Acordar por acordar, nem sei se hei-de estar acordado.
Nem por hora de penumbra, mal tida em hora de loucura, a hora passa, o sonho volve o sono não vem, a hora morre.
Acordar, nem sei se acordei, de facto não faz a falta, revolto num canto, coberto para a vida, acordar, acordado, adormecido certamente.
Faço jus a hora, não é realmente um desafio, permanecer assim acordado, nem distante nem presente, nem sabendo bem enfim…
Acordar, dita maleita, preferiria continuar adormecido, por desenho de fisionomia molesta e economia funesta, vem o acordar o labutar benigno.
Acordar para a loucura, deixar-se desperta nela, não fazer do movimento um novelo, desenhar o acordar, presa mão em silêncio, cruel se tem assim ao clamor.
Acordar em vaga hora, sentido de nada por tudo, ora olhar para o vazio, sentir as sombras do escuro.
Acordar não toma a medida, nem sei se acordado é um acordo mas na certeza do incerto, sempre longe, puro estropio.
Acordar de meia maleita, sem seguro de vida, acordo adormece o homem e segue adormecido o governante.
Acordado, sempre é o caminho, não é por acordar ao raiar da lua, adormecer ao quebrar do dia e sonhar consoante a dissonância, não é de facto via ou vida.
Acordar, estar desperto, passar a vida qual morto vivo, fazer a função ditada, sem espaço para erro ou mora vira.
Acordar, ancorar a vida, não é mais a regalia, se não há valor que seja pago, vazios bolsos, cabeças cheias, mãos vazias e feridas frias.
Acordar, não deixa ao sonhador o sonho, o sonho anda vazio, na verdade é uma ilusão, o sol brilha, o corpo anda, a casca move mas vai vazia.
Adormecer treme o semblante ora por meia vida, clama ao longe um sonho distante, olhos abertos, abraços ternos, comover assim a criança eterna.
Acordar, adormecer, sonhar, talvez voar, não é uma realidade que exista, salvo de cabeças loucas, pessoas tranquilas.
Acordar então, passa por ser um terror, quando na verdade, nunca somos tranquilos.
Acordados, vivemos presos, seguindo o rasto do acabamento e fazemos esse trajecto diário, não creio palavras para descrição conhecida.
Adormecer, acordar…
Vida cinzenta, vazia.
Acordar, adormecer…
Sonhar com nada, alma fria.
Nem por hora de penumbra, mal tida em hora de loucura, a hora passa, o sonho volve o sono não vem, a hora morre.
Acordar, nem sei se acordei, de facto não faz a falta, revolto num canto, coberto para a vida, acordar, acordado, adormecido certamente.
Faço jus a hora, não é realmente um desafio, permanecer assim acordado, nem distante nem presente, nem sabendo bem enfim…
Acordar, dita maleita, preferiria continuar adormecido, por desenho de fisionomia molesta e economia funesta, vem o acordar o labutar benigno.
Acordar para a loucura, deixar-se desperta nela, não fazer do movimento um novelo, desenhar o acordar, presa mão em silêncio, cruel se tem assim ao clamor.
Acordar em vaga hora, sentido de nada por tudo, ora olhar para o vazio, sentir as sombras do escuro.
Acordar não toma a medida, nem sei se acordado é um acordo mas na certeza do incerto, sempre longe, puro estropio.
Acordar de meia maleita, sem seguro de vida, acordo adormece o homem e segue adormecido o governante.
Acordado, sempre é o caminho, não é por acordar ao raiar da lua, adormecer ao quebrar do dia e sonhar consoante a dissonância, não é de facto via ou vida.
Acordar, estar desperto, passar a vida qual morto vivo, fazer a função ditada, sem espaço para erro ou mora vira.
Acordar, ancorar a vida, não é mais a regalia, se não há valor que seja pago, vazios bolsos, cabeças cheias, mãos vazias e feridas frias.
Acordar, não deixa ao sonhador o sonho, o sonho anda vazio, na verdade é uma ilusão, o sol brilha, o corpo anda, a casca move mas vai vazia.
Adormecer treme o semblante ora por meia vida, clama ao longe um sonho distante, olhos abertos, abraços ternos, comover assim a criança eterna.
Acordar, adormecer, sonhar, talvez voar, não é uma realidade que exista, salvo de cabeças loucas, pessoas tranquilas.
Acordar então, passa por ser um terror, quando na verdade, nunca somos tranquilos.
Acordados, vivemos presos, seguindo o rasto do acabamento e fazemos esse trajecto diário, não creio palavras para descrição conhecida.
Adormecer, acordar…
Vida cinzenta, vazia.
Acordar, adormecer…
Sonhar com nada, alma fria.
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