quinta-feira, novembro 29, 2018

Se

Se o pensamento vai a uma milha ao minuto, parte de mim, parte-se com o passar do tempo.
Se o passar do tempo, é medido por um passador, sem que a arreia seja perdida, pelo esgar da visão, reúno ao meu olhar, sem viva alma que me faça passar, sem um momento, para meu olhar, uma sensação…
Se me posso esquivar, se posso sair, poderei passar por aí, almejo com isso poder partir um pouco de mim, parece que ando demasiado escondido e demasiado catatónico.
Se a catatonia me permitir, se me deixar um momento de calma, não me permito morto ou taciturno, posso simplesmente agarrar e partir, sei que tenho fraternos que partirão comigo, que poderão rumar por aí, sempre que haja um castelo para nos esperar.
Se a partida me deixar, faço-me ao caminho, seja como for, almejo essa parte, passa demasiado tempo em que passo quieto, passa demasiado tempo em que o caminho não passa, em que os rostos ficam estagnados e cada vez mais adulterados.
Se a vontade se faz, pode ser que se suceda por aí um evento, pode ser que um momento de à vontade o espaço de partir e sem lume, sem rumo, sem absoluta incerteza de certeza que faça valer um certo rumo.
Se a aparência se deixar ficar, que venha a realidade e a realização, por o meu tempo é por si, um extremo de muita desilusão, não quero mais pensar nisso, nem por martírio, chega disso.
Se à martírio se deve, que se deixe ficar.
Se a língua é lassa, sei que há uma estrada, sei que posso partir, sei que posso fazer um caminho, sei que é um porto sem destino, sei que é um destino que passa por um horizonte em que a longitude foi deixada a inquietude e se quero, quero é partir.
Se falo…
Se penso nisso, se posso pensar, se o pensamento se permitir a viajar, se o valor se convalesce a razão, sei que o desanimo pode deixar-se levar, com o sentido de se velar.
Se oiço…
Se posso talvez entender o que nada me diz, sem que o expresso seja tomado, posso realizar essa parte.
E se peço, peço novamente o que já não poderá ser tido.
Se a palavra a utilizar é dita, que seja dita fora da bodega, que seja expressa com intuito.
Se quem ler, que saiba ler, saberá como interpretar, não saberá como explicar.

terça-feira, setembro 25, 2018

Se escutares

Comprei-te um presente, para me esquecer de ti.
Enterrei-o no meio do rio, para me afogar de ti.
Caminhei pela terra, quando a terra se fez em mar, o mar em oceano e cada maré que se vazava levava-me a mim, cada vez mais longe de ti.
Contemplei o vazio, enquanto o vazio olhou para mim, na abertura do céu, a lua se fez em si, senhora da noite, na dança da manhã, beijou o sol e trouxe o dia, só para se ver livre de si.
Pelo quarto, que cheira a sândalo, o som vazio do seu caminhar, sem que as cortinas se mexam, o vento corre, pelas aragens calmas da manhã.
Sente-se o tempo e ressente-se a história contada, mil vezes, mais que mil vezes traçada, pela calada vedada, sem que o contratempo me permita expressão, sempre dirigido a ti, sei que a face, é velada.
Então, se ouvires baixinho, vais ouvir o rio passar, vais ver pela rua calejada a estrada que te leva aquele lugar, ao lugar onde nos encontramos e nos perdemos uma única vez, entre as passagens de um idioma, não sei a tradução para ti.
Mas pelo menos, pela perda de ser entre os adjacentes que já caem, as vizinhanças que minguam, já que de mim deve partir o silencio estrondoso, sempre a raiar e a vaiar, tonante solto, pelas montanhas e pelos montes.
Mói-se em mim a inconsistência, conheço o facto de não conhecer, se amar o que se ama, nem sei como é o meio, se é que existe de facto uma maneira de o descrever.
Sabe-me o medo de perder, essa tremenda horrorosa sensação de me esvair, não quero, não quero sequer pensar.
Comprei-te mais uma vez um presente, não gastei um único cêntimo nele, está escondido por aí, sem que o possas ver, já o negaste, perdes-te esse nexo, sabes que te foi dado, esse presente, tem-lo contigo.
Acho que já não há essa necessidade, nem vejo o seu reflexo.
Simplesmente vou descrevendo essa passagem, já é abstracto e sem um olhar duvidoso, a sombra que me cobre o ar, se escutares, és tu a passar, ao longe, sempre a velar.
Como sempre, comprei-te um presente.
Como sempre, ficou no nosso lugar.
Como sempre, deixei-te tudo indicado.
Como sempre, falhou-te procurar.

segunda-feira, setembro 10, 2018

Furtuito

Como me sinto, fora de mim?
Não sei.
Olha para o passado, como velho o meu tempo, passar de si, em mim, como olho para tudo, o velho passado de mim, sem que a verdade, seja posta no momento que me passa.
Sinto que se por um momento, me delongo na escrita, caio para a minha realidade, um momento em quem e escondo da minha realidade, em que vou calejando um futuro incerto, em que concedo, sem condenar a minha verdade, em que sinto que pedir, a minha irrealidade.
Então.
No recosto do meu sentimento, como escondo o meu lamentar, se a ti te vejo sem mim, não reconheço o meu esgar, perdido a um canto de irrealidade, não sei…
Creio que acreditei no nosso credo, sempre, sem saber a quem almejar, creio que me perdi.
Correspondo.
Sei que sempre correspondi.
Sei que te beijei e me deixas-te.
Fortuito é este sentimento que me assola.
Creio na estupidez que me consola, pela vertente que me deixa solitário, vou vendo um passo pelo passado, como te olho, tão longe de mim, sem que a vertente de nada que me possa guiar…
Já não sei se me ouves, pela distância que nos separa.
Creio que seja o dessolar de uma vida….
Foi por um beijo.
Foi por uma noite.
Foi pelo perdido.
Foi pela estupidez.
Foi por tudo o que concebemos.
Foi, não foi.
Creio que é uma respostas que só a ti te toca.
Aposto na insanidade de mim.
Oposto de uma lágrima de ti.
Não o meço.
Não sei.

domingo, julho 29, 2018

Corvos e composições

Salas duplas pelas duplas alas, voam por fim, centro de nada, revolto, enquanto estremeço a árdua nóia de existir.
Parece uma subscrição que não foi feita, o subscrito ficou vazio, na condição de ser indicado, devolvendo ao remetente vazio, com uma impressão de se delongar.
Padece desse feitio, sempre que pode, sempre que se deixa de fora, sempre que tem um entrave que ousa pousar, por ora, sempre que a atenção se me faça, que me falhe um descontinuo, por certo, por visto e distinguido, a bom porto se pode fazer vale, pois já sabe como navegar, pela velada do desalento.
Falha-me a expressão, se bem o digo, pois é com pés de chumbo que me sinto a cair a folha solta, sempre em surdina que falha, pois se há-de falhar o desígnio, não seja por mão de quem se pós de fora, sempre chamado, aclamado ao vivo, sempre que a multidão se mostra.
Mas escapa do vivo, prefere passar pelas ruelas, longe dos olhos, pelas vielas, escapa recôndito, quase vai pelas capelas, longe dos olhos despidos, despido de verdade sem nudez, nulidade que se aproxima, não sabe, não tem que o fez.
Para.
Respira.
Retorta e cai.
Senta e chora, não chora suspira, berra e desatina, clama pela noite, a trovoada que vem vazia, surda e muda, a verdade que se queima por entre os dedos que correm, na velha história mal contada, desatino completo, que me julgue, o velho momento de uma vida, hora torta, hora mal vivida.
Clamam com ele os animais, os gatos padecem do seu pesar, sofrem enfim da sua infortuna, sem que sejam alvo de mira, são meros espectadores banais que perderam rumo e riso, nem sorriso no seu esgar.
Desarmonia e surdina.
Como se teme então olhar cair por torto na esquina, sem maneira, modo ou certeza, mais me vale então pensar que por um meio me hei-de dirigir, sem que tenha fácil digestão, indigesto com a vida.
Os corvos choram, clamam por mais poesia, sem que a orquestra se contente no seu eterno pensamento, sem que a batuta caia fina.
Será um eterno retorno, mais uma vez esta agonia.
Mas longe já do que se ocultava, pereceu dentro do passado.
Será então essa vida, esse rastro, esse escravo.
Não me apraz o momento, não lhe dou o teu recado.
Podes partir, jamais ficas-te, podes subir, cabe a hora a medicina, desconcerta o mundo com a tua passagem.
Cuidado com a porta. Cuidado com a deriva.

segunda-feira, abril 16, 2018

Ego

Eu fora de mim, dentro daquilo que posso exprimir como uma consequência de existir, a veracidade que posso transmitir, o sentimento que escrito, cai que nem folhas deixadas a tempestade.
Eu fora de mim, eu, exprimido em existir, em ser, em rever, eu a afastar-me cada vez mais a deriva forçada por existência, niilismo que enfrento pela consequência, sem que a escrita, sem força de ser, possa libertar a expressão.
Eu, dentro da consequência que possa abraçar, sou escravo liberto de mim mesmo, na minha real ilusão de existência, um non sequitur, eu sei, mas na verdade, a mais pura elevação do ser, da real experiência, do abandono e do desapego.
Eu, cada vez mais crescente, com a decisão de ser, com o passo, com a promessa de existir, com a incontornável veracidade da minha sonolência, desperto em demência, sempre visível, mas tantas vezes escondido.
Eu, que repudio agora essa excelência, que afasto tanto mais de mim, toda e qualquer loucura, servo de sapiência, com expresso intento de resolução e veemência, já não pelo sentido de procrastinar, de ignorar o avanço, deixei de tremer e temer, abandonei esse pedaço, parti de mim, para mim, para a verdade que trago no entretanto, sempre me quis deste modo?
Eu não sei esta parte, mas estou certo, estou pronto da minha maneira, da minha forma, da minha vontade.
Eu expando-me, sempre assim o desejei, esse ímpeto de partir, de ser como se é sem que me tenha que dar a explicações, sem que o tempo possa coagir a vontade e sem que uma dependência possa prender a minha vontade, sempre que possa, vou insistir neste ponto, nesta expressão, talvez de me alienar.
Eu. Que de tão pequeno me fiz, já recuso essa forma, não devo tomar a pertinência, agora revelo-me a minha existência, prefiro passar para fora de mim, esta forma, este sentido que se deve à vigência e que por força de me fazer, tenho que declarar em sentido.
Eu posso agora parecer um pouco rebuscado, dentro do sentido e sentimento que posso deixar transparecer, neste sentido, devo afastar um pouco mais de mim, um pouco mais da minha historia e da minha vivência.
Eu sigo, parto de mim, para um tema que vem do meu teimar.
Eu, deixei um momento passar, fiz o meu tear, passei a minha vida.
Eu, não vou cismar, permanecer nesse passado, se existe um momento a prevalecer, já se assombra no meu passado, que deixei como a corrente passar e o passado ficou fechado.
Eu, a expressão de mim, a inclusão de mim e mais os momentos que são o meu legado.
Eu passo, continuo em frente, pode ser assim, pode ser assolado.

sexta-feira, janeiro 26, 2018

Coisas terríveis

Pedaços de mim, que vou escorrendo pela parede, parece ser o desafio mais recorrente, conforme me dá por ser, por me fazer ou existir, como se assim me aparece a vontade, assim me projecto de novo a parede.
Expressões de exaustão, ao sentido, a verdade, a voz que incessantemente grita, a vontade de carregar, para fora de mim o que trago, não é subjacente a minha tendência de crescer, não é adjacente a minha expressão, não sei bem.
Conforme vou falando, vou-me perdendo, de pertença de realidade, como se faz assim a minha expressão, nem sei, nem recordo, mas como vou eu fazer, para poder falar, sem que possa contar, sem que possa libertar as coisas que trago em mim.
E é assim que se consome o que devo dizer, mais um pedaço cancerígeno, mais uma purga dentro de mim, mais uma pequena dormência que se me assola na alma.
Vou pedindo, de dentro de mim, a minha voz que ignoro, por preferência de existência, por proximidade que desejo manter, sem que saiba realmente como me interpretar a mim mesmo, de novo no colete-de-forças, caminho à forca, a expressão está perdida.
Mais uma vez calado, mais uma vez atado a cadeira de existência, mais uma vez abalado de dentro para fora, sem que o de dentro se possa exprimir, mais uma opressão que me faço, mais uma pequena batalha, como sempre, vai larga a guerra.
Como procuro então esse botão de desligar, de permanecer impávido e sereno, de transmitir calma e segurança. Activado.
Face á face com a dormência mais uma vez, como vai ser esse momento, como não fazer o que gostava?
Activado e desligado, eternamente desconectado e desconcertado.
E então, essa coisa terrível que me faz querer fugir de novo, luto, contínuo em frente, nem me deixo parar, paro a minha condescendência e a minha obsolescência, para continuar em movimento, para permanecer este ciclo, seja fulcral ou não.
Permaneço.
Sem muito para espiar, calei-me de novo e voltei a arrumar no fundo de mim o que poderia sair. Ainda existe, ainda assim.
Silêncio.
Não me permitem revelar, não me permite vaiar.
Não me cabe a mim pois quando coube, não me soube expressar.
O silêncio é meu. É o meu mérito, é a minha tortura.
Triste condenação.
Apenas mais pedaços de mim.

segunda-feira, janeiro 22, 2018

Tanto

Tão mau que seja sozinha, a vontade de voar que me nivela à horizonte de um sonho singular.

Tão simples que seja a verdade, de um abraço que possa ter, sempre que em viva saudade tão só me posso ter.

Tão verdadeiro que passe o tempo como é ordinário falar, de entre portas para fora, sempre que alguém se vire, alguém há-de julgar.

Tão simples que haja tudo, na verdade é nada. O objecto taciturno que vê e cala mude o vulgar gesto de mudar.

Tão pequeno e rápido é o tempo, que nos deixa próximos assim como a eternidade que nos separa quando apenas passa um segundo longe de ti.

Tão inquietante o texto que se faz passar, nas mãos de quem não se vem, de quem se aproxima a distante.

Tão obscuro o silêncio que deixo passar, a voz alta à que te grito incessantemente e parece muda por falar.

Tão incoerente aquilo que digo, pois certamente da minha mente para fora, talvez não deva passar.

Tão perfeito, tão obtusamente feito e desfeito, entre gotas de água se faz esquivar, sem vista do que é ver e passa pelo seu entremear.

Tão tolo. Tão monstruosamente tolo. Tão monumentalmente tolo. De todo certamente tolo.

Tão incerto. Como explicar o que deveria ser falado da boca para fora, de boa vontade, de boa verdade, de curta versão para extensa tradução?

Tão certamente e deliberadamente lixado.

Tão estupidamente emocional, que me tira de mim mesmo que me faz querer falar, gritar, berrar, pontapear, atacar de punho uma parede até me desfazer nela e cair com ela.

Tão… Então...?

Aqui é a tua parte.

quarta-feira, janeiro 17, 2018

Sonho que vai e vem

Hoje não me deitei.
Não me veio o sono.
Procurei por ele por dentro de mim, abrindo todas as portas entre abertas.
Sem que em nenhuma tivesse a sorte de o encontrar.
Em todas elas, não obstante, fui encontrando pedaços de ti.
Continuei a abrir portas, parecia uma corrente a passar, qual mar adentro me queria puxar, cada vez mais se enchia a cabeça desse teu ar.

Hoje não dormi.
Não sei se sei o que é dormir, apenas me arrasto na cama, rodando de lado a lado, tentando saber um sítio para aninhar mas é tudo alienígena.
Continuei a procurar então neste sítio inóspito disposição para me julgar, um sítio por onde pernoitar e sem me dar conta, estava já um pouco mais fora do meu lar.

Hoje não me encontrei.
Por mais que procurasse, por mais que indagasse por aí, parecia não fugir de uma sombra.
Sem me aperceber olhei, uma sombra de ti. Fez-se-me branca a tez.

Hoje perdi o meu norte.
Sem um rumo, lá continuo eu perdido e taciturno.
Silencioso e indigesto, relevado a insignificância e ao mais severo desterro.
Coisas enfim, bastante singulares e um tanto mundanais.

Hoje não sei da minha sorte.
Não sei de essa pata de coelho.
Não sei de esse trevo quadrifendido.
Não sei de esse número mágico para colmatar a má vertente.

Hoje lá me deitei.
E sinceramente, nem sei se dormia.
E honestamente, não passava de meia vida.
E por fim, tentei fechar as portas, deixar dentro os pedaços de ti.

Hoje adormeci.
Entorpecido. Desagarrado. Silencioso.
Continuei sem me encontrar, continuei sem rumo. Continuei contigo no olhar.

quarta-feira, janeiro 03, 2018

À memória

Acendo memórias, qual cigarros queimados, pedaços de papel que vou largando ao fogo.
Passa-me ao lado, sei me certeza perdido, sei que a estrada a tomar é sempre em frente, haja ou não curvas pelo caminho mas a minha paragem, mais que certa parece ter-se perdido e cada passar do pneus arrasta apenas a saudade.
Libera-me de este tempo, a incerteza que me vai deixando atado, consoante vou velando a vontade, sempre que possa explicar a minha mente, na verdade, cada vez que tento mais me perco nela, construo apenas a minha ansiedade.
Como me revejo em mim?
Já pouco sei, desde que me perdi, sem me achar, vou viajando por aí, na constante incerteza de esperar talvez encontrar, num sítio talvez abandonado em mim, um pouco mais de ti, que espero tão só conseguir compreender.
Mas falha-me o olhar, falta-me a intuição, falta-me compreender ou perceber toda a sinalética, sigo em frente, falho mais uma parada, forçado, lá paro em mim, para insistir um pouco mais sobre o que parece conduzir ao vazio, sem que possa explicar um pouco mais de mim, sem que possa falar e que possa revelar o que o meu cárcere me apresenta.
Olho pela escuridão, tão longe quanto o meu olhar me permite, sem me aperceber, apetece-me de novo partir, ligo então a minha solidão e ela há de me levar por aí.
Arranco de novo, deixei mais um pouco de mim, certo que o vento me há-de levar, como me leva de ti, sei que é um pouco uma ambição, ou talvez uma pronta ilusão poder perceber, enfim, a sinalética desse teu lugar e poder parar por aí.
Deixo-me levar, tão só os quilómetros a passar, seja pela alegria de poder voar, olho o sem fim, percorro como posso o que me faz chegar, até ao horizonte, até me revelar, volto, eternamente a mim.
Mas dentro de mim, jaz já outrem, quem me dera poder olhar e perceber, como se foi fazendo entrar, não sei como o dizer, mas dentro deste eu que se faz de mim, pequeno e intensamente longínquo, existe sem dúvida, uma certa parte de mim, que se fez chegar por outra, que se fez aproximar, assim.
Deixo-me então a descrever o que me faz parar, o que me faz voar, o que me faz voltar a ti.
Deixo-me então calar, certo de que estas por aí.
Neste momento, tenho pressa de chegar, para partir por aí, sem que saiba se hei-de voltar, mas se voltar, gostava de dentro de fora, que fosse para ti.