arte em ordem de sonhar, expressão de invisibilidade e ordem absoluta de esquecimento, como o abandono de tudo, a dúvida a que nos expressamos, dúvida por aquilo que fazemos ou que damos por fazer é na dúvida de si o pensamento expresso, a visão tida e toda a saudade que possamos apresentar.
Arde como um pensamento, expressa a mera formalidade, na verdade aponta a volatilidade, ao volte-face ao que aponta como se fosse um tolo, quando na verdade é incrivelmente brilhante.
E como podemos olhar, sem realmente contemplar, na verdade é como olhamos, desfasados de tudo, sempre que caminhamos e caminhamos uma vida inteira, lado a lado, nunca face com face.
Temos medo de cair, será que realmente confiamos em quem caminha connosco?
A forma é um momento, olhar para ti, é um presente que foi passado de mão em mão e na verdade, se existes nem te recordas e se te lembras, preferiste ocultar.
O dedo bate na ferida e espalha sal, a mão grita em agonia e satisfação é o prazer da dor, parece ser o que se inflige pelo que se percebe, continua a espremer, continua a carregar.
Toca por aqui, ao vento, ao som perdido, não sabes o acorde, não existe essa necessidade, olha para o futuro, o presente estiola, a vida rema contra a maré, mas existe sempre a Karmen, que te diz como se é, como se deve ser, como se deve viver e que te devolve o que lhe deres a entender.
Abraço a uma amiga, abraço a um amigo, beijo a uma alma querida, seja o que for um aperto próximo de quem está longe, de quem parte sem regressar, de quem gostamos de ver, abraçar, amar de uma maneira ou outra, de, simplesmente contar com.
Origina em tudo, a origem de nada, ao despertar de um sonho, a ilusão que vamos tendo e um sorriso, que somos forçados a carregar, justo com o disfarce que apresentamos, um sentimento é de perda, na vitória não nos podemos recordar, não existe, somos assim, cruelmente vencidos.
O êxito recorda o adeus que nunca foi dito e como se pode cair ao esquecimento de quem fica, o ver partir, trás perto de si uma amargura…
A arte…?
A arte expressa-se como se há-de expressar, porque podemos sempre ser alienados a nós próprios e é esse o reconhecimento que procuramos em particular, a verdadeira razão de existência.
Então um abraço, um sentido…
E é sempre por esse sentido, que existe uma arte.
Arde como um pensamento, expressa a mera formalidade, na verdade aponta a volatilidade, ao volte-face ao que aponta como se fosse um tolo, quando na verdade é incrivelmente brilhante.
E como podemos olhar, sem realmente contemplar, na verdade é como olhamos, desfasados de tudo, sempre que caminhamos e caminhamos uma vida inteira, lado a lado, nunca face com face.
Temos medo de cair, será que realmente confiamos em quem caminha connosco?
A forma é um momento, olhar para ti, é um presente que foi passado de mão em mão e na verdade, se existes nem te recordas e se te lembras, preferiste ocultar.
O dedo bate na ferida e espalha sal, a mão grita em agonia e satisfação é o prazer da dor, parece ser o que se inflige pelo que se percebe, continua a espremer, continua a carregar.
Toca por aqui, ao vento, ao som perdido, não sabes o acorde, não existe essa necessidade, olha para o futuro, o presente estiola, a vida rema contra a maré, mas existe sempre a Karmen, que te diz como se é, como se deve ser, como se deve viver e que te devolve o que lhe deres a entender.
Abraço a uma amiga, abraço a um amigo, beijo a uma alma querida, seja o que for um aperto próximo de quem está longe, de quem parte sem regressar, de quem gostamos de ver, abraçar, amar de uma maneira ou outra, de, simplesmente contar com.
Origina em tudo, a origem de nada, ao despertar de um sonho, a ilusão que vamos tendo e um sorriso, que somos forçados a carregar, justo com o disfarce que apresentamos, um sentimento é de perda, na vitória não nos podemos recordar, não existe, somos assim, cruelmente vencidos.
O êxito recorda o adeus que nunca foi dito e como se pode cair ao esquecimento de quem fica, o ver partir, trás perto de si uma amargura…
A arte…?
A arte expressa-se como se há-de expressar, porque podemos sempre ser alienados a nós próprios e é esse o reconhecimento que procuramos em particular, a verdadeira razão de existência.
Então um abraço, um sentido…
E é sempre por esse sentido, que existe uma arte.
domingo, abril 19, 2015
Cacofonia
Vou perdendo pela calçada, em fio mão deslaçada, passo alto de pé falso, terna fé, conhecimento nenhum.
Recolhendo pelo caminho, moedas deixadas ao vento, chaves que se foram partindo, opiniões deixadas em desânimo.
Vou perdendo pela vida, sentimento ou filosofia, se em si me inspira a fadiga, nem ao sono me da ao pranto.
Reunião então de loucura, sei assim em encanto, ter perdido amargura e ter ganho sobressalto.
Hora, minuto, segundo de partida, na análise que vamos tomando, cruel é assim o tempo, sujeito ao singular pêndulo, a faca vai cada vez mais próxima de más falias, na verdade, não corta fundo, senão nos bolsos de quem a temia.
Consagrado, senil e perdido, vê o copo vazio, tombo a garrafa partida, ora olha hora perdida, nem quer saber, estigma de vida.
A orientação parte, nem sabe se latida, nem por meio que a possa tomar, só lhe falta de facto vida, cruel intento, nem sempre visto.
Rói-se então até ao tutano, sempre de sorriso e olhar devasso, na sincera monotonia, sinceramente descabida, ora por sim que não, hora e olhar e ora para nada sem ver o que está a frente, são assim tomadas as palavras, pelo véu do vazia, sensações claras, palavras soltas, porra, coisa sem sentido.
E descreve então ao sentimento, solidão de confiança, o recluso sente-se vazio, perdão negado…
Hora passa, ora de volver, se assim se faz sofrer, quem sabe quem realmente passa, na verdade, tomada a passada, não sabe o grita do semblante, ora então a hora perdida na verdade, ferida e desferida, o sentido passa pela palavra e a palavra do louco salta, lousa desfeita.
Passado, ficou marado, na verdade, não existe um significado de actos, de sentidos, coisa alguma, verdade ó mentira, rói-se a vida, chupa-se o tutano, horizontal verdade, vertical de medida.
Esperar um algo, na verdade deixou-se negar, não sei, não existe de facto e um encontro foi perdido, se assim se faz passar, será tido considerado, como um abraço de nada, ao olhar de quem o tem por frente na vista que alcança e toca por demão, considera ao alcance, tonta aragem volte de mão.
E considerar, não considera de verdade, tonto, iludido, que ofereço a mão, na verdade o conteúdo, sobre tudo, ultrapassa a mão.
Vaza por sim, se não sei não exprimo de verdade e só causa em tudo confusão.
Estúpido. É o considerado, ser assim, é como se é.
A dormir, fica vela, são horas perdidas, ora dormir um pouco.
Recolhendo pelo caminho, moedas deixadas ao vento, chaves que se foram partindo, opiniões deixadas em desânimo.
Vou perdendo pela vida, sentimento ou filosofia, se em si me inspira a fadiga, nem ao sono me da ao pranto.
Reunião então de loucura, sei assim em encanto, ter perdido amargura e ter ganho sobressalto.
Hora, minuto, segundo de partida, na análise que vamos tomando, cruel é assim o tempo, sujeito ao singular pêndulo, a faca vai cada vez mais próxima de más falias, na verdade, não corta fundo, senão nos bolsos de quem a temia.
Consagrado, senil e perdido, vê o copo vazio, tombo a garrafa partida, ora olha hora perdida, nem quer saber, estigma de vida.
A orientação parte, nem sabe se latida, nem por meio que a possa tomar, só lhe falta de facto vida, cruel intento, nem sempre visto.
Rói-se então até ao tutano, sempre de sorriso e olhar devasso, na sincera monotonia, sinceramente descabida, ora por sim que não, hora e olhar e ora para nada sem ver o que está a frente, são assim tomadas as palavras, pelo véu do vazia, sensações claras, palavras soltas, porra, coisa sem sentido.
E descreve então ao sentimento, solidão de confiança, o recluso sente-se vazio, perdão negado…
Hora passa, ora de volver, se assim se faz sofrer, quem sabe quem realmente passa, na verdade, tomada a passada, não sabe o grita do semblante, ora então a hora perdida na verdade, ferida e desferida, o sentido passa pela palavra e a palavra do louco salta, lousa desfeita.
Passado, ficou marado, na verdade, não existe um significado de actos, de sentidos, coisa alguma, verdade ó mentira, rói-se a vida, chupa-se o tutano, horizontal verdade, vertical de medida.
Esperar um algo, na verdade deixou-se negar, não sei, não existe de facto e um encontro foi perdido, se assim se faz passar, será tido considerado, como um abraço de nada, ao olhar de quem o tem por frente na vista que alcança e toca por demão, considera ao alcance, tonta aragem volte de mão.
E considerar, não considera de verdade, tonto, iludido, que ofereço a mão, na verdade o conteúdo, sobre tudo, ultrapassa a mão.
Vaza por sim, se não sei não exprimo de verdade e só causa em tudo confusão.
Estúpido. É o considerado, ser assim, é como se é.
A dormir, fica vela, são horas perdidas, ora dormir um pouco.
quarta-feira, março 18, 2015
Corromper o leito, palavras breves
Os fogos que acusamos, resultado eterno de exaustão.
Na verdade, de mão dada com cada um de nós, visão de um certo desempenho, que por dúvida do que possamos cegar, nos eleva a extinção.
Assistimos ao bailado, justo de quem sempre cantou, caminhado eterno, em trocar de olhar, troca por um beijo, não sabes nem julgas, causas assim, uma terna eliminação.
Na verdade, não é um julgar, não é uma corrupção, é um assentar de cabeça, um deitar e dormir, quem sabe para nunca mais despertar.
É o resultado do abandono, a verdade a que nos negamos e ilusos, preferimos seguir de mão em mão.
É um facto abraçado, tivemos por nós essa ilusão.
Se cedemos ao momento, conjuntura de criação, condenamo-nos a partida, para esta extinção.
Aprecia, como se pode apreciar, não, sei que poderia ser para ti, mas daí, não passamos de poeira amalgamada, barro quebrado e mal assado.
Com o carinho de um abraço, beijos que podem ser trocados.
São negados e levados
Trazem-se em peito e quem sabe se alguma vez serão usados?
Ousado, seria talvez pedir.
Adormecer, dormidos e condenados.
Apreciamos esta terna extinção.
Na verdade, de mão dada com cada um de nós, visão de um certo desempenho, que por dúvida do que possamos cegar, nos eleva a extinção.
Assistimos ao bailado, justo de quem sempre cantou, caminhado eterno, em trocar de olhar, troca por um beijo, não sabes nem julgas, causas assim, uma terna eliminação.
Na verdade, não é um julgar, não é uma corrupção, é um assentar de cabeça, um deitar e dormir, quem sabe para nunca mais despertar.
É o resultado do abandono, a verdade a que nos negamos e ilusos, preferimos seguir de mão em mão.
É um facto abraçado, tivemos por nós essa ilusão.
Se cedemos ao momento, conjuntura de criação, condenamo-nos a partida, para esta extinção.
Aprecia, como se pode apreciar, não, sei que poderia ser para ti, mas daí, não passamos de poeira amalgamada, barro quebrado e mal assado.
Com o carinho de um abraço, beijos que podem ser trocados.
São negados e levados
Trazem-se em peito e quem sabe se alguma vez serão usados?
Ousado, seria talvez pedir.
Adormecer, dormidos e condenados.
Apreciamos esta terna extinção.
sexta-feira, janeiro 30, 2015
Estige
Enrolou um cigarro, parecia distante, pensativa, toda ela fachada, intelectual, meio tomada ao café, debruçada sobre um jornal. Simplesmente verdadeira.
Acendeu o cigarro, certa de si, altiva.
Por meio de um café, acendeu um cigarro, puxou fogo, fez fumo em garganta, toda ela passava, por entre as discretas passagens, sem que nada nem ninguém se apercebe-se, tombos e voltas, nada de verdade.
Figura serena, não descrita em parte alguma.
Caminhou, o seu vestido esvoaçava, qual chuva miúda, enrolada ao vento, tal era assim solta mas sincera ao olho, deslumbrante num caminhar.
Passava pela gente, poderia não querer, ficava marcada no olhar, toda ela, tolda atenção que despreza, na verdade, não é a sua obsessão.
Sai pela rua, vai valente, nela só solta ao vento, velada do que traz na alma é única observante, de um caminhar descompassado.
Não traz folha solta, olhar seguro, peito ardente, não é por verdade/amargura, objecto de mente demente.
Acendeu um cigarro, avançou na sua leitura.
Uma página passou a frente, sorriso solto, expressão madura.
Olhou para a escritura, palavras tontas de pasquim informativo.
Mais uma vez um aceno de repúdio expressão honesta, na verdade não é desprezo mas sim indignação em festa.
Puxou de novo o cigarro, deu mais uma baforada.
Sentiu o deleito do fogo ardente em pulmões de fogo e âmbar.
O vento que lhe passou, tocou-lhe o cabelo, fez dele juba solta em savana selvagem, nem se importou com o resultado, um toque de mão, acalmou a aragem.
Negação ante negação inspiração em expiração, reconhecimento de tudo ou não…
Apagou o cigarro, levantou-se e pagou.
Extinta ficou a vida.
Diz-me o seu nome, ás de o saber de antemão.
Acendeu o cigarro, certa de si, altiva.
Por meio de um café, acendeu um cigarro, puxou fogo, fez fumo em garganta, toda ela passava, por entre as discretas passagens, sem que nada nem ninguém se apercebe-se, tombos e voltas, nada de verdade.
Figura serena, não descrita em parte alguma.
Caminhou, o seu vestido esvoaçava, qual chuva miúda, enrolada ao vento, tal era assim solta mas sincera ao olho, deslumbrante num caminhar.
Passava pela gente, poderia não querer, ficava marcada no olhar, toda ela, tolda atenção que despreza, na verdade, não é a sua obsessão.
Sai pela rua, vai valente, nela só solta ao vento, velada do que traz na alma é única observante, de um caminhar descompassado.
Não traz folha solta, olhar seguro, peito ardente, não é por verdade/amargura, objecto de mente demente.
Acendeu um cigarro, avançou na sua leitura.
Uma página passou a frente, sorriso solto, expressão madura.
Olhou para a escritura, palavras tontas de pasquim informativo.
Mais uma vez um aceno de repúdio expressão honesta, na verdade não é desprezo mas sim indignação em festa.
Puxou de novo o cigarro, deu mais uma baforada.
Sentiu o deleito do fogo ardente em pulmões de fogo e âmbar.
O vento que lhe passou, tocou-lhe o cabelo, fez dele juba solta em savana selvagem, nem se importou com o resultado, um toque de mão, acalmou a aragem.
Negação ante negação inspiração em expiração, reconhecimento de tudo ou não…
Apagou o cigarro, levantou-se e pagou.
Extinta ficou a vida.
Diz-me o seu nome, ás de o saber de antemão.
terça-feira, janeiro 27, 2015
Ao sinal, desafio e pena rasgada
Ao sinal que trago, carrego essa emoção, num quarto pequeno rasgado, estas paredes são de ilusão.
Na verdade, é um sufoco, nem por clamor, ardor ou explicação.
Hora, ora, venha a sedução, a noite que encanta, trás em si recordação…
Lince, tigre pingado, figura felina que praga o coração, não o que te mexe, na verdade é um apelo à obrigação.
A recordação, parte então desse desejo, a vontade é de partir, a guerra se foi tida, foi por batalha em que derrotaste tudo o que poderiam deitar, engenhos de mundos aparte, apenas por uma noite, mais ou menos ilusão.
A teia de areia, passa então o mundo e as aranhas fazem gestos na areia, não sei, se me entendes nesse nexo, mas estende-me um abraço, não faz frio mas parece.
Desafio é o que parece, na verdade é perdido por não ser tomado e não faz um abono, ode a nada, apela a uma noite tranquila e um sonho passageiro, crer em nada, desenhar e desdenhar o mundo, se não é credo é crença estúpida, abismal ignorância.
E não eu não sei.
O pensamento que me corre, escorre pelo mundo, partir é um sentido, quando partido está tudo, cacos que podemos elevar.
Podemos então prostrar, fazendo contas ao prestado, não servimos então no semblante, brincos-de-princesa, ornatos de melancolia.
A pena, foi então rasgada, porque escreveu o mundo e voo em penas soltas, assas distendidas, eleição predilecta do mais fervoroso poeta.
Na verdade voa com o tunante, não deseja um destino certo.
Em feito, clamoroso, ferve de ilusão e se por si se preta, perde por um segundo a festa, num mundo perdido, não presta.
Creio tornar ao tomar de levante, não por sentido e sim por ordem, toma nota, não há sentido.
E raio por quem sente, na verdade é o abandono…
Deixo por despojo, guerra feita…
E se na verdade foi tomada, deito-me em leito alheio.
À calma que se me afronta, desespero terreno…
Deixa ao clamor, um desejo eterno porque eu simplesmente não sei.
Não tenho ideia…
E por consequência, trago vela ao peito…
Na verdade, é um sufoco, nem por clamor, ardor ou explicação.
Hora, ora, venha a sedução, a noite que encanta, trás em si recordação…
Lince, tigre pingado, figura felina que praga o coração, não o que te mexe, na verdade é um apelo à obrigação.
A recordação, parte então desse desejo, a vontade é de partir, a guerra se foi tida, foi por batalha em que derrotaste tudo o que poderiam deitar, engenhos de mundos aparte, apenas por uma noite, mais ou menos ilusão.
A teia de areia, passa então o mundo e as aranhas fazem gestos na areia, não sei, se me entendes nesse nexo, mas estende-me um abraço, não faz frio mas parece.
Desafio é o que parece, na verdade é perdido por não ser tomado e não faz um abono, ode a nada, apela a uma noite tranquila e um sonho passageiro, crer em nada, desenhar e desdenhar o mundo, se não é credo é crença estúpida, abismal ignorância.
E não eu não sei.
O pensamento que me corre, escorre pelo mundo, partir é um sentido, quando partido está tudo, cacos que podemos elevar.
Podemos então prostrar, fazendo contas ao prestado, não servimos então no semblante, brincos-de-princesa, ornatos de melancolia.
A pena, foi então rasgada, porque escreveu o mundo e voo em penas soltas, assas distendidas, eleição predilecta do mais fervoroso poeta.
Na verdade voa com o tunante, não deseja um destino certo.
Em feito, clamoroso, ferve de ilusão e se por si se preta, perde por um segundo a festa, num mundo perdido, não presta.
Creio tornar ao tomar de levante, não por sentido e sim por ordem, toma nota, não há sentido.
E raio por quem sente, na verdade é o abandono…
Deixo por despojo, guerra feita…
E se na verdade foi tomada, deito-me em leito alheio.
À calma que se me afronta, desespero terreno…
Deixa ao clamor, um desejo eterno porque eu simplesmente não sei.
Não tenho ideia…
E por consequência, trago vela ao peito…
segunda-feira, janeiro 19, 2015
Habitante
A porta está aberta, mas ninguém sai ou entra.
A entrada jamais foi negada, aberta tida a olhos fechados, invisível, dissociável deste lugar, jamais fechada, sempre pronta no entanto ninguém a sabe cruzar.
A porta está aberta, portão seguro, visível ao fundo, não confundível com nada, certo directo e seguro, portadas maiores não poderão existir.
No entanto é porta oculta, presente aos olhares do mundo, que por puro infortúnio, meio mundo não sabe transgredir.
A porta está aberta, para todos os efeitos, são olhos satisfeitos, que para ela olham, se a tem como certa, a porta segue aberta, só não cruzada por pernas, que não a sabem passar.
A janela ficou fechada e nessas tristes arcadas, chora a chuva dos dias, primaveras e outonos, ondas sazonais tempos que passam por elas e elas permanecem inertes, sempre assim, sempre presentes.
A porta está aberta, o seu significado é correcto, ninguém olha para ela de outra forma, não por desejo ou norma na verdade é perfeita e todos tem medo dela.
A entrada fica ao fundo, não está velada do mundo, cruel não é por certo, podes também aproximar-te dela, com certeza atravessa-la passar além dessas muralhas, ficar presente nela, passar, essas arcadas.
A porta está aberta.
Sabes o significado dessa promessa?
A porta está aberta, nesta casa com janelas, onde as paredes eram belas, corroídas pelo tempo, jazem no chão, singelas, que foi tempo delas, fortes, belas, agora ruínas, quebradiças carregam as tristes janelas, onde os olhares ficam partidos, onde os vidros partiram e onde a chuva sempre bate.
A porta esteve aberta, foi casa, foi morada, foi de tão calorosa fachada, que agora por estupidez e estupro perdeu dita razão.
A porta continua aberta, para uma casa vazia…
Ninguém quer cruzar fria porta, ninguém habita uma casa vazia…
A porta ficou aberta.
A vida continuou a passar.
A porta abandonada, espera pelo teu toque, sabe sempre que é o teu lugar, não por razão de morada, código postal que te sustenha, ficou com paredes quebradas, vidraças despedaçadas, no seu lugar criou vazio, no vigor cinzenta demora e assim por violência não tomada, foi-se abaixo, esta casa presente.
A porta, está aberta, continua aberta nesse lugar, tão só foi transgredida e quem vivia, deixou de morar.
A entrada jamais foi negada, aberta tida a olhos fechados, invisível, dissociável deste lugar, jamais fechada, sempre pronta no entanto ninguém a sabe cruzar.
A porta está aberta, portão seguro, visível ao fundo, não confundível com nada, certo directo e seguro, portadas maiores não poderão existir.
No entanto é porta oculta, presente aos olhares do mundo, que por puro infortúnio, meio mundo não sabe transgredir.
A porta está aberta, para todos os efeitos, são olhos satisfeitos, que para ela olham, se a tem como certa, a porta segue aberta, só não cruzada por pernas, que não a sabem passar.
A janela ficou fechada e nessas tristes arcadas, chora a chuva dos dias, primaveras e outonos, ondas sazonais tempos que passam por elas e elas permanecem inertes, sempre assim, sempre presentes.
A porta está aberta, o seu significado é correcto, ninguém olha para ela de outra forma, não por desejo ou norma na verdade é perfeita e todos tem medo dela.
A entrada fica ao fundo, não está velada do mundo, cruel não é por certo, podes também aproximar-te dela, com certeza atravessa-la passar além dessas muralhas, ficar presente nela, passar, essas arcadas.
A porta está aberta.
Sabes o significado dessa promessa?
A porta está aberta, nesta casa com janelas, onde as paredes eram belas, corroídas pelo tempo, jazem no chão, singelas, que foi tempo delas, fortes, belas, agora ruínas, quebradiças carregam as tristes janelas, onde os olhares ficam partidos, onde os vidros partiram e onde a chuva sempre bate.
A porta esteve aberta, foi casa, foi morada, foi de tão calorosa fachada, que agora por estupidez e estupro perdeu dita razão.
A porta continua aberta, para uma casa vazia…
Ninguém quer cruzar fria porta, ninguém habita uma casa vazia…
A porta ficou aberta.
A vida continuou a passar.
A porta abandonada, espera pelo teu toque, sabe sempre que é o teu lugar, não por razão de morada, código postal que te sustenha, ficou com paredes quebradas, vidraças despedaçadas, no seu lugar criou vazio, no vigor cinzenta demora e assim por violência não tomada, foi-se abaixo, esta casa presente.
A porta, está aberta, continua aberta nesse lugar, tão só foi transgredida e quem vivia, deixou de morar.
domingo, janeiro 18, 2015
Dicotomia de Sonho
Acordar por acordar, nem sei se hei-de estar acordado.
Nem por hora de penumbra, mal tida em hora de loucura, a hora passa, o sonho volve o sono não vem, a hora morre.
Acordar, nem sei se acordei, de facto não faz a falta, revolto num canto, coberto para a vida, acordar, acordado, adormecido certamente.
Faço jus a hora, não é realmente um desafio, permanecer assim acordado, nem distante nem presente, nem sabendo bem enfim…
Acordar, dita maleita, preferiria continuar adormecido, por desenho de fisionomia molesta e economia funesta, vem o acordar o labutar benigno.
Acordar para a loucura, deixar-se desperta nela, não fazer do movimento um novelo, desenhar o acordar, presa mão em silêncio, cruel se tem assim ao clamor.
Acordar em vaga hora, sentido de nada por tudo, ora olhar para o vazio, sentir as sombras do escuro.
Acordar não toma a medida, nem sei se acordado é um acordo mas na certeza do incerto, sempre longe, puro estropio.
Acordar de meia maleita, sem seguro de vida, acordo adormece o homem e segue adormecido o governante.
Acordado, sempre é o caminho, não é por acordar ao raiar da lua, adormecer ao quebrar do dia e sonhar consoante a dissonância, não é de facto via ou vida.
Acordar, estar desperto, passar a vida qual morto vivo, fazer a função ditada, sem espaço para erro ou mora vira.
Acordar, ancorar a vida, não é mais a regalia, se não há valor que seja pago, vazios bolsos, cabeças cheias, mãos vazias e feridas frias.
Acordar, não deixa ao sonhador o sonho, o sonho anda vazio, na verdade é uma ilusão, o sol brilha, o corpo anda, a casca move mas vai vazia.
Adormecer treme o semblante ora por meia vida, clama ao longe um sonho distante, olhos abertos, abraços ternos, comover assim a criança eterna.
Acordar, adormecer, sonhar, talvez voar, não é uma realidade que exista, salvo de cabeças loucas, pessoas tranquilas.
Acordar então, passa por ser um terror, quando na verdade, nunca somos tranquilos.
Acordados, vivemos presos, seguindo o rasto do acabamento e fazemos esse trajecto diário, não creio palavras para descrição conhecida.
Adormecer, acordar…
Vida cinzenta, vazia.
Acordar, adormecer…
Sonhar com nada, alma fria.
Nem por hora de penumbra, mal tida em hora de loucura, a hora passa, o sonho volve o sono não vem, a hora morre.
Acordar, nem sei se acordei, de facto não faz a falta, revolto num canto, coberto para a vida, acordar, acordado, adormecido certamente.
Faço jus a hora, não é realmente um desafio, permanecer assim acordado, nem distante nem presente, nem sabendo bem enfim…
Acordar, dita maleita, preferiria continuar adormecido, por desenho de fisionomia molesta e economia funesta, vem o acordar o labutar benigno.
Acordar para a loucura, deixar-se desperta nela, não fazer do movimento um novelo, desenhar o acordar, presa mão em silêncio, cruel se tem assim ao clamor.
Acordar em vaga hora, sentido de nada por tudo, ora olhar para o vazio, sentir as sombras do escuro.
Acordar não toma a medida, nem sei se acordado é um acordo mas na certeza do incerto, sempre longe, puro estropio.
Acordar de meia maleita, sem seguro de vida, acordo adormece o homem e segue adormecido o governante.
Acordado, sempre é o caminho, não é por acordar ao raiar da lua, adormecer ao quebrar do dia e sonhar consoante a dissonância, não é de facto via ou vida.
Acordar, estar desperto, passar a vida qual morto vivo, fazer a função ditada, sem espaço para erro ou mora vira.
Acordar, ancorar a vida, não é mais a regalia, se não há valor que seja pago, vazios bolsos, cabeças cheias, mãos vazias e feridas frias.
Acordar, não deixa ao sonhador o sonho, o sonho anda vazio, na verdade é uma ilusão, o sol brilha, o corpo anda, a casca move mas vai vazia.
Adormecer treme o semblante ora por meia vida, clama ao longe um sonho distante, olhos abertos, abraços ternos, comover assim a criança eterna.
Acordar, adormecer, sonhar, talvez voar, não é uma realidade que exista, salvo de cabeças loucas, pessoas tranquilas.
Acordar então, passa por ser um terror, quando na verdade, nunca somos tranquilos.
Acordados, vivemos presos, seguindo o rasto do acabamento e fazemos esse trajecto diário, não creio palavras para descrição conhecida.
Adormecer, acordar…
Vida cinzenta, vazia.
Acordar, adormecer…
Sonhar com nada, alma fria.
sexta-feira, janeiro 02, 2015
Um beijo e um adeus
Às palavras marcadas em benemérita expressão de entrelaçado pensamento, se nos deixamos tocar por elas, somos como sentimos, soldados soltos deixados ao vento…
Damos a escolha, foi nos dada por alguém, é um poder infinito e estranho, usado com atenção demais para um ser, é o sentido desconexo, vexada altura e estúpido saber.
Desconecto.
Nem sei neste momento saber ligações, não me apraz, sentido de loucura, forma ou orientação, se assim no meio de tudo, silêncio é o sentido, deixo ao som do volume, hora e juízo.
Saber passar é uma vitória e em vitórias vivemos memórias, sempre ligamos ao sujeito, o tempo parte, faz parte do nosso trejeito.
Obrigação, talvez não a sinta, não sei se é por isso, preso ou não pela emoção, deixa as portas abertas, que se descarregue sobre o mundo, essa sóbria sensação.
Sabes, não é por um momento que vivemos senão por aquele momento exacto, em que tudo se torna claro e desse momento passado tudo rui, tudo se desmorona e por estupidez de negligência, orientação perdida, o meu desejo é recordar o passado, trocar viva memória, apagar as feridas.
A sensação sempre foi essa, sentir-se incapaz, somos levados a loucura pelos versos escritos, tudo o que ficou para trás.
Como podemos compreender o passado, se o passado se fecha sem mais?
Não, de facto não há nada mais cruel que uma memória.
Mas se me permitem esta verdade, antes ter uma memória que não ter nada e vaguear nu por aí.
Órfão de saber, asno de memória.
Então aspiro ao reboliço, coisas doces e sentidos alegres, nunca os passos por folhas, palavras ou versos.
São contradições de mim, minhas palavras, actos de loucura.
Se faço gesto, imprimo nele o que sou, sem jogos ou tramóias.
E para palavras vazias, vozes que se ergam, que transitem que as transmite ao vazio, merecem o silêncio do jazigo.
Para mim, sobra-me memória, um beijo e um adeus.
Sentido de permanecer por fora, por favor, uma memória.
Na verdade, não é o amargo que te mata, senão o mais doce veneno…
Damos a escolha, foi nos dada por alguém, é um poder infinito e estranho, usado com atenção demais para um ser, é o sentido desconexo, vexada altura e estúpido saber.
Desconecto.
Nem sei neste momento saber ligações, não me apraz, sentido de loucura, forma ou orientação, se assim no meio de tudo, silêncio é o sentido, deixo ao som do volume, hora e juízo.
Saber passar é uma vitória e em vitórias vivemos memórias, sempre ligamos ao sujeito, o tempo parte, faz parte do nosso trejeito.
Obrigação, talvez não a sinta, não sei se é por isso, preso ou não pela emoção, deixa as portas abertas, que se descarregue sobre o mundo, essa sóbria sensação.
Sabes, não é por um momento que vivemos senão por aquele momento exacto, em que tudo se torna claro e desse momento passado tudo rui, tudo se desmorona e por estupidez de negligência, orientação perdida, o meu desejo é recordar o passado, trocar viva memória, apagar as feridas.
A sensação sempre foi essa, sentir-se incapaz, somos levados a loucura pelos versos escritos, tudo o que ficou para trás.
Como podemos compreender o passado, se o passado se fecha sem mais?
Não, de facto não há nada mais cruel que uma memória.
Mas se me permitem esta verdade, antes ter uma memória que não ter nada e vaguear nu por aí.
Órfão de saber, asno de memória.
Então aspiro ao reboliço, coisas doces e sentidos alegres, nunca os passos por folhas, palavras ou versos.
São contradições de mim, minhas palavras, actos de loucura.
Se faço gesto, imprimo nele o que sou, sem jogos ou tramóias.
E para palavras vazias, vozes que se ergam, que transitem que as transmite ao vazio, merecem o silêncio do jazigo.
Para mim, sobra-me memória, um beijo e um adeus.
Sentido de permanecer por fora, por favor, uma memória.
Na verdade, não é o amargo que te mata, senão o mais doce veneno…
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