Acendo memórias, qual cigarros queimados, pedaços de papel que vou largando ao fogo.
Passa-me ao lado, sei me certeza perdido, sei que a estrada a tomar é sempre em frente, haja ou não curvas pelo caminho mas a minha paragem, mais que certa parece ter-se perdido e cada passar do pneus arrasta apenas a saudade.
Libera-me de este tempo, a incerteza que me vai deixando atado, consoante vou velando a vontade, sempre que possa explicar a minha mente, na verdade, cada vez que tento mais me perco nela, construo apenas a minha ansiedade.
Como me revejo em mim?
Já pouco sei, desde que me perdi, sem me achar, vou viajando por aí, na constante incerteza de esperar talvez encontrar, num sítio talvez abandonado em mim, um pouco mais de ti, que espero tão só conseguir compreender.
Mas falha-me o olhar, falta-me a intuição, falta-me compreender ou perceber toda a sinalética, sigo em frente, falho mais uma parada, forçado, lá paro em mim, para insistir um pouco mais sobre o que parece conduzir ao vazio, sem que possa explicar um pouco mais de mim, sem que possa falar e que possa revelar o que o meu cárcere me apresenta.
Olho pela escuridão, tão longe quanto o meu olhar me permite, sem me aperceber, apetece-me de novo partir, ligo então a minha solidão e ela há de me levar por aí.
Arranco de novo, deixei mais um pouco de mim, certo que o vento me há-de levar, como me leva de ti, sei que é um pouco uma ambição, ou talvez uma pronta ilusão poder perceber, enfim, a sinalética desse teu lugar e poder parar por aí.
Deixo-me levar, tão só os quilómetros a passar, seja pela alegria de poder voar, olho o sem fim, percorro como posso o que me faz chegar, até ao horizonte, até me revelar, volto, eternamente a mim.
Mas dentro de mim, jaz já outrem, quem me dera poder olhar e perceber, como se foi fazendo entrar, não sei como o dizer, mas dentro deste eu que se faz de mim, pequeno e intensamente longínquo, existe sem dúvida, uma certa parte de mim, que se fez chegar por outra, que se fez aproximar, assim.
Deixo-me então a descrever o que me faz parar, o que me faz voar, o que me faz voltar a ti.
Deixo-me então calar, certo de que estas por aí.
Neste momento, tenho pressa de chegar, para partir por aí, sem que saiba se hei-de voltar, mas se voltar, gostava de dentro de fora, que fosse para ti.
Passa-me ao lado, sei me certeza perdido, sei que a estrada a tomar é sempre em frente, haja ou não curvas pelo caminho mas a minha paragem, mais que certa parece ter-se perdido e cada passar do pneus arrasta apenas a saudade.
Libera-me de este tempo, a incerteza que me vai deixando atado, consoante vou velando a vontade, sempre que possa explicar a minha mente, na verdade, cada vez que tento mais me perco nela, construo apenas a minha ansiedade.
Como me revejo em mim?
Já pouco sei, desde que me perdi, sem me achar, vou viajando por aí, na constante incerteza de esperar talvez encontrar, num sítio talvez abandonado em mim, um pouco mais de ti, que espero tão só conseguir compreender.
Mas falha-me o olhar, falta-me a intuição, falta-me compreender ou perceber toda a sinalética, sigo em frente, falho mais uma parada, forçado, lá paro em mim, para insistir um pouco mais sobre o que parece conduzir ao vazio, sem que possa explicar um pouco mais de mim, sem que possa falar e que possa revelar o que o meu cárcere me apresenta.
Olho pela escuridão, tão longe quanto o meu olhar me permite, sem me aperceber, apetece-me de novo partir, ligo então a minha solidão e ela há de me levar por aí.
Arranco de novo, deixei mais um pouco de mim, certo que o vento me há-de levar, como me leva de ti, sei que é um pouco uma ambição, ou talvez uma pronta ilusão poder perceber, enfim, a sinalética desse teu lugar e poder parar por aí.
Deixo-me levar, tão só os quilómetros a passar, seja pela alegria de poder voar, olho o sem fim, percorro como posso o que me faz chegar, até ao horizonte, até me revelar, volto, eternamente a mim.
Mas dentro de mim, jaz já outrem, quem me dera poder olhar e perceber, como se foi fazendo entrar, não sei como o dizer, mas dentro deste eu que se faz de mim, pequeno e intensamente longínquo, existe sem dúvida, uma certa parte de mim, que se fez chegar por outra, que se fez aproximar, assim.
Deixo-me então a descrever o que me faz parar, o que me faz voar, o que me faz voltar a ti.
Deixo-me então calar, certo de que estas por aí.
Neste momento, tenho pressa de chegar, para partir por aí, sem que saiba se hei-de voltar, mas se voltar, gostava de dentro de fora, que fosse para ti.
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