Às palavras marcadas em benemérita expressão de entrelaçado pensamento, se nos deixamos tocar por elas, somos como sentimos, soldados soltos deixados ao vento…
Damos a escolha, foi nos dada por alguém, é um poder infinito e estranho, usado com atenção demais para um ser, é o sentido desconexo, vexada altura e estúpido saber.
Desconecto.
Nem sei neste momento saber ligações, não me apraz, sentido de loucura, forma ou orientação, se assim no meio de tudo, silêncio é o sentido, deixo ao som do volume, hora e juízo.
Saber passar é uma vitória e em vitórias vivemos memórias, sempre ligamos ao sujeito, o tempo parte, faz parte do nosso trejeito.
Obrigação, talvez não a sinta, não sei se é por isso, preso ou não pela emoção, deixa as portas abertas, que se descarregue sobre o mundo, essa sóbria sensação.
Sabes, não é por um momento que vivemos senão por aquele momento exacto, em que tudo se torna claro e desse momento passado tudo rui, tudo se desmorona e por estupidez de negligência, orientação perdida, o meu desejo é recordar o passado, trocar viva memória, apagar as feridas.
A sensação sempre foi essa, sentir-se incapaz, somos levados a loucura pelos versos escritos, tudo o que ficou para trás.
Como podemos compreender o passado, se o passado se fecha sem mais?
Não, de facto não há nada mais cruel que uma memória.
Mas se me permitem esta verdade, antes ter uma memória que não ter nada e vaguear nu por aí.
Órfão de saber, asno de memória.
Então aspiro ao reboliço, coisas doces e sentidos alegres, nunca os passos por folhas, palavras ou versos.
São contradições de mim, minhas palavras, actos de loucura.
Se faço gesto, imprimo nele o que sou, sem jogos ou tramóias.
E para palavras vazias, vozes que se ergam, que transitem que as transmite ao vazio, merecem o silêncio do jazigo.
Para mim, sobra-me memória, um beijo e um adeus.
Sentido de permanecer por fora, por favor, uma memória.
Na verdade, não é o amargo que te mata, senão o mais doce veneno…
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