terça-feira, março 16, 2010

Desabafo

Escrevo o que leio entre linhas, oculto.
De vivências em estranhas demências, nem sempre bem claras, como só eu sei explicar, não conto nada que me valha e nem por me valer me sei explicar.
Recorro ao que recordo e esqueço o que vai passando, grande parte dos momentos se os tenho foram passados, nem sei como fazer isso, nem sei como me ter.
Suspiro.
Se me sinto mais humano, do que poderei ser, talvez deixe para hoje a escrita humana, acusem me de escrever a sangue vivo estas palavras pois desejo que ganhem vida, nem como hei-de expor isto pois se me apetecer sentir-me mais vivo, hei-de ter-me demente e orgulhoso, estupidamente orgulhoso.
Hoje se o senti, senti-me estupidamente alegre, nem sei como cair fora deste estado já que não me sinto realmente feliz.
Cruzo as coisas e sei sinceramente que hei-de cair como explicar isto e sinceramente não sei explicar-me minimamente.
Sorrio.
Hoje, procurei explicar coisas que nem saber, sei fazer, encaro então esta confusão, se as pessoas ponderarem estas coisas, confusas se hão de sentir.
Rio.
Corro então longe para um oceano aberto, imagem estranha talvez, hoje recorro a diáspora de ideias, talvez tal conceito não exista de todo, talvez nem queira saber.
Confesso-me longe.
Caio de redondo, estico-me ao comprido.
Hoje encontro-me em todos os sentidos.
Confuso, alegre, radiante, triste, medonho, enfadonho.
Enfim, completamente incompleto.

1 comentário:

ModaFoca disse...

todos os meus dias são em todos os sentidos.

invariavelmente.
sempre.